Apresentação MEJ Brasil - 1º Congresso Mundial do MEJ - 2012

Hino do Congresso Internacional do MEJ 2012 Argentina - Escute aqui!

domingo, 30 de janeiro de 2011

A voz do nosso pároco

4º. Domingo do Tempo Comum- Ano A – 30 de janeiro de 2011.
Textos:Sf 2,3;3,12-13; Salmo 145; 1Cor 1,26-31; Mt 5,1-12a


Meus irmãos:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


A primeira leitura que ouvimos é a voz retumbante do profeta Sofonias no Antigo Testamento. É um texto profético essencial. Sofonias anuncia a verdadeira palavra de Deus. Sofonias inspirou Tomás de Celano, poeta e escritor italiano, a compor o famoso «Dies Irae», o dia da ira de Deus, o julgamento que Deus realiza na terra na forma de um poema. Tomás de Celano que viveu no século 13 foi também biógrafo de S. Francisco de Assis. A melhor musicalidade desse texto bíblico e poema foram alcançados pela inteligência e pelas mãos de Mozart, compositor austríaco do século 18 na sua obra «Réquiem». O poema exalta o poderio de Deus o Senhor e a sua força. Deus transforma os tempos humanos, séculos de história, em cinzas. «Dies iræ, dies illa, solvet sæculum in favilla ». Tudo se dissolve em cinzas. No poema de Celano até a morte e a natureza que agiram na terra com suas leis, temem a Deus.

Os poucos versículos que uma voz humana fez adentrar nossos ouvidos apresenta uma indicação de Deus aos seus verdadeiros fiéis. «Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática seus preceitos; praticai a justiça, procurai a humildade; achareis talvez um refúgio no dia da cólera do Senhor» (v. 3 do cap. 2). Buscar o Senhor é procurar agir conforme a vontade de Deus. Numa sociedade organizada – dividida em classes, raças, religiões – os mais fortes se apresentam como modelos e os mais fracos procuram modelos de vida e comportamento nos mais fortes. Mas, Deus diz aos mais fracos: não procurem imitar e encontrar modelos de vida naqueles que oprimem. «Praticai a justiça, procurai a humildade» (v. 3b). Um mundo melhor só pode surgir do rebanho de pobres escolhidos por Deus que lhe são fiéis. A Bíblia os chama de «anawin», os pobres da terra.

Escrevendo aos coríntios, Paulo recorda na segunda leitura, como e onde as comunidades nasceram, ou seja, no meio dos empobrecidos da cidade. Os versículos deste domingo nos dão o perfil das pessoas que aderiram ao projeto de Deus em Corinto: fracos, vis, desprezados, pessoas que as elites consideravam como loucas como não gentes. Em síntese, uma maioria de empobrecidos. «Considerai vós mesmos, irmãos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte» (vv. 26-27). Paulo se dirigiu a essa gente porque acreditava no Deus de Jesus Cristo, o Deus do êxodo, que optou pelos fracos e marginalizados, a fim de libertá-los e dar-lhes vida. Em outra ocasião, ele escreve às mesmas comunidades: «Vocês conhecem a generosidade de nosso Senhor Jesus Cristo; ele, embora fosse rico, se tornou pobre por causa de vocês, para com sua pobreza enriquecer vocês» (2Cor 8,9). A elite de Corinto pensava que religião fosse questão de cultura acadêmica. Para ela, seria impossível que Deus se interessasse pelas periferias. E a loucura extrema seria a encarnação de Deus no meio dos que foram relegados à margem da sociedade. Em síntese, só haveria espaço para um deus burguês, comprometido com as elites e sua religião. O projeto de Deus, que privilegia os fracos e desprezados, as pessoas que não têm nome nem fama, transtorna a sabedoria humana. «Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, para que ninguém possa gloriar-se diante dele. (vv. 28-29). Para Paulo, isso se tornou claro e evidente na pessoa e na prática de Jesus, no qual se manifesta a sabedoria de Deus, sua justiça, santificação e redenção. «É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação» (v. 30).

O Evangelho deste domingo propõe a passagem das Bem-aventuranças e começa com a célebre frase: «Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus». A afirmação «bem-aventurados os pobres de espírito» com frequência é mal entendida hoje, ou inclusive se cita com algum sentimento de compaixão, como se fosse para a credulidade dos ingênuos. Mas Jesus jamais disse simplesmente: «Bem-aventurados os pobres de espírito!»; nunca sonhou pronunciar algo assim. Disse: «Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus», que é muito distinto. Deturpa-se completamente o pensamento de Jesus e se banaliza quando se cita sua frase pela metade. Assim separa-se a bem-aventurança de seu motivo. Seria por um exemplo gramatical, como se se dissesse, suponhamos: «O que semeia...»; se entende algo? Nada! Mas se acrescenta: «colhe», imediatamente tudo se esclarece. Também se Jesus tivesse dito apenas: «Bem-aventurados os pobres!», soaria absurdo, mas quando acrescenta: «porque deles é o Reino dos Céus», tudo se faz compreensível.

Mas que bendito Reino dos Céus é este, que realizou uma verdadeira «inversão de todos os valores?» É a riqueza que não passa que os ladrões não podem roubar nem a traça consumir. É a riqueza que não se deve deixar para outros com a morte, mas que se leva consigo. É o «tesouro escondido» e a «pérola preciosa», aquilo que, para ter, vale a pena – diz o Evangelho – deixar tudo. O Reino de Deus, em outras palavras, é o próprio Deus.

Sua chegada produziu uma espécie de «crise de governo» de alcance mundial, uma mudança radical. Abriu horizontes novos. Em alguma medida como quando, no século XV, se descobriu que existia outro mundo, América, e as potências que ostentavam o monopólio do comércio com o Oriente, como Veneza, se viram de golpe surpreendidas e entraram em crise. Os velhos valores do mundo – dinheiro, poder, prestígio – mudaram, se relativizaram, inclusive se rejeitaram, por causa da chegada do Reino.

E agora quem é o rico? Talvez um homem tenha uma ingente soma em dinheiro; pela noite se produz uma desvalorização total; pela manhã se levanta sem nada ter, ainda que não saiba ainda. Os pobres, pelo contrário, estão em vantagem com a vinda do Reino de Deus, porque ao não terem nada que perder está mais disposto a acolher a novidade e não temem a mudança. Podem investir tudo na nova moeda. Estão mais preparados para crer.

