Apresentação MEJ Brasil - 1º Congresso Mundial do MEJ - 2012

Hino do Congresso Internacional do MEJ 2012 Argentina - Escute aqui!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A voz do nosso paróco


22º. DOMINGO DO TEMPO COMUM – Ano A – 28 de agosto de 2011.
Textos:
Jr 20,7-9; Salmo 62; Rm 12,1-2; Mt 16, 21-27


Meus irmãos e irmãs:

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!


            A Palavra de Deus que celebramos neste domingo inserido no contexto eucarístico litúrgico nos convida a refletir sobre as consequências relativas ao seguimento do Senhor Jesus e à fidelidade ao Evangelho do Reino que Ele anunciou.

A primeira leitura é do livro do profeta Jeremias, capítulo 20, versículos 7 a 9. Jeremias profetizou num tempo em que os babilônios, atuais iraquianos, dominavam todo o Oriente antigo. O profeta Jeremias defendia a fidelidade radical à Aliança com Deus; para ele não importava se o momento histórico era bom ou não. O que as pessoas de fé não podiam jamais era se afastar de Deus, negar as tradições herdadas dos antigos. Para Jeremias mesmo num cenário de muitas dificuldades não se podia perder a esperança.
Quando lemos o livro do profeta Jeremias nós percebemos que ele gastou mais tempo para proclamar e anunciar a Palavra de Deus; entretanto, entre um capítulo e outro ele não deixou de extravasar as suas decepções e angústias com relação ao povo e até com Deus. Os estudiosos da Bíblia chamam esses momentos do profeta de «Lamentações».
Diante da recusa do povo, sobretudo dos poderosos de Israel em escutar o anúncio do profeta, Jeremias revoltado se dirige a Deus com palavras duras. «Seduziste-me, Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder. Tornei-me alvo de irrisão o dia inteiro, todos zombam de mim» (v. 7). Por que Senhor me enganou? Por que Senhor deixou-me iludir? São perguntas que nós também durante a caminhada – às vezes exaustos – ficamos decepcionados com a pouca receptividade da comunidade e das diversas lideranças. Diante da lentidão das profundas transformações que aguardamos ansiosamente na comunidade e também na sociedade sentimos frustrações. Jeremias queria casar e ter uma família, mas Deus não permitiu; queria curtir a vida e se divertir, mas Deus não permitiu. Por isso, em alguns momentos Jeremias quer colocar Deus no canto da parede. É uma estranha oração. Jeremias sente vergonha diante do povo quando anuncia a verdade e Deus nada faz. «Todas as vezes que falo, levanto a voz, clamando contra a maldade e invocando calamidades; a palavra do Senhor tornou-se para mim fonte de vergonha e de chacota o dia inteiro» (v. 8). Todos parecem torcer para que nada dê certo; todos parecem torcer para que a comunidade não caminhe para frente. Todos parecem torcer pelo momento em que vamos tropeçar. «Todos aqueles que parecem meus amigos esperam um tropeço meu. ´Quem sabe ele vai na conversa, nós o pegamos e tiramos nossa vingança contra ele`» (v. 10). A maioria dos profetas sofrem experiências parecidas com a de Jeremias. Somos muitas vezes motivos de zombaria de nossos próprios irmãos e pelos poderosos do mundo.

Na segunda leitura, Paulo escreve aos romanos, e fala sobre os altos e baixos da vida de um cristão e da comunidade na qual ele faz parte. Paulo no conjunto de suas cartas sempre fala a respeito disso. Para Paulo é preciso amar sem fingimento; é preciso vencer o mal com o bem. «Como, num só corpo, temos muitos membros, cada qual com uma função diferente, assim nós, embora muitos, somos em Cristo um só corpo e, cada um de nós, membros uns dos outros» (v. 4-5). Paulo parece nos dizer aquilo que falta na primeira leitura em Jeremias. Não adianta ficar só se lamentando. É preciso estar sempre atento e alerta e manter-se sempre fiel para cumprir a missão que nos foi dada por Jesus Cristo. É preciso ter discernimento durante a caminhada. Não se pode interpretar a Palavra de Deus segundo nossos desejos ou conhecer somente o que nos interessa. É preciso estar sempre em atitude de abertura diante dos imensos desafios.

