Apresentação MEJ Brasil - 1º Congresso Mundial do MEJ - 2012

Hino do Congresso Internacional do MEJ 2012 Argentina - Escute aqui!

sábado, 24 de setembro de 2011

Cruz da JMJ e Ícone de Maria em nossa Diocese!

Por Rosangela Molina

Neste fim de semana, nossa Diocese de São Miguel Paulista - São Paulo/SP - teve a graça de receber a Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Maria.
Em sua peregrinação iniciada no último fim de semana, quando chegaram a São Paulo, estes símbolos vão percorrer por todo o país até 2013 quando chegarão no Rio de Janeiro - local da JMJ Brasil.
Nós tivémos o privilégio de sermos o terceiro lugar de passagem destes tão preciosos presentes entregues pelo papa João Paulo II à toda Juventude.

Acompanhe detalhes deste evento histórico, aqui no nosso blog e também no site da diocese de São Miguel Paulista:

MEJ no BOTE FÉ!


Domingo, 18 de setembro de 2011.

MEJ marca presença na Celebração de acolhida da Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora.

Neste domingo (18/09) aconteceu o evento de recepção da Cruz da JMJ no Brasil. São Paulo é a primeira cidade a receber a cruz e o ícone, que iniciarão peregrinação por todo Brasil nos próximos 19 meses.

O MEJ esteve lá com toda sua alegria, participando deste evento histórico para a juventude católica.

No link abaixo você encontra reportagem realizada durante o evento, pelo site Jovens Conectados, com entrevistas de jovens de diferentes Movimentos presentes, inclusive o MEJ.

http://www.jovensconectados.com.br/botefe/765-jovens-esperam-que-cruz-possa-renovar-protagonismo-juvenil

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

JUVENTUDE ABRAÇA A CRUZ MISSIONÁRIA

Por Cardeal Odilo Scherer

SÃO PAULO, terça-feira, 13 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – A Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (JMJ Rio-2013) tem seu primeiro ato em São Paulo no domingo, 18 de setembro de 2011. E que momento importante! A cruz missionária e o ícone de Nossa Senhora são acolhidos por uma multidão de jovens e não jovens num dia inteiro de festa, música, testemunhos sobre a JMJ Madrid-2011.
O aeroporto do Campo de Marte, mais uma vez, é palco de uma grande manifestação de fé, de irradiação da mensagem do Evangelho e de partida missionária para todo o Brasil. Foi lá também que, em maio de 2007, o papa Bento XVI, celebrou a canonização de S.Antônio de Santana Galvão, o primeiro santo nascido em terras brasileiras.
Em Madrid, dia 21 de agosto passado, num outro aeroporto urbano, chamado “Quatro Ventos”, foi bonita e muito sugestiva a cena quando os jovens espanhóis entregaram a cruz missionária e o ícone de Nossa Senhora a um grupo de jovens brasileiros. Aqueles a carregavam e levantaram; estes a acolheram com as mãos estendidas para o alto, enquanto ela descia para seus braços abertos. Bendita cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo! Nela nos gloriamos, porque foi sobre ela entregue à morte nosso Salvador! Agora, os jovens do Brasil, numerosos e bem representados no Campo de Marte, fazem o mesmo aqui, na Terra de Santa Cruz, justamente poucos dias após a festa litúrgica da Exaltação da Santa Cruz!
Foi o beato João Paulo II que entregou esta cruz aos jovens, para que a levassem aos países onde se realizam as JMJ. E acrescentou também um ícone bonito de Nossa Senhora, para que acompanhasse a cruz. É uma cruz simples, de madeira, mas ela representa e traz a lembrança do próprio Jesus Cristo crucificado. De fato, é Ele que nos visita no sinal da sua cruz missionária; e Ele mesmo será acolhido, certamente com festa e belas manifestações de fé, em cada uma das 275 dioceses brasileiras, até chegar ao Rio de Janeiro, em julho de 2013. Em toda parte, o mesmo gesto, de acolher a cruz de braços abertos, antes de erguê-la bem alto, para que todos vejam nela o sinal de nossa salvação.
Aos pés da cruz, estará sempre Maria a Mãe de Jesus. Ela está lá, onde se encontra Jesus com seus discípulos. Estes não podem esquecer que, por vontade e testamento do próprio Jesus, ela é sua mãe também: “mulher, eis teu filho; filho, eis tua mãe” (cf. Jo 19,26-27).
Cristo peregrino nos visita, com sua cruz; Cristo missionário nos convoca para ouvirmos de novo seu Evangelho; o Cristo da via dolorosa também passará por nossos lugares de sofrimento, carregado das dores da humanidade, de tantos jovens... E talvez será escarnecido novamente, no desprezo feito aos  irmãos... Ele conta com nossa sensibilidade, como fez o Cirineu, para aliviarmos sua cruz, que pesa nos ombros de tantos brasileiros. Cristo ressuscitado nos visita, conforta e dá esperança, dando-nos a certeza de que Ele se faz nossa companhia nos caminhos de nossas solidões... Cristo missionário do Pai nos envia novamente, com o dom do Espírito Santo, para anunciarmos o Evangelho da vida e da esperança a todos os brasileiros. O lema da JMJ Rio-2013 bem indica nossa missão: “ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações” (cf Mt 28,19).
O Brasil está recebendo um carinho de Deus; nossos jovens e nossa Igreja receberão graças muito especiais durante este período de preparação para a JMJ Rio-2013. Será um “tempo favorável”, muito bem-vindo, especialmente para envolver as novas gerações na vida e na missão da Igreja. Para os adultos, será ocasião para uma nova valorização da própria fé e participação na vida eclesial. Para os jovens, poderá ser um tempo de encontros marcantes com Cristo e de descoberta da herança apostólica, custodiado e transmitido pela Igreja, de geração em geração, e que vai passando às suas mãos também.
Bem-vindo a nós, Jesus Cristo missionário! Bem-vinda, Nossa Senhora da Visitação! Os jovens do Brasil os acolhem de braços abertos!
Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 13.09.2011
Card. Odilo P. Scherer é arcebispo de São Paulo