Cremos que as mudanças que contam são aquelas visíveis e sociais, não as que ocorrem na fé. Mas quem tem razão? Conhecemos, no século passado, muitas revoluções deste tipo; contudo também vimos o que facilmente, depois de algum tempo, acabam por reproduzir, com outros protagonistas, a mesma situação de injustiça que pretendiam eliminar.

Há planos e aspectos da realidade que não se percebem à simples vista, mas só com a ajuda de uma luz especial. Atualmente se disparam, com satélites artificiais, fotografias com raios infravermelhos de regiões inteiras da terra, e quão diferentes se vê o panorama com esta luz! O Evangelho, e em particular nossa bem-aventurança dos pobres, nos dá uma imagem do mundo «com raios infravermelhos». Permite captar o que está por baixo, ou mais além da aparência. Permite distinguir o que passa e o que fica.
(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 30/01/2011)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A voz do nosso pároco

Deus vem unir o seu povo!

Pegue sua bíblia e confira os textos biblícos deste domingo!

Acompanhe a reflexão desta semana e veja como Deus sempre quer a união de seus filhos.


3º. Domingo do Tempo Comum – Ano A - 23 de janeiro de 2011.
Textos:Is 8,23-9,3; Salmo 26; 1Cor 1,10-13.17; Mt 4,12-23


Irmãos e irmãs: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


O capítulo 8 do livro do profeta Isaías, na primeira leitura, tem como núcleo fundamental o anúncio do nascimento do Messias. O profeta Isaías diz que o Filho de Deus vem ao mundo para salvá-lo. A profecia de Isaías é bastante específica. Cristo vem para salvar o seu povo. Os pobres e sofredores verão Nele uma luz, ou seja, a presença de Deus. Todos que conseguirem ver no Cristo encarnado a presença de Deus farão parte do seu povo. «O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu» (v.1, cap. 9).

Zabulon, nome que vem do hebraico «zebul» que significa «príncipe», foi um dos 12 filhos de Jacó. Foi o sexto filho que Jacó teve com Lia (cf. Gn 46, 14). O livro dos Números diz que na saída do Egito Moisés ordenou uma contagem das tribos. Zabulon contava com 57.400 homens. Quando chegam à Terra prometida, Canaã, a tribo de Zabulon vai para o norte da Palestina. Neftali também era filho de Jacó com uma empregada da esposa Raquel chamada Bala. Neftali significa «homem ligeiro, que anda rápido». Quando chegam à Terra Prometida, Neftali também vai para o norte da Palestina. Zabulon e Neftali eram tribos antigas onde hoje estão mais ou menos o Líbano e a Síria.

Os 12 filhos de Jacó que deram origem às 12 tribos viviam ora em harmonia ora em guerras. Sempre disputavam entre si o amor do pai. No pêndulo que é a História observamos que ora um povo está por cima, ora um povo está por baixo, sendo oprimido. «No tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galiléia das nações» (v. 8).

Zabulon e Neftali eram terras de grupos sociais esquecidos, lembrados somente quando isso ia ao encontro dos interesses dos poderosos. Literalmente pisados pelas botas dos opressores, pelas patas dos animais, pelos carros de guerra e pelas caravanas dos comerciantes. Um povo de pisados, lesados em suas liberdades fundamentais, alienados pelas culturas opressoras dos passantes interesseiros (8,23b).

Na profecia de Isaías o Filho de Deus vem para salvar todas as tribos sem distinção. Está aí o Evangelho, a boa notícia profética. Enquanto os povos lutam entre si para se destacar, dominar uns aos outros, Deus revela que ama seus filhos, dando-lhes liberdade e dignidade.

Na segunda leitura Paulo combate toda e qualquer tipo de divisão na comunidade. Para ele o povo de Deus, o povo de Cristo, não pode pensar-se dividido, separados por tribos, raças, costumes. «Eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vós» (v.10). Por Corinto, depois que Paulo fundara as comunidades, passaram certamente Apolo e adeptos de Pedro, ou o próprio Pedro (Cefas). Surgiram, então, divisões no seio das comunidades. Os adeptos de Paulo eram pela «liberdade», chegando a afirmar que «tudo é permitido» (6,12; 10,23). Os seguidores de Pedro, agarrados às tradições judaicas, levantavam questionamentos acerca das carnes sacrificadas aos ídolos, se era lícito ou não comê-las, em contraste com os adeptos de Paulo e Apolo (8,1), e acerca da circuncisão (7,18). Os seguidores de Apolo privilegiavam o conhecimento, dizendo-se possuidores da «ciência exata» (8,1). Havia, ainda, o grupo de Cristo, o qual, baseado em supostas experiências místicas de Cristo, afirmava não ter de se preocupar a respeito dos resultados naturais de suas atividades imorais (10,10-13). Paulo exorta a comunidade em nome de Jesus Cristo e convoca à unidade. Essa unidade não é mera aceitação da diversidade de partidos ou facções, como se bastasse certa distância respeitosa para superar os conflitos (v. 10). A unidade nasce de Cristo e não dos evangelizadores. Estes são simplesmente caminhos que, da periferia, conduzem para o centro que é Jesus. O raciocínio de Paulo se exprime em forma de perguntas, cuja resposta é evidente para as comunidades (v. 13). De fato, Cristo não está dividido. É o único que morreu na cruz pelas comunidades. E todos receberam o batismo em nome dele.

O Evangelho nos conta que Jesus foi morar em Cafarnaum. «Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia» (v. 13). A ida do Filho de Deus até a região de Zabulon e Neftali realiza a profecia de Isaías. E lá Jesus lança os alicerces para formar um novo povo de Deus. Em Cafarnaum moram Pedro e André, pescadores. No Evangelho de Mateus são os primeiros a serem chamados por Jesus. «Quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores» (v. 18). A pronta disposição dos dois irmãos lembra atitudes dos profetas antigos, como Eliseu. Deus é mais importante e tem prioridade na vida deles. «Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram» (v.20).