            Após fazer a verdadeira profissão de fé sobre quem era Jesus de Nazaré, Pedro age como o profeta Jeremias e muitos cristãos de hoje, diante do anúncio da Paixão. «Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia» (v. 21).  Por isso, no Evangelho de Mateus de hoje, além de narrar os fatos acontecidos no relacionamento entre Jesus e os discípulos durante a caminhada que realizaram, o evangelista parece querer nos mostrar que durante a caminhada, sobretudo nos momentos difíceis é preciso não só ter fé, mas é preciso passar por uma espécie de «transfiguração». É preciso seguir Jesus até o fim, mesmo tendo que passar por momentos de cruzes e muitas vezes negando a realidade e lutando contra a vontade de Deus. «Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!”» (v. 22). A reação de Jesus diante dessa declaração de Pedro que, por detrás das palavras do apóstolo, revelam falta de compreensão e falta de convicção sobre quem realmente era o Mestre de Nazaré é dura. «Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”» (v. 23). Pedro teve que ouvir estas duras palavras de Jesus. Também nós nos dias de hoje enquanto membros da comunidade nós não queremos escutar as duras palavras de Jesus. Fechamos os olhos para a realidade do mundo ou queremos selecionar as palavras do Evangelho e ficar somente com «palavras doces». A morte anunciada por Jesus fazia parte dos planos de Deus, por causa da sua atuação concreta na realidade do mundo. A morte e o sofrimento passados por Jesus não revelariam «indiferença» por parte de Deus. «Deveria ser morto e ressuscitar no terceiro dia» (v. 21-c). Mas, isso jogou para o chão todo o entusiasmo e toda a admiração que sentiam por Jesus. Os Evangelhos estão sempre batendo nesta tecla: admiração, entusiasmo passageiro não são componentes de uma fé verdadeira. A aparente revolta de Pedro e sua boa intenção magoam Jesus. A fé proclamada por Pedro só pode ser forte e firme como uma «rocha», na medida em que o Apóstolo se abre à revelação do Pai ganhando a confiança de Cristo. «Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja» (v. 17-18). A fé de Pedro quando segue somente os interesses do mundo e os sistemas humanos converte-se numa fé satânica, ensina Jesus.
            Os versículos finais do Evangelho são palavras dirigidas à nossa paróquia nos dias de hoje. Parece que Jesus estava «adivinhando» que nós também passaríamos por isso. É Ele que recorda o nosso batismo e que somos consagrados como sacerdotes, profetas e reis. Jesus está sempre recordando a dimensão profética da fé, uma dimensão que é a verdadeira consagração do batismo. «Na comunidade eclesial, os Ministros Ordenados servem a COMUNHÃO, a ARTICULAÇÃO, a ORGANICIDADE. Leigos são sacerdotes, pastores, profetas, pelo batismo-crisma!», ensinava Dom Angélico Sândalo Bernardino no Congresso Arquidiocesano de Leigos de São Paulo, em 2010 e no maravilhoso encontro de formação sobre o documento de Aparecida promovido pela «Igreja – Povo de Deus – em movimento».  

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 28/08/2011)

domingo, 28 de agosto de 2011

Morre o arcebispo de Campinas, dom Bruno Gamberini


Morreu na tarde deste domingo, no Hospital Bandeirantes, em São Paulo, o arcebispo de Campinas (SP), dom Bruno Gamberini, 61, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Dom Bruno estava em tratamento desde junho no Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas, tendo sido transferido para São Paulo na madrugada da última sexta-feira, 26.
Um boletim médico divulgado às 13:30h de hoje informava que o quadro clínico do arcebispo era “gravíssimo” e que, por causa do agravamento da função renal, foi necessário iniciar hemodiálise. Às 15h veio o comunicado de sua morte.
Segundo nota divulgada pela arquidiocese, o corpo do arcebispo será velado na Catedral Metropolitana de Campinas. A missa de exéquias será na terça-feira, 30, às 10h, seguida do sepultamento do corpo na cripta da catedral.
Ainda de acordo com a nota, todas as igrejas da arquidiocese deverão rezar missas nos próximos sete dias em memória ao arcebispo.
Biografia
Nascido na cidade de Matão (SP), em 16 de julho de 1950, dom Bruno foi ordenado padre em 1974. Em 1995 foi ordenado bispo para a diocese de Bragança Paulista (SP). Nove anos depois, em 2004, é nomeado arcebispo de Campinas.
No Regional Sul 1 da CNBB (estado de São Paulo), dom Bruno foi  bispo assessor da Pastoral da Criança (1996); bispo presidente do Sub-Regional Campinas (1999-2003); membro do Conselho Pastoral (1999-2003); membro do Conselho Econômico (2003); bispo referencial da Pastoral da Criança (1998-2009); bispo referencial dos Pueri Cantores (2005-2009); membro da Comissão da Basílica e Santuário Nacional de Aparecida (2007-2009).
Seu lema episcopal era “Bendito o nome do Senhor”.
Mais informações no site da arquidiocese: www.arquidiocesecampinas.com

http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/alteracao-no-episcopado/7462-morre-o-arcebispo-de-campinas-dom-bruno-gamberini (28/08/2011 às 22H06)
Fonte: 

domingo, 21 de agosto de 2011

JMJ Madrid 2011 Río de Janeiro, próxima sede da Jornada Mundial da Juventude




Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=5_yxcbC8_jc (Acesso 21/08/2011 ás 10:38)

Bento XVI anuncia o Rio como sede da 27ª Jornada Mundial da Juventude

Missa do Papa neste domingo (21) encerrou jornada em Madri, na Espanha.
Próxima edição do evento será em 2013, no Brasil.