Fonte: http://www.zenit.org/article-28826?l=portuguese (Acesso 14/09/2011 às 16h53)

sábado, 10 de setembro de 2011

LITURGIA DA PALAVRA: PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS...

Por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração
SÃO PAULO, quinta-feira, 8 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos o comentário à Liturgia da Palavra do 24° domingo do Tempo Comum – Eclo 27, 33 – 28, 9; Rm 14, 7-9; Mt 8, 21 -35 –, redigido por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração (Mogi das Cruzes - São Paulo). Doutor em liturgia pelo Pontificio Ateneo Santo Anselmo (Roma), Dom Emanuele é monge beneditino camaldolense.
* * *
24º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos...
Leituras: Eclo 27, 33 – 28, 9; Rm 14, 7-9; Mt 8, 21 -35
Quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim?” (Mt 18,21). À pergunta de Pedro, Jesus responde estendendo a já generosa concessão do apóstolo, até o infinito horizonte divino da medida sem medida. “Até sete vezes?.... Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (18,22). Na linguagem bíblica, estes números têm significado simbólico: indicam plenitude, totalidade. Jesus os multiplica por si mesmos, acentuando o paradoxo. Ele sugere que a medida autêntica da misericórdia e do perdão recíproco não se encontra no homem. Sua nascente é divina, está no próprio Pai, por isso não aguenta cálculos e medidas estabelecidas segundo razoáveis critérios humanos de proporção entre culpa, arrependimento e perdão. 
O céu do Pai inicia na terra dos homens, quando eles se reconhecem e se sustentam como irmãos, na fragilidade do pecado assim como no perdão recebido por Deus e partilhado. Jesus abre o caminho com seu constante compromisso de solidariedade e de misericórdia para com os marginalizados, os pobres, os pecadores, os adversários hostis que procuram sua morte.
A parábola que apresenta a estranha maneira de acertar as contas do patrão com seus empregados se faz carne na vida e na morte de Jesus. Na cruz, Jesus invoca: “Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem” (Lc 23,34).
Para os discípulos, tal perspectiva é extraordinário dom de graça, potencialidade a desenvolver, chamado desafiador a seguir, tendo os olhos fixos em Jesus, que revelou o coração do Pai, e sustentados pelo exemplo de tantas testemunhas do passado e do presente, que os precederam  no seguimento do mestre divino.
Se amais os que vos amam, que graça alcançais?.... Muito pelo contrário, amai vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Será grande a vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, pois ele é bom para com os ingratos e com os maus. Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”  (Lc 6, 32. 35-36).
O exemplo de Jesus se torna ensino dado com autoridade e palavra eficaz. Dele nasce uma nova geração de homens e mulheres que vivem na própria carne a qualidade de vida, própria de Deus, tornando-se “seus filhos e filhas”, segundo a sublime palavra de Jesus. A gratuidade do amor até o perdão e o amor aos inimigos são atitudes e gestos divinos. “O amor, diz São Bernardo, basta a si mesmo... É para seu mérito, seu próprio prêmio. Além de si mesmo, amor não exige motivo nem fruto. Seu fruto é o próprio ato de amar. Amo porque amo, amo para amar”. (Dos Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, 83,4; LH IV; na festa de São Bernardo)
Através dos gestos de misericórdia e de perdão dos discípulos de Jesus, manifesta-se a incomensurável misericórdia do Pai, e se atua o reino de Deus na terra.
O amor radical de Deus para com o homem se transforma no amor radical do homem para com seu próximo. O agir humano se transforma no agir divino. A pessoa, renovada em Cristo, torna-se tanto mais rica em humanidade quanto mais divinamente orientada.
A comunidade para a qual Mateus escreve seu evangelho, com o fim de iluminar-lhe a vida, é a mesma que tinha nascido pela potência do Espírito no dia de Pentecostes em Jerusalém, e que tinha levantado a admiração de todo o povo pela união profunda entre seus membros, embora provindos de nações, línguas, culturas e experiências tão diferentes. Esta comunhão profunda entre os irmãos se tornou motivo de louvor ao Senhor e de atração de novos irmãos, enquanto “o Senhor acrescentava cada dia ao seu número os que seriam salvos” (At 2, 46-47).