O versículo final resume as atividades de Jesus nessa primeira narrativa de Mateus. «Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo» (v. 23). Mateus faz uma distinção importante entre «ensinar» e «pregar». Jesus ensina na sinagoga frequentada pelos judeus. Ele vem para ensinar para os judeus, pois eles não aprenderam «corretamente» a lição depois de tantas experiências históricas com Deus. Quando estava fora da sinagoga Jesus não ensina, mas, «prega», no sentido bíblico. Pregar era papel de quem era mensageiro de Deus. Na Bíblia Noé é tido como o primeiro pregador de Deus. Para os excluídos da sinagoga Jesus anuncia o projeto do Pai: o Reino.

Jesus realiza milagres por compaixão, porque ama os outros: faz milagres também para ajudá-los a crer. Realizar curas para anunciar que Deus é o Deus da vida e que no final, junto à morte, também a doença será vencida e «já não haverá luto nem pranto».

Jesus não é o único que cura, mas ordena a seus apóstolos que façam o mesmo: «Eu os envio a anunciar o Reino de Deus e a curar os enfermos» (Lc 9, 2); «Pregai que o reino dos céus está próximo. Curai os doentes» (Mt 10, 7 s). Encontramos sempre as duas coisas ao mesmo tempo: pregai o Evangelho e curai os enfermos. O homem tem dois meios para tentar superar suas enfermidades: a natureza e a graça. Natureza indica à inteligência, a ciência, a medicina, a tecnologia; graça indica o recurso direto a Deus, através da fé, da oração e dos sacramentos. Estes últimos são os meios que a Igreja tem à disposição para «curar os doentes».

O mal começa quando se busca uma terceira via: a da magia, a que se apoia em pretensos poderes ocultos da pessoa que não se baseiam nem na ciência nem na fé. Neste caso, ou estamos diante de charlatões – ou pior – diante da ação do inimigo de Deus. Não é difícil distinguir quando se trata de um verdadeiro carisma de cura e ou de sua falsificação na magia. No primeiro caso, a pessoa jamais atribui a poderes próprios os resultados obtidos, mas a Deus; no segundo, as pessoas não fazem mais que exibir seus pretendidos «poderes extraordinários». Quando por isso se leem anúncios do tipo: mago tal de não sei quem «chega onde outros fracassam», «resolve problemas de todo tipo», «poderes extraordinários reconhecidos», «expulsa demônios, afasta o mal olhado», não podemos duvidar nem um instante: são grandes enganos. Jesus dizia que os demônios são expulsos «com jejum e oração», não esvaziando o bolso das pessoas!

Mas devemos fazer-nos outra pergunta: e quem não se cura? O que pensar? Que não tem fé, que Deus não a ama? Se a persistência de uma doença fosse sinal de que uma pessoa carece de fé ou do amor de Deus por ela, teríamos de concluir que os santos eram os mais pobres de fé e os menos amados de Deus, porque há alguns que passaram a vida inteira prostrados. Não; a resposta é outra. O poder de Deus não se manifesta só de uma maneira – eliminando o mal, curando fisicamente –, mas também dando a capacidade, e às vezes até a alegria de carregar a própria cruz com Cristo – a superação - e de completar o que falta aos seus padecimentos. Cristo redimiu também o sofrimento e a morte; já não é sinal do pecado, participação na culpa de Adão, mas instrumento de redenção.
(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 23/01/2011)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Jornal do MEJ

Olá Pessoal!

Não há dúvida que nossa união faz a força do Movimento Eucarístico Jovem e por isso este espaço está aberto, também, aos outros núcleos do MEJ que quiserem compartilhar suas atividades conosco e com todos que acompanham este Blog.

Estamos aqui para incentivar todas as iniciativas em prol do Movimento e da Juventude.

Nossos amigos do núcleo Rio Preto dispõem de um informativo periódico que além de notícias locais, trazem assuntos sobre os principais eventos do AO e MEJ e notícias da Igreja no mundo.

Vale a pena conferir!

Não há um site específico do MEJ de lá, porém o JUNSEG - Jovens Unidos de Nossa Senhora das Graças, disponibilizaram um espaço em seu site para que todos possamos fazer o download das edições deste informativo: "Pergaminho".

Já estão no site as edições de novembro e dezembro!

CONFIRAM: há referência da participação dos coordenadores do MEJ São Francisco em Encontro Nacional do AO/MEJ na edição de dezembro.

Acessem através do link:
http://www.junseg.com.br/?select=downloads&corpo=downloads&acao=cat&cat=Pergaminho - MEJ

Obrigada JUNSEG pelo apoio e carinho!
Grande abraço a todos.
Rosangela Molina

domingo, 16 de janeiro de 2011

A voz do nosso pároco

Tempo Comum é um tempo propício para conhecermos melhor e nos aprofundar na História da Salvação, nas maravilhas que Deus realizou e realiza até hoje na vida da humanidade, de refletir e sentir o Seu grande amor por cada um nós.

No decorrer do Tempo Comum também celebramos diversas Solenidades e Festas Litúrgicas, marcadas pela experiência profunda da fé de pessoas simples que marcaram sua época e servem de exemplo de vida para nós cristãos - os Santos e Santas de Deus.

Vamos aproveitar essas reflexões dominicais!
Sempre à luz do Evangelho, nosso pároco ilumina nossa realidade, o contexto sócio-economico em que vivemos, enriquecido de conhecimentos teológicos, filosóficos e literários.

Vamos lá!
Prepare-se para ir a Santa Missa!
Pegue sua bíblia, leia os textos do dia e acompanhe essa reflexão!
Vale a pena esta leitura!

Rosangela Molina
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2º. Domingo do Tempo Comum – Ano A – 16 de janeiro de 2011.
Textos:
Is 49, 3.5-6; Salmo 39; 1Cor 1,1-3; Jo 1, 29-34.



Meus irmãos: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Estamos reunidos em torno da Mesa da Palavra e da Mesa Eucarística com alegria para celebrar a Páscoa do Senhor.

Deus, nosso Pai, insiste e sempre está a nos chamar para que participemos ativamente da Sua Palavra e nos alimentemos do pão eucarístico, o Filho Amado, Ungido pela Palavra do Pai. Cremos firmemente que o alimento da Eucaristia que veio do Alto, pelo «sim» de Maria, nos revigora na Ressureição do Senhor.

Abrimos o «Tempo Comum» festejando o Batismo de Jesus realizado pelas mãos do maior profeta que existiu: João Batista.