Do G1, com informações do Jornal Nacional


O Papa Bento XVI anunciou oficialmente neste domingo (21) que o Rio de Janeiro será a próxima cidade a receber a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2013.
O anúncio foi feito durante missa de encerramento do evento, que ocorre neste ano em Madri, na Espanha, após uma vigília ao longo da madrugada. Brasileiros presentes na missa cantaram trecho de "Cidade Maravilhosa" após anúncio oficial. Para esperar a divulgação da cidade como sede da JMJ, 7 mil jovens participaram de outra vigília no Maracanãzinho, no Rio.

Papa Bento XVI celebrou neste domingo (21) missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, em Madri (Foto: Gregorio Borgia/AP)
Papa Bento XVI celebrou neste domingo (21) missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, em Madri (Foto: Gregorio Borgia/AP)

No sábado (20), em um hotel de Madri, autoridades da Igreja brasileira e do governo do Rio de Janeiro se encontraram para falar da próxima jornada.

“Comparando com a Copa do Mundo, teremos mais gente no Rio quando do encontro da Juventude com o Papa”, disse o prefeito Eduardo Paes. O governador Sérgio Cabral afirmou que vai pôr à disposição toda a infraestrutura da Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Os hotéis e pousadas, colégios e igrejas e até estádios”, garantiu.

Encerramento


Após passar toda a noite em vigília, uma multidão de jovens católicos assistiu à missa rezada pelo papa Bento XVI, que encerrou a 26ª JMJ.
Depois de ser recebido pelos reis da Espanha na base aérea de Quatro Ventos, Bento XVI saudou os presentes à missa que concelebra com mil sacerdotes. A missa de encerramento da JMJ se denomina também "Eucaristia de Envio", porque depois dela começa a missão dos jovens que participaram destas jornadas nos seus países de origem.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/08/bento-xvi-anuncia-o-rio-como-sede-da-27-jornada-mundial-da-juventude.html (Acesso 21/08/2011 ás 10:05)

sábado, 20 de agosto de 2011

Bento XVI aos jovens: “Não tenhais medo do mundo!”
























MADRI - A chuva que caiu pouco depois do papa Bento XVI chegar ao aeródromo Quatro Ventos, em Madri, para a vigília com os jovens, levou-o XVI a suspender a homilia preparada para cerimônia. A chuva demorou pouco mais de 30 minutos e pegou a todos de surpresa por causa do forte sol durante todo o dia.
Passada a chuva, Bento XVI retomou a palavra e elogiou a resistência dos jovens. “Obrigado por vossa alegria e resistência”, disse, sendo interrompido pela multidão que gritava como um só coro seu nome, “Benedicto! Benedicto!” “O Senhor, com a chuva, nos manda muitas bênçãos”, acrescentou o papa que ouviu dos jovens, como resposta, “Esta é a juventude do papa!”.
JMJ-BentoXVIVigilia2Bento XVI fez uma breve saudação aos jovens em seis línguas (Francês, Inglês, Alemão, Italiano, Português e Polonês). Em seguida, deu início à adoração do Santíssimo Sacramento. A consagração dos jovens ao Sagrado Coração de Jesus, que estava prevista, também foi suspensa.
Antes de se despedir, o papa agradeceu o sacrifício dos jovens que, durante o dia, andaram uma longa distância e enfrentaram um forte calor para estar no aeródromo onde passarão esta noite deitados em colchonetes. “Vemo-nos amanhã, se Deus quiser. Eu vos espero a todos amanhã [para a missa]. Obrigado a todos!”, despediu-se.
Amanhã, neste mesmo local, Bento XVI preside a missa de encerramento da Jornada. Os brasileiros vivem a expectativa do anúncio oficial do Rio de Janeiro como sede da próxima JMJ, que será em 2013.
Não tenham medo
O papa chegou de automóvel ao aeródromo por volta das 20:45h (15:45h de Brasília), saudou as autoridades presentes e, em seguida, recebeu a cruz da jornada. Cinco jovens fizeram perguntas ao papa sobre questões que os incomodam. Em seguida, foi proclamada a Palavra de Deus. Neste momento, começou a chover e ventar, e o papa não leu a mensagem preparada.
Na homilia, dada como lida, Bento XVI chama os jovens de “queridos amigos” e os conclama a não terem medo do mundo. “Que nenhuma adversidade vos paralise. Não tenhais medo do mundo, nem do futuro, nem da vossa fraqueza. O Senhor lhes tem concedido viver neste momento da história para que, graças à vossa fé, seu nome continue ressoando por toda a terra”, diz a homilia.
Bento XVI volta a condenar a “cultura relativista dominante” que “renuncia e deprecia a busca da verdade” e diz que é preciso “propor com coragem e humildade o valor universal de Cristo”.
O papa orienta os jovens a pedirem a Deus o discernimento de sua vocação e cita, particularmente, a vocação para o matrimônio, para o sacerdócio e a vida religiosa. “Reconhecer a beleza do matrimônio, significa ser conscientes de que só no âmbito da fidelidade e indissolubilidade, assim como abertura ao dom divino da vida, é o adequado para a grandeza e a dignidade do amor matrimonial”, acentua.
Leia, na íntegra, a homilia do papa