Com o decorrer do tempo e o ampliar-se do número dos novos discípulos, as relações entre os irmãos de origem judia e os de origem pagã se tornam complicadas ao nível pessoal, (cf At 6,1: queixas dos gregos e instituição dos 7 diáconos), assim como na interpretação da missão e do ensino de Jesus, o Messias de Deus e o Salvador (cf At 10-11: missão privilegiada de Israel e extensão do chamado aos pagãos).
Os Atos dos Apóstolos testemunham abundantemente os desafios e o difícil caminho que a jovem comunidade cristã é chamada a enfrentar, sob o discernimento do Espírito, sob a colaboração dos irmãos, e a direção dos apóstolos. Eles mesmos – como atestam as experiências de Pedro, de Paulo e de Tiago, testemunhadas pelos Atos dos Apóstolos e pelas Cartas de Paulo – foram submetidos pelo Senhor a repetidas passagens de conversão interior e de mudanças de estilo nas relações recíprocas.
A comunidade experimenta a fragilidade da fé: dúvidas sobre a fidelidade à Lei de Moisés e a passagem à pessoa de Jesus, o cumprimento da Lei, as faltas relativas à caridade, o peso dos prejulgamentos, a pretensão de possuir em exclusividade os dons do Espírito.
Existe amplo espaço para tensões, faltas, misericórdia e... perdão recíproco! 
Como reagir? Mateus indica o caminho, propondo a parábola de Jesus. A generosa acolhida do irmão que falha, acompanhada pelo perdão recíproco, é condição essencial para viver o perdão do Pai, que é a substância da boa nova anunciada por Jesus, e por ele entregue como fundamento do novo povo de Deus. Deixar-se guiar por esta atitude generosa do Pai faz da comunidade dos discípulos a casa de Deus na terra.
O contraste entre a enorme dívida perdoada ao empregado por parte do patrão, movido por compaixão, e, por outro lado, a incapacidade do empregado beneficiado, de quitar a pequena soma devida a ele por seu companheiro, destaca a absoluta gratuidade do perdão do Pai, e como o perdão recíproco constitui uma real participação ao estilo do Pai por parte da comunidade. A comunidade cristã se configura como comunidade de perdoados, que o Espírito do Ressuscitado (cf Jo 20, 22-23) faz capazes de se perdoar reciprocamente, preanunciando assim profeticamente a reconciliação definitiva de todos na casa do Pai.
A oração entregue por Jesus aos discípulos é muito mais do que uma extraordinária fórmula de oração brotada do coração do Filho bem amado. Ela exprime a profunda identidade da comunidade cristã, que vive a boa nova do perdão do Pai, invocado, recebido e partilhado. “Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome.... E perdoa-nos as nossas dívidas como também nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6, 9.12).
Através da experiência do perdão e da reconciliação, cada dia a comunidade está aprendendo que “nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou-nos seu filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, devemos, nós também, amar-nos uns aos outros ” (1 Jo 4,  10-11; cf Rm 5, 8-12).
A Igreja, que “é em Cristo como que o sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (Constituição Lumen Gentium n.1), celebra a si mesma no Sacramento da Penitência e reconciliação.
A mesma Igreja está bem consciente que assumir e fazer próprio o estupefativo comportamento divino é fruto do nosso mergulhar no mistério pascal de Cristo e não do nosso esforço de autodesenvolvimento moral. É a graça que junto com ela pedimos como presente da eucaristia de hoje: “Ó Deus, que a ação da vossa eucaristia penetre todo o nosso ser, para que não sejamos movidos por nossos impulsos, mas pela graça do vosso sacramento” (Oração depois da comunhão).