A primeira leitura é do Segundo Isaías, capítulo 49 que se inicia com um chamado profético de Deus para que seu povo se transforme também em profetas neste mundo. «O Senhor me disse: Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado» (v. 3). É um convite especial para que o Seu Povo abrace com o braço forte da fé o Evangelho do Reino. «Ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo» (v. 6-a). Para Isaías que anuncia na leitura hodierna (dos dias de hoje; atual) o «Segundo Cântico do Servo» ser uma comunidade de profetas é restaurar o mundo com consciência; mas, sobretudo com uma forte espiritualidade - advinda de uma experiência íntima com Deus – que ilumina. « Que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória» (v. 6-b). Fomos destinados por Deus a ser «luz das nações». «Eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra» (v. 6-c). A mesma missão Deus fizera no passado como podemos constatar pelo profeta Jeremias: «Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia, antes de saíres do ventre, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações» (Cf. Jr 1,5). Bem mais tarde Paulo já inserido na Igreja de Cristo, como Apóstolo, pois fora «arrancado» do mundo pelo Senhor Ressuscitado, nos lembra de que somente pela graça de Deus podemos ser e agir como comunidade de profetas neste mundo marcado por tantas divisões sociais, econômicas e religiosas. «Deus, porém, tinha me posto à parte desde o ventre materno; quando então ele me chamou por sua graça» (Cf. Gl 1,15).

Assim, é pela graça de Deus, em seu Filho Jesus Cristo que na segunda leitura, dirigida aos coríntios, que Paulo reforça o convite a uma vida de santidade; porém uma vida de santidade que é fruto de uma prática profética que se consolida na medida em que ouvimos com atenção o Evangelho do Reino anunciado por Cristo. «Aos que foram santificados no Cristo Jesus, chamados a serem santos, junto com todos os que, em qualquer lugar, invocam o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso» (v. 2). Paulo lembra a comunidade dos coríntios, marcada por divisões internas tanto do ponto de vista econômico como religioso para que retome em sua vida «o chamado». Ainda que a sofrer com aquela realidade vivida pela comunidade ele deseja a graça e a paz. «Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (v. 3). Quando não vivemos em comunhão, que vem do Espírito Santo é porque rejeitamos a graça e a paz que nos foram destinadas por Deus.

O Evangelho segundo João é chamado de o «Evangelho dos Sinais», pois narra os grandes episódios ocorridos com Jesus de Nazaré. João também utiliza a geografia e a cronologia, mas faz uma leitura altamente teológica e profunda, misturando vários estilos como narrativa, diálogo e discursos. Em muitos momentos narrativos João introduz em seu Evangelho versículos autoexplicativos, espécie de pensamentos do próprio Jesus e de como Ele enxergava a realidade do seu tempo.

Jesus é apontado por João Batista como o Cordeiro de Deus. «João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”» (v. 29). O Evangelho de João é o único que utiliza essa expressão, embora Paulo também a utiliza a partir da sua teologia: «Cristo nossa Páscoa, foi imolado» (cf. 1Cor 5,7). Trata-se, portanto de um termo oriundo de uma reflexão sobre o Cristo. Ambos completam o título ligando a revelação da identidade de Jesus como aquele que «imolado» «tira o pecado do mundo». É quase possível que a origem dessa reflexão venha do judaísmo primitivo instituído por Moisés que prescrevendo a liturgia cultual da Páscoa antiga instituiu a oferta da família reunida: um cordeiro. A imolação do cordeiro estava ligada ao perdão dos pecados (ver: Is 53, 6-8). Acreditava-se que o Espírito de Deus, na noite da Páscoa, habitaria o cordeiro que após o sacrifício servia de refeição para todos da família. No judaísmo primitivo como em muitas religiões antigas acreditava-se que ao comer a carne de certos animais a força e o poder deles entravam no corpo dos comensais.

O capítulo primeiro do Evangelho, após uma introdução belíssima, nos apresenta o chamado «Tempo dos Sinais». Antes de narrar o primeiro sinal (as Bodas de Caná), o evangelista nos introduz no «testemunho de João Batista». «E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”» (v. 32-34).

A Igreja também nos convida a caminhar na estrada de Jesus e assim como Ele deseja que entremos sempre em estado de conversão para que todos nós sejamos também suas testemunhas.

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 16/1/2011)

Pe Devair é pároco na Paróquia São Francisco de Assis -Vila Guilhermina/SP
Entre em contato com Pe Devair, também através do nosso blog, comentando seus textos e deixando email para contato.

Confira um pouco mais do MEJ Rio Preto

Por Rosangela Molina

Capela Nossa Senhora dos Pobres - S. J. do Rio Preto - SP




Ministério Canto Sagrado
Ensaio do Coral do MEJ




Cia Teatral Art' Sagrada
Making off do ensaio do grupo






Irmandade Esportiva MEJ
Jogo amistoso





MEJ Rio Preto - Grito de guerra


Fotos e vídeo: Rosangela Molina

Interação MEJ: SP - Rio Preto

por Rosangela Molina

Salve MEJ!

Em junho de 2010, no Encontro Nacional do AO e MEJ em Aparecida do Norte, tivémos o prazer de conhecer alguns membros do núcleo do MEJ de São José do Rio Preto interior do estado de São Paulo, núcleo bem conhecido e falado em SP pela diversidade de atividades que realizam com MEJ. Desde então surgiu o convite para uma visita à cidade.

No último fim de semana (7-9/jan), cumprindo a promessa de que iria, fui até Rio Preto ver de perto este trabalho.

Encontrei lá um grupo de jovens prá lá de animados, de uma alegria contagiante e muita hospitalidade.



Tive a oportunidade de conhecer de perto os trabalhos que o MEJ Rio Preto realiza e fiquei muito feliz com o que vi e vivênciei nestes dois dias.

Sob a direção espiritual de Nilton e Sônia e a coordenação de Alaor (coordenação esta que está sendo ampliada com a reorganização do núcleo), o grupo me pareceu bastante unido e comprometido com os objetivos do Movimento. Além dos encontros dominicais do núcleo eles criaram subgrupos e usam a arte para evangelizar os jovens e demais pessoas da comunidade. Estão sempre envolvidos nas atividades da Capela do bairro (capela está que tranquilamente tem estrutura de paróquia!), na paróquia e ainda desenvolve agora, um projeto de interação jovem, levando através do teatro, a possibilidade da juventude parar e refletir sobre seu compromisso na missão que Deus confiou a cada um de nós.