Você sabe o que é a Jornada Mundial da Juventude?



A Jornada Mundial da Juventude é a semana de eventos da Igreja Católica para os jovens e com os jovens. Ela reúne milhares de jovens do mundo todo para celebrar e aprender sobre a fé católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas.
Inspirado por grandes encontros de jovens do mundo em eventos especiais ocorridos no Domingo de Ramos em Roma em 1983 e 1984, o Papa João Paulo II estabeleceu a Jornada Mundial da Juventude como um evento anual e um meio para alcançar a nova geração de católicos e propagar os ensinamentos da Igreja.
A Jornada Mundial da Juventude é uma festa da alegria. O entusiasmo e o caráter juvenil se manifestam na JMJ por meio da dança, da música e das diversas manifestações artísticas pelas ruas e nos lugares dos encontros, sejam espontâneas ou organizadas: é uma festa da coexistência pacífica de muitas nações. A JMJ é uma festa da união acima das barreiras do idioma e da cultura, e, por isso, uma expressão da certeza de que Deus trará para a humanidade uma nova época, da justiça e da paz.
“A Jornada Mundial da Juventude é um grande encontro de jovens de todo o mundo em torno ao Vigário de Cristo. É um meio evangelizador a mais da Igreja, que por meio dessas Jornadas continua anunciando a mensagem de Cristo aos jovens. A JMJ é um empenho evangelizador em que a Igreja manifesta sua constante solicitude pela juventude. Todos os jovens devem sentir-se atendidos pela Igreja, para isso, toda a Igreja, em união com o Sucessor de Pedro, deve sentir-se cada vez mais comprometida em nível mundial, a favor da juventude (...) para corresponder a suas expectativas, comunicando-lhes a certeza de Cristo, a verdade que é Cristo, o amor que é Cristo, mediante uma formação adequada, que é uma forma necessária e atualizada de evangelização” (João Paulo II, discurso ao Colégio Cardinalício, 20 de dezembro de 1985).
Fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=781600775436171434 (Acesso 20/08/2011 ás 18:26)


terça-feira, 9 de agosto de 2011

MENSAGEM AO MEJ BRASILEIRO EM CONSEQUÊNCIA DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2011

Levarei o MEJ do Brasil no meu coração!!!
A cada momento vivido será por vcs... pois é minha vida.. vivo intensamente para o Sagrado Coração de Jesus...
Descrever o que sinto é impossível... Não tem tradução...
O meu coração está inquieto... Que sensação linda! 
Deus transforma e faz maravilhas em nós!! Acredite!!! Bote Fé JMJ Brasil 2013... Estou lá por vocês, pra vocês e com vocês... Um grande beijo no coração de cada mejista espalhado pelo Brasil!!!

Everson Lima
MEJ Brasil

sábado, 6 de agosto de 2011

A voz do nosso paróco

19º. Domingo do Tempo Comum – Ano A – 7 de agosto de 2011.

Textos:
1Rs 19,9-a.11-13-a; Salmo 84; Rm 9,1-5; Mt 14,22-33.


LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO


            A primeira leitura do primeiro livro do Reis narra uma experiência de fé do profeta Elias. Os profetas são os guardiões da Aliança.  A antiga Aliança fora estabelecida por Deus e o povo no deserto do Êxodo. O sinal da Antiga Aliança é a Lei – os Dez Mandamentos – entregue a Moisés no Monte Horeb ou Sinai.  A missão dos profetas era resgatar a caminhada histórica do povo e denunciar os desvios nessa caminhada. «Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. E trarás gravadas em teu coração todas estas palavras no teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno» (Dt 6, 4-6).
            Após derrotar os profetas de Baal (o deus pagão do dinheiro e da prosperidade) no Monte Carmelo (cf. 1Rs 18, 20-46), Elias é obrigado a fugir, pois Jezabel esposa do rei Acab ordena que o profeta seja imediatamente morto. Elias encontra refúgio no monte Horeb. «Ao chegar ao Horeb, o monte de Deus