De fato, os impulsos nos empurram para outra direção. Para a direção que aparentemente parece satisfazer a sede de se afirmar e dominar o outro, quando na realidade nos prende dentro de um processo sem fim de autodestruição e de morte. “Se ele que é um mortal, guarda rancor, quem é que vai alcançar perdão para os seus pecados? Lembra-te do teu fim e deixa de odiar; pensa na destruição e na morte e persevera nos mandamentos” (Eclo 28, 5-6). Ao contrário, o perdão concedido ao irmão que nos ofende abre ao perdão de Deus: “Perdoa a injustiça cometida por teu próximo: assim, quando orares, teus pecados serão perdoados” (Eclo 28, 2).
Se a nossa vida está de verdade orientada para o Senhor, nada nos separa dele, quaisquer que sejam os acontecimentos da vida. Mesmo na morte, ficamos em relação com o Senhor da vida. A partir desta relação profunda com o Senhor, reencontramos plenamente os irmãos (2 Leitura – Rm  14, 7-9).
Dois chefes leigos de estado, o da Itália e o da Croácia, nações que no passado se combateram duramente em sangrentas guerras e vinganças, há poucos dias (4 de setembro 2011), falando em nome dos respectivos povos, traduziram em termos políticos de alto valor, o ensino de Jesus. Depois de ter reconhecido cada um as culpas da própria nação, proclamaram: “Agora nos perdoamos reciprocamente o mal que fizemos uns aos outros”.
Com o apóstolo Paulo, poderíamos afirmar que esta maneira de relacionar-nos, imitando o estilo de Deus, é o verdadeiro culto no Espírito ao Senhor, pois nela se manifesta a maneira nova de pensar, de julgar e de agir, que leva consigo a conformação a Cristo (cf Rm 12, 1-2).
De fato esta é a atitude que pede o próprio Jesus: “Portanto, se estiveres para trazer tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e depois virás apresentar tua oferta” (Mt 5, 24).
A reforma litúrgica promovida pelo Concílio e aprovada pelo Papa Paulo VI tem introduzido como parte integrante da celebração eucarística o gesto de nos saudarmos uns aos outros como um sinal de reconciliação e de paz, antes de aproximar-se ao altar para receber a santa comunhão. É um gesto exigente e profético na sua simplicidade. É importante que seja cumprido com participação interior e devoção, como se convém aos irmãos e irmãs que se aproximam à mesa do Senhor.
Com o magnífico Salmo responsorial (Sl 102,1-12), contemplamos o coração de Deus, tão promissório pela bondade, a fidelidade e o amor que continua nos acompanhando no nosso caminho, assim como guiou nossos pais. A complicada história da aliança o testemunha. “Bendize, ó minha alma ao senhor, e todo meu ser seu santo nome... Pois ele te perdoa toda culpa e cura toda tua enfermidade... Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda eternamente seu rancor... Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem...” (Sl 102, 1-4; 9-12). Desta magnífica história, por sua graça, somos hoje os protagonistas, junto com o Senhor. Deste salmo de louvor, os novos compositores.
Movida por esta consciência, cheia de maravilha e de gratidão, a Igreja, com a reforma litúrgica depois do Concílio, tem elaborado pela primeira vez na história da liturgia duas Orações Eucarísticas (a 7a e a 8a do Missal Romano), nas quais o tema-guia do louvor e do agradecimento ao Pai é o dom da reconciliação e do perdão em Cristo e entre os irmãos. Os dois textos litúrgicos merecem profunda atenção, sendo uma rica fonte de oração e de catequese.
Transformando o evangelho de hoje em oração cheia de esperança, o prefácio da Oração VIII canta: “No meio da humanidade, dividida em contínua discórdia, sabemos por experiência  que sempre levais as pessoas a procurar a reconciliação. Vosso Espírito Santo move os corações, de modo que os inimigos voltem à amizade, os adversários se dêem a mão e os povos procurem reencontrar a paz”.
Temos a percepção que as perspectivas a nós oferecidas pela palavra do Senhor nos superem demais? Possa nos sustentar a sábia palavra de um homem de Deus, rico da sua experiência: “Guarda pois, a palavra de Deus, porque são felizes os que a guardam; guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo de tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem, e tua alma se deleitará na fartura... Se assim guardares a palavra de Deus, certamente ela te guardará” (São Bernardo, Sermão 5,3, sobre o Advento do Senhor; LH I, I semana do Advento, quarta-feira). 
Fonte: http://www.zenit.org/article-28791?l=portuguese (Acesso 10/09/2011 às 22h59)