Os subgrupos estão organizados da seguinte maneira:

Companhia Teatral Art Sagrada
Cia Dançart
Ministério Canto Sagrado
Jornal Pergaminho
Anjos de Resgate
Irmandade Esportiva MEJ

De acordo com sua área de interesse, após iniciar sua caminhada no Movimento, os jovens vão ingressando nos subgrupos.

Participei dos ensaios do grupo de teatro e de canto que se preparavam para as festividades de sua padroeira - Nossa Senhora dos Pobres- realizada agora no dia 15/01. Com muita sensibilidade eles conseguem transmitir mensagens de fé e esperança (fiquei emocionada assistindo apenas o ensaio, fico imaginando como foi bonito a apresentação na festa).

Além dos ensaios, também fui conferi se haviam craques no futebol no grupo, assisti uma partida do time do MEJ. Gostei do que vi (viu meninos), apesar de não entender bem de Futebol, gostei muito do jogo!!!

Vários momentos foram proporcinados durante minha curta estadia em Rio Preto, mas tenho que dar destaque para dois deles. Foi com muita honra que participei da primeira reunião deste ano da Diretoria no núcleo e da primeira reunião do grupo, também.

Aproveitamos este momento para uma verdadeira troca de experiências e vivências dentro do MEJ. As reuniõs com os jovens acontecem aos domingos após a missa das 18:30h e impressiona a quantidade de jovens participantes do núcleo de Rio Preto. Segundo informações, cerca de 60 jovens compõem o grupo, mas como eles estavam de férias, participaram da missa e da reunião mais de 30 deles.

Dentro deste núcleo eles possuem grupos do Fogo Novo e Gente Nova, só não há o grupo semente pois a estrutura de catequese da Diocese local não permite ainda!

O grupo está passando por algumas mudanças, que ao meu ver, serão de tamanha importância para o crescimento e fortalecimento destes jovens dentro do Movimento.

Durante a reunião da noite, algo me deixou especialmente feliz e deve ser compartilhar aqui para servir de exemplo aos outros núcleos do nosso movimento. com um trabalho aparentemente discreto comparado aos demais subgrupos, o subgrupo Anjos de Resgate realiza um trabalho de trazer ao Movimento jovens que estavam afastados ou que ainda não participam de movimentos juvenis e nesta noite que estive com eles, 3 jovens foram trazidos por estes "anjos". (Belo trabalho, meninos! Belo trabalho!)

Conversei bastante com vários jovens do MEJ de Rio Preto e fica difícil relatar tudo aqui.

Tenho certeza que temos muito o que conversar ainda e muito à contribuir para o crescimento do MEJ em São Paulo e em todo Brasil.

Trago de Rio Preto a melhor impressão possível!

Agradeço de todo coração o carinho, a atenção, hospitalidade e generosidade de todos!

Não vou citar nomes aqui para não correr o risco de esquecer de alguém!
Porém não posso deixar de agradecer, de modo muito especial e particular, ao Johnny e toda sua família que me acolheram com todo carinho e atenção; também a todos os meninos que me fizeram companhia no city tour realizado em Rio Preto e em todos os lugares que passei.

Aguardo a visita de vocês em São Paulo, agora!

Valeu Rio Preto!
Deus abençoe e derrame suas bençãos sobre cada um de vocês!
Coragem na missão assumida e levem sempre adiante a experiência de sentir esse amor tão generoso, derramado do Sagrado Coração de Jesus em nossas vidas! Contagiem a juventude de Rio Preto e arredores com essa alegria!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A voz do nosso pároco

Festa do Batismo do Senhor – Ano A - 9 de janeiro de 2011.
Textos: Is 42, 1-4.6-7; Salmo 28; At 10, 34-38; Mt 3, 13-17


Irmãos: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Festejar o Batismo do Senhor é recordar o significado especial que esse sacramento tem na vida humana. O batismo nos insere na vida da fé; ele nos dá uma vida espiritual. A vida biológica nós recebemos de um homem e de uma mulher, mas, a vida espiritual nós a recebemos de Deus, o Pai Criador, no seu Filho Jesus Cristo. Pelo Batismo há um chamado de Deus para ser discípulo e missionário de Jesus Cristo. Discípulo e missionário de Jesus é aquele que o encontrou pessoalmente na lida do dia-a-dia, na história pessoal e social. Assim, na comunidade formada de membros batizados, todos os seus membros possuem uma única missão e mesmo objetivo: defender e alimentar a fé cristã na Igreja e no mundo.

O profeta Isaías nos dizia domingo passado de que o fiel perseverante tem de agir no mundo como profeta. O profeta vê o Cristo – a Luz - que o mundo não consegue ver. «Chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor» (v. 1 de Is 60). Por isso, a primeira leitura da Sagrada Escritura de hoje nos remete ao Isaías dos tempos do exílio, período de terrível e grande sofrimento espiritual do povo hebreu. O fiel verdadeiro traz em si a certeza do chamado de Deus. «Eis o meu servo — eu o recebo; eis o meu eleito — nele se compraz minh'alma; pus meu espírito sobre ele» (v. 1). O fiel verdadeiro tem consciência e razão, mas, movidas pelo Espírito de Deus. O Espírito de Deus sempre esteve presente em toda a ação de Deus, descreve o livro do Gênesis. Mas, o pecado original trouxe uma confusão e uma desorientação no mundo. Isaías ao dizer que Deus pôs sobre nós o Espírito dele está querendo dizer que em nós já há a semente do julgamento final. Os evangelistas viram nessa passagem profética a pessoa deles próprios e a de Jesus. Através de um poema chamado «Cântico do Servo Sofredor» que vai aparecendo no conjunto de sua obra, o profeta Isaías nos dá pistas da identidade do Servo Fiel, o Cristo Messias e de seus seguidores. Poderíamos sintetizar essa identidade em três aspectos fundamentais que determinam o agir cristão que se originam na vinda do Espírito Santo sobre nós. Com eles também podemos observar e separar o joio do trigo na confusão e desorientação promovidas pelo pecado. O primeiro aspecto é a realeza. «Ele promoverá o julgamento das nações» (v. 1b). O cristão autêntico é defensor dos direitos da pessoa humana, sobretudo dos mais fracos e pobres, em qualquer cenário político e econômico. Sempre bom lembrar: quando se fala em «pessoa humana», quer-se verdadeiramente dizer «ser vivo e humano». O segundo aspecto é o sacerdócio. Para realizar a sua missão o fiel verdadeiro precisa de um método e de uma pedagogia de como fazer uma realidade espiritual ser visível aos olhos de todos. O profeta Isaías nos fala que Deus utiliza o método e a pedagogia sacerdotal; o sacerdote é um homem chamado por Deus para ser aquele que no lugar de todos os seres humanos apresenta e oferece a Deus as ofertas humanas. Deus instituiu um sacerdócio profético no Antigo Testamento começando por Moisés. Toda a comunidade pode falar o que quiser com Deus; mas, o que o sacerdote falar e não só falar, apresentar as ofertas a Deus este o ouvirá e agirá segundo o seu tempo e a sua vontade. «Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo» (v. 6). O sacerdote sofre em sua humanidade porque ela é igual à de todos os seres humanos. Esse sofrimento cresce na medida em que em sua vida ele vai conhecendo e experimentando a divindade que vem de Deus. Ele tende num primeiro momento a negar a sua humanidade, mas, depois com a intimidade maior com Deus ele vai descobrindo que ele não precisa destruir sua humanidade, mas, ver na divindade de Deus a sua própria humanidade. «Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade» (v. 2-3). E o terceiro e último aspecto: a profecia. Esse aspecto é o resultado e o processo conflitivo vivido dos dois aspectos anteriores, rei-sacerdote. «Os fiéis leigos são ´os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Eles realizam segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo´. São ´homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja´» (n. 209, do DA).

(texto: Pe Devair Carlos Poletto - 9/1/2011)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

MEJ São Francisco apóia abertura de núcleo do MEJ na Paróquia Santa Cecília

Por Rosangela Molina

Nesta quinta-feira, 6 de janeiro, Everson e Rosangela - representantes do MEJ São Francisco e da Coordenação Nacional do Movimento Eucarístico Jovem, estiveram reunidos com as Srasna Paróquia Santa Cecília (Arquidiocese de São Paulo), atendendo pedido da Sra. Satut - Presidente do Apostolado da Oração na paróquia Santa Cecília que se organizam para abrir um núcleo do MEJ.

O Apostolado da Oração existe nesta paróquia há 115 anos, foi o primeiro Movimento que se formou ali. Em 1945 eles comemoraram o jubileu de ouro, como está registrado em uma placa comemorativa na capela do Ssmo, que conta ainda com uma bela imagem do Sagrado Coração de Jesus acima do tabernáculo, um lindo espaço - assim como toda a igreja.

Agora, preocupados em unir os jovens da paróquia e de seus arredores, o AO está iniciando seus trabalhos para a abertura de um núcleo do MEJ.

Nós fomos até lá para compartilhar um pouco do que sabemos e do que já vivenciamos nestes 6 anos de caminhada no Movimento.

Com base na apresentação preparada pelo Everson para explicar um pouco do MEJ e sua proposta para os jovens, uma longa e prazerosa conversa foi desencadeada: muitas dúvidas, curiosidades, ansiedade e alegria em começar efetivamente a organização do Movimento na Paróquia.

Esperamos ter colaborado um pouco com vocês.

Saimos da reunião com a certeza de que tudo vai dar certo e que em breve teremos mais um animado núcleo do MEJ na cidade.

Esse empenho e apoio do Apostolado em relação ao MEJ, nos deixa muito felizes!

Conte conosco no que precisarem!

Deus abençoe vocês - Sílvia, Selma, Maria Izabel e Satut, pela iniciativa!



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

MEJ São Francisco inicia programação de férias!

Por Rosangela Molina
Fala galera do bem!

Pra quem acha que estar de férias no MEJ é sinônimo de ficar em casa, descansar, encher a paciência dos pais o tempo todo ou ficar no sofá em dia de chuva, está muito enganado!

Nosso grupo iniciou está semana sua programação de férias!

No último encontro do ano os jovens mejistas deixaram diversas sugestões de passeios e outras atividades a serem realizadas neste mês de janeiro!

Realizamos nesta terça-feira a primeira atividade cultural, que foi pra lá de animada!
Visitamos o Museu da Língua Portuguesa, localizado na Estação da Luz - cartão postal da cidade de São Paulo. O caminho todo até chegar no museu é uma festa! Estarmos juntos é uma grande festa!
Participamos da apresentação no auditório sobre a nossa língua materna, em seguida um "sarau digital" (se assim podemos chamar) - um espaço onde as poesias são narradas, acompanhadas de diferentes efeitos digitais, um verdadeiro espetáculo!

Visitamos o acervo permanente do Museu, onde interatividade é a palavra-chave do local! Um espaço com diferentes recursos multimídias, que ensinam a Lingua Portuguesa - sua origem, evolução, etimologia das palavras entre tantas outras coisas - da forma tão prazerosa e dinâmica, que essa moçada jamais poderia prever.

Por fim, visitamos o espaço de exposições itinerantes, que conta hoje com a vida e obra de Fernando Pessoa! Nesse espaço o autor é apresentado de maneira surpreendente; diferentes ambientes são criados para apresentar seus diferentes personagens, ou seriam pseudonimos!? Muito bom!
Antes de voltarmos para casa, na Estação da Luz, apreciamos uma bela apresentação do João Paulo que tirou aplausos das pessoas que por lá passaram e puderam, assim como nós, vê-lo e ouvi-lo tocando no piano da estação.
Um piano fica disponível, em meio ao saguão da Estação, para quem souber e quiser tocá-lo, parar por algum instante e dedilhar uma boa música!

Dica Cultural do MEJ:
Você ainda não conhece? Vale a pena conferir as atrações do Museu da Língua Portuguesa!
Caso já tenha ido, vá novamente. As exposições temporárias sempre nos surpreendem!

Confira algumas fotos desta atividade!





Mais fotos na nossa página no orkut.

MEJ recebe visitas neste início de ano

Este início de ano está bem movimento para o núcleo do MEJ da Paróquia São Francisco de Assis.