sábado, 3 de setembro de 2011

BOTE FÉ! JMJ RIO-2013: É A NOSSA VEZ!

Por Cardeal Odilo Scherer


SÃO PAULO, sexta-feira, 2 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) da Espanha mal terminou e já estamos envolvidos na preparação da próxima jornada, que acontecerá no Brasil em menos de dois anos! Mais exatamente de 23 a 28 de julho de 2013, no Rio de Janeiro. Antes disso, porém, haverá os dias da pré-jornada, envolvendo, de alguma forma, o Brasil todo, com jovens vindos de numerosos países de todo o mundo, a serem acolhidos em nossas dioceses e paróquias. Na Espanha, vinham de 170 países!
De fato, a próxima Jornada já começa no próximo dia 18 de setembro, quando serão acolhidos os sinais da JMJ, a Cruz e o ícone de Nossa Senhora em nossa cidade, como ponto de partida para sua peregrinação por todo o Brasil. Com a presença desses dois sinais da JMJ, as juventudes das dioceses e comunidades locais poderão se preparar para sua peregrinação, finalmente, ao Rio de Janeiro, em julho de 2013.
Para o dia 18 de setembro, está sendo preparado o evento chamado Bote Fé, no Campo de Marte, com cantores, celebrações, testemunhos e várias outras iniciativas e atrações, para envolver a juventude e também os adultos e crianças, das 9h às 21h; a Cruz da JMJ será acolhida festivamente às 16h no local; em seguida, haverá a missa. É a hora de manifestarmos nossa fé, carinho e apoio à juventude. Paróquias, famílias, grupos, movimentos, pastorais, organizações juvenis, escolas, todos estão convidados! O êxito do evento dependerá do envolvimento de todos nós, católicos paulistanos e paulistas!
De fato, a preparação e a realização da JMJ-Rio 2013 será uma “tempo favorável”, uma graça especial para a juventude em nosso país. É ocasião para não se perder e para aproveitar desde o primeiro momento, que será, justamente, a acolhida da Cruz em São Paulo, no dia 18. Em seguida, ela permanecerá em nossa Arquidiocese por alguns dias, em várias igrejas e locais, para que muitos tenham a oportunidade de venerar esses sinais, que já emocionaram milhões de jovens nas jornadas.
Para nossa alegria, o papa Bento 16 já definiu o tema da JMJ-Rio 2013: “Ide, pois, fazei discípulos entre todas as nações!” (Mt 28, 19); está na continuidade do tema da JMJ de Madrid: Estar “firmes na fé, enraizados e edificados em Cristo”, deve levar espontaneamente e organizadamente a “fazer discípulos” de Cristo. A fé, quando verdadeira, não fica guardada somente para si, mas torna-se contagiosa! Está na continuidade também dos temas que movem a evangelização na América Latina, depois da Conferência de Aparecida (2007): “discípulos missionários de Jesus Cristo, para que, nele, nossos povos tenham vida”.
No final da JMJ de Madrid, o papa Bento 16 convidou os jovens a retornarem aos seus 170 povos diversos, para contar aos outros o que viram e ouviram durante aqueles dias memoráveis... Não é diverso daquilo que Jesus mandou os discípulos fazerem, ao enviá-los em missão entre todos os povos. Os cristãos têm muito para anunciar aos povos! E também têm bons motivos para convidar outras pessoas para irem ao encontro de Cristo, deixando-se envolver e encantar por ele... A festa que está sendo preparada para o dia 18 de setembro, no Campo de Marte, já será uma boa ocasião para fazer isso!
Publicado no jornal O SÃO PAULO, edição de 30/08/2011
Cardeal Odilo Pedro Scherer é arcebispo de São Paulo