Visando a integração dos movimentos juvenis, recebemos a visita do Coordenador Nacional da CVX - Comunidade Vida Cristã - Rodrigo Valentim (Rio de Janeiro) e o Coordenador da Região Sudeste do Ministério Jovem da RCC - Odilon da Silva (Espírito Santo).


Foi um momento muito importante e também de muita alegria para nós do Movimento Eucarístico Jovem. Esperamos por mais momentos como estes de entrozamento e amizade.


Unidos em Cristo, queremos também, unir forças pela juventude!


O MEJ agradece a visita e deseja sucesso e muitas bençãos de Deus na caminhada de vocês junto aos respectivos Movimentos!


Odilon (Ministério Jovem - RCC), Rosangela (MEJ), Rodrigo(CVX) e Everson (MEJ)

A voz do nosso pároco

Epifania do Senhor – Ano A – 2 de janeiro de 2011.
Textos:Is 60,1-6; Salmo 71; Ef 3,2-3-a.5-6; Mt 2, 1-12


Irmãos e irmãs:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Vamos precisar de ânimo e coragem para enfrentar o ano civil de 2011 que se inicia. Temos que reacender o espírito que vem das palavras e dos profetas no mundo e na vida em comunidade; esse ânimo e coragem devem ser um sinal do Evangelho, a Boa-Notícia. «Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor» (v. 1) como nos convida o profeta Isaías na primeira leitura.

A seguir, o profeta no mais autêntico espírito de profecia, clareia o nosso olhar em relação ao mundo em que vivemos. «Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos» (v. 2-a). Nós como Igreja – o Povo de Deus – em movimento, não podemos ignorar a realidade. «Lança um olhar em volta e observa» (v. 4-a), nos diz a Palavra profética de Deus. «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?» (cf. Mt 2, 2), descreve Mateus anunciando como Boa-Notícia em seu Evangelho e narrando os momentos mais importantes da infância de Jesus.

Dom Pedro Casaldáliga, Bispo-pastor e profeta do Araguaia, nos recordam em seu poema: «As estrelas só se enxergam de noite». Membros da Igreja que somos em seus mais variados níveis e carismas – discípulos e missionários do Senhor Ressuscitado – com alegria e lucidez estamos em marcha com o povo que é o Caminho.

O profeta nos empurra para um olhar mais nítido da natureza humana e Deus nos convida para que lancemos nossos olhares para Ele. «As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!» (cf. Antífona do Salmo), nos relembra Davi em momento profundo de oração. Simplicidade e humildade deve ser sempre a marca do verdadeiro seguidor de Cristo. O poder humano – político e social – também deseja se reencontrar com o Menino deitado em sua manjedoura. Entretanto, revela-nos a Palavra de Deus que esses poderes não foram e não são capazes de ver a realidade, pois se embriagam pela insensatez e por suposto poder. «Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei» (v. 4), buscavam uma resposta não para o sentido da vida, mas, para acumular sempre mais poder. Os donos do poder sabem; olha para a vida humana e a Vida em Deus como obstáculo, uma espécie de transtorno. Os donos do poder revela-nos o Evangelho não conseguiram «pegá-Lo» - como lembra-nos de uma maneira muito simples, a escritora Clarice Lispector em seu livro «A Hora da Estrela». Então, assim como os «donos do poder», os pobres pastores e os três reis rejeitados pela cultura de seu tempo, tiveram as verdadeiras atitudes. O Evangelho é sempre revelado aos simples de coração, por isso – destaca o Evangelho – pastores e reis tinham uma certeza e uma convicção no coração e na inteligência. Eles sabiam. Esta Luz incide na sua própria casa e no Tempo vivido pelo povo. Eles estavam no coração da Luz. E aqui estão às palavras certas no livro do profeta Miquéias: «E tu Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, pois, de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo» (v. 6).


Irmãos e irmãs:


Glória seja dada a Deus nosso Pai, pois Ele nos reuniu aqui para celebrar a Esperança e trazer à Mesa Eucarística as lutas de cada dia. Aumente Senhor nosso desejo de continuar compromissados, fiéis ao Teu Evangelho que nos anima e encoraja firmado em nossa caminhada. Deus – em sua bondade e misericórdia – aceite o nosso esforço; contamos sempre com a Tua Graça e com a Tua força. Ajudai-nos a manter acesa a luz da fé cristã e católica – ao longo do ano civil que se inicia; essa mesma fé – revelada em palavras e atos inunde nosso coração e inteligência.

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 2/1/2011)

A voz do nosso pároco

Para todos que apreciam os textos do nosso pároco, aproveitem para relembrar suas reflexões realizadas ao longo de 2010; eles estão arquivados por mês, na pasta 2010 na barra lateral do nosso blog.

Devido o período de festas, ficamos devendo o texto da missa da Sagrada Família e da Epifânia do Senhor, que a partir de agora, também estão disponíveis à todos vocês.

Boa leitura!
Um abraço,
Rosangela Molina.


A Sagrada Família – Ano A – 26 de dezembro de 2010.
Textos:Eclo 3, 3-7.14-17-a (na versão da Bíblia em grego: 3,2-6.12-14); Salmo 127; Cl 3, 12-21; Mt 2,13-15.19-23.


Amados irmãos e irmãs!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


O Espírito Santo de Deus pairava sobre a natureza criada. O ser humano - inspirado pelo sopro vital do Criador - começou adquirir inteligência, pois o seus 5 sentidos começaram a ser desenvolvidos, para compreender e aprender que a «Vida», fruto do sopro, é o bem e o maior patrimônio para si mesmo e para todas as suas relações com tudo o que o cercava. A cena mítica e profundamente simbólica do Paraíso nos inspira a compreender os tempos de hoje. O homem começa a desenvolver a ciência, mas uma ciência fruto do ato criador do Pai. O homem contemporâneo – iludido em si mesmo – deseja a sua divindade própria.

A harmonia essencial e profunda entre o homem e a natureza criada fez com que, pela primeira vez, Deus sentisse felicidade. «E Deus viu que tudo era bom» (Gn 1,18). A felicidade de Deus causou forte impacto no homem; não bastava viver em harmonia. O homem começa a sentir desejos, manifestados por seus atos e com o seu comportamento. O homem pensa e começa a refletir e chega à conclusão de que ele – para Deus – é igual a todas as obras criadas. Surge o sentimento no homem do «ciúme», visto a sua alegria em relação às demais. O ciúme o motiva a pensar que ele não é mais um ser vivo, mas uma «pessoa». O homem não sabe, mas no coração de Deus ele – o homem – é o ser vivo mais lindo e perfeito. Movido pelo sentimento de ciúmes o homem começa a mudar seu comportamento; o que antes lhe parecia um paraíso passa a ter outro olhar. Começa ali uma espécie de «cegueira parcial» que o leva a dissociar-se de Deus e dele próprio. A unidade essencial entre a natureza e a pessoa perde o seu significado. O estadista e teólogo romano Boécio, no século 5º a.C., dizia que «a pessoa é uma substância individual de natureza racional». A observação filosófica permanece atual até hoje. Entende-se, então, que não se deve temer que esta expressão constitua uma espécie de «diminuição» da dignidade humana. Não se trata de reduzir nosso ser à única dimensão orgânica da nossa pessoa, mas de integrar e respeitar a totalidade daquilo que somos.

Vivendo ainda o espírito celebrativo do Natal do Senhor, Deus nos convida a incluir nessa celebração uma meditação sobre a família. Por isso, na primeira leitura do livro do Eclesiástico, o autor traduz e elabora uma catequese sobre o significado do mandamento de Deus contido no livro do Êxodo 20,12: «Honrar pai e mãe». Praticar esse mandamento é trazer benefício para si próprio. Deus abençoa o filho que pratica esse mandamento. Assim como o pai e a mãe cometem também pecados, o filho que os perdoa terá também os seus próprios perdoados por Deus. «Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana» (v. 4).

A família humana é, portanto o lugar natural da nossa humanidade e o «berço da vida e do amor» (Cf. João Paulo II, CL, 40). A família constituída dentro da realização da vontade de Deus expresso em sua Palavra é, pois uma instituição humana, porém de natureza divina. A relação de justiça e amor entre os irmãos, o exercício da autoridade do pai e da mãe, a ajuda mútua que exercem entre si os membros de uma família, o acolhimento natural e a capacidade sem limites do perdão, constituem valores sagrados que os preparam para a vida em sociedade. É na família que experimentamos decisivos exercícios de paz.

Quando examinamos com a devida atenção a história das sociedades, sobretudo na Antiguidade, podemos perceber que poder do Estado, aquele que gerencia a sociedade, era exercido pelas famílias. Basta ver os grandes impérios tanto do ocidente quanto do oriente. O oriente até hoje preserva essa característica; algumas monarquias, como a da Inglaterra, por exemplo, sobrevive até hoje.

Foi somente na metade do século 18, com o movimento intelectual e filosófico chamado «iluminismo», sobretudo da França e da Alemanha que se foram constituindo Estados que eles consideravam livres. John Locke, Voltaire, Rousseau, Montesquieu, Adam Smith são os representantes mais significativos desse pensamento. Na natureza iluminista Deus e religião devem ser banidos. Mas, o pensamento iluminista fracassou logo nos primeiros cem anos. Já no século 19 notamos a impossibilidade de se constituir Estados livres de toda e qualquer ideologia. O povo sofre até hoje consequências pelo desenvolvimento e força desse pensamento filosófico.

A Igreja reconhece o os direitos da pessoa, ainda que expressos como «direitos do indivíduo» observando que mesmo esses possuem um «caráter social fundamental» (cf. Conselho Pontifício da Família, «Carta dos direitos da família», Preâmbulo).

Na segunda leitura, Paulo lembra que é na família o lugar para se cultivar os bons costumes e as relações básicas para a vida em sociedade. «Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convêm no Senhor. «Maridos amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem (v. 18-21). Paulo lembra que a família nasce do «sim» responsável e definitivo de um homem e de uma mulher e vive do «sim» consciente dos filhos que pouco a pouco entram a fazer parte dela. Para prosperar, a comunidade familiar tem necessidade do consenso generoso de todos os seus membros. É preciso que esta consciência se torne convicção partilhada também por quantos são chamados a formar a família humana comum. É necessário saber dizer o «sim» pessoal a esta vocação que Deus inscreveu na nossa própria natureza. Não vivemos uns ao lado dos outros por acaso; estamos percorrendo todos um mesmo caminho como homens e por isso como irmãos e irmãs. Desta forma, é essencial que cada um se empenhe por viver a própria vida em atitude de responsabilidade diante de Deus, reconhecendo n'Ele a fonte originária da existência própria e alheia. É subindo até este Princípio supremo que se pode perceber o valor incondicional de todo o ser humano, colocando as premissas para a edificação duma humanidade pacificada. Sem este Fundamento transcendente, a sociedade é apenas uma agregação de vizinhos, e não uma comunidade de irmãs e irmãos chamados a formar uma grande família.

O Evangelho de Mateus, capítulo 2, relata a fuga para o Egito. Os evangelhos apresentam os sofrimentos vividos pelo Menino Jesus e sua família, ainda no contexto celebrativo do Natal. Mateus dá destaque ao pai de Jesus, São José que deu a Jesus a descendência de Davi com haviam profetizado os profetas do Antigo Testamento. No evangelho de hoje São José continua a realizar a Palavra de Deus. De fato, ele é orientado pelo anjo do Senhor que lhe aparece em sonho ( cf. vv. 13.19; cf. 1,20; 2,22).

A fuga para o Egito e a caminhada que realizam de volta, após a morte de Herodes, reescreve o episódio do Êxodo. São José faz se cumprir a profecia de Oséias: «Do Egito chamei o meu filho» (Os 11,1). Como Moisés Jesus será aquele que oferecerá a libertação para seus fiéis seguidores. Eles retornam para Nazaré. «E foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: ´Ele será chamado Nazareno´» (v. 23). Jesus viverá grande parte da sua vida na Galiléia. É preciso compreender profundamente o que isso significa. A raiz da palavra «Nazaré» vem de «nazir», palavra hebraica que significa «consagrado». Mais do que contar um episódio triste da vida da Sagrada Família, Mateus deseja que compreendamos a identidade do Menino Jesus. É pela ação corajosa e de fé de S. José que podemos venerar e se encontrar com Deus.
(Texto - Pe Devair Carlos Poletto - 26/12/2010)

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