http://www.zenit.org/article-28746?l=portuguese (Acesso 03/09/2011 às 21h17)
Fonte: 

A voz do nosso paróco


23º. DOMINGO DO TEMPO COMUM – Ano A – 4 de setembro de 2011.

Textos:
Ez 33,7-9; Salmo 94; Rm 13,8-10; Mt 18,15-20



Irmãos e irmãs:
               
                Nos últimos domingos Deus tem-nos presenteado com a sua Palavra sobre a vida em comunidade. Viver em comunidades traz consequências sérias. É uma beleza a vida em comunidade. Pouco ou nada poderia o homem criar e produzir nesse mundo sem sua participação na vida em comunidade. Viver em comunidade nos insere num processo de educação não formal; uma educação que está alicerçada nos valores da família, a primeira e mais importante comunidade.
                Sempre temos que refazer nossa vida em comunidade por causa das nossas fragilidades. Lembram-se da sequência dos evangelhos? Num domingo Pedro professou a fé no Senhor; no seguinte, quer impedi-lo de fazer a vontade de Deus. De pedra, o apóstolo se torna pedregulho, ou seja, algo que incomoda.
                A Igreja não deve pensar como o mundo. Ela deve ser ela mesma no mundo. A Bíblia em síntese apresenta uma pedagogia ensinada por Deus. Nós devemos ser o que somos; quando assumimos identidades de outros ficamos perdidos, violentos e desestruturados. Essa pedagogia divina que está na raiz da comunidade familiar e que deve estar também na vida eclesial, por vezes, sucumbe frente aos interesses do mercado religioso, econômico, político e ideológico.
                Por isso, viver em comunidade, a primeira e fundamental proposta de Deus realizada em Jesus de Nazaré, é uma proposta boa, adequada, urgente e necessária diante do que o mundo nos oferece.
                                
                              
                Na primeira leitura Deus estabelece o profeta como «vigia para a casa de Israel» (v. 7). Realmente, os profetas foram sentinelas que tinham a missão de alertar o povo quando esse se afastava da vontade de Deus. O profeta deve cumprir com o seu dever; muitas vezes, para fazer a vontade de Deus, o profeta acaba sendo malvisto e odiado pela sua comunidade.
                Ele tem que avisar o povo a respeito de sua conduta, para que não se percam.

                A Igreja é o «Povo de Deus – em movimento»; um povo também profético. A partir da nossa unção batismal e crismal, todos nós participamos da vocação profética do Cristo, legada à Igreja. No sermão sobre a comunidade aparece também a nossa missão de sermos «vigias», «sentinelas». A Igreja tem uma «missão profética» nesse mundo.  A Igreja também tem que avisar e alertar a raça humana dos perigos dos desvios. O tempo vai confirmando o ensinamento da Igreja. Muitas coisas que acreditamos serem verdades absolutas vão cair por terra.
Essa semana, o presidente americano Baraque Obama anunciou num «pedido de desculpas» ao povo da Guatemala. O pedido fora porque cientistas americanos associados com cientistas europeus, na área da medicina e da ciência biológica, fez durante os anos 30 e 40 experiências cientificas – com vírus e bactérias altamente perigosas - utilizando seres humanos como cobaias. Esses cientistas agiram assim por pressão dos governos americanos e europeus para arrecadar dinheiro e movimentar o rico mercado da indústria farmacêutica. É contra esse tipo de «ciência» que a Igreja sempre se colocará em combate permanente. O triste do relatório publicado é que os mesmos cientistas acompanhavam as cobaias humanas, portanto tinham plena consciência de que estas estavam infectadas, e se divertiam à possibilidade do infectado contagiar alguém saudável. Esta é a dura realidade que nem sempre chega ao discernimento do povo.
                                                
Na segunda leitura da Carta aos Romanos, Paulo faz as suas exortações finais para a comunidade de Roma. Ele resume a prática da vida cristã com essas palavras: «não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei» (13,8). Fazer o bem para o outro é o resumo de tudo. Os jovens soldados americanos que, heroicamente retornaram com vida do Iraque e de outros países do Oriente, formaram uma associação americana e revelaram detalhes da extrema crueldade da guerra. O que mais impressiona é que o eixo de pensamento desses soldados, que agora se voltam contra o governo americano, é um eixo «religioso». Não devemos fazer ao outro aquilo que não queremos que façam conosco.
                Paulo dá evidência para a comunhão e a caridade fraterna que deve ser construída numa vida em comunidade.

No Evangelho ouvimos do Senhor que temos uma «missão profética» nesse mundo e na comunidade. É preciso sempre estar corrigindo e se corrigindo na caminhada.
                Somos uma espécie de sentinelas. Os ensinamentos de Cristo mostram que devemos fazer de tudo para não perder as pessoas da comunidade, mesmo aquelas mais pecadoras.
                Mt 18 mostra a importância da comunidade eclesial. Esta aparece ainda na palavra de Jesus sobre a oração comunitária (Mt 18,19ss): quando estamos reunidos no nome  de Jesus e unânimes dirigimos nossos pedidos a Deus, Ele nos atenderá como se fosse um pedido do próprio Cristo, pois Ele está no meio de nós.
                A Igreja é uma comunidade de salvação, do ponto de vista sacramental; mas, essa salvação só pode acontecer pela comunhão eclesial.  Cristo veio para isso: realizar a comunhão de todos os povos.
                Não é de hoje que a CNBB, a Conferência dos Bispos, alerta nossos agentes de pastoral para o perigo do subjetivismo proclamado pela sociedade e os riscos desse valor adentrar pela comunidade eclesial.
                Quando vivemos em comunidade, em família, nem sempre as coisas são como gostaríamos. Muitas vezes é preciso sacrificar nossa maneira de ser e de pensar. Não se pode fazer só o que é prazeroso. Mas, enxergar essa realidade, só é possível quando se está disposto a caminhar junto e aberto à caminhada.
                Não podemos transformar a mensagem do evangelho numa mensagem pessoal e subjetiva.

Irmãos:

O Salmo 94 nos convida a ser «povo de Deus» que reconhece a presença Dele em nossa comunidade. Queremos ser novo povo de Deus. Por isso, a antífona proposta já nos alerta: «Não fecheis o coração, ouvi hoje a voz de Deus!».
O Salmo nos recorda que nos momentos difíceis, a oração é fundamental. «Vinde, exultemos», «vinde, adoremos, prostremo-nos». Não queremos pecar contra a nossa comunidade como fez o povo no deserto, sob a liderança de Moisés.

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 04/09/2011)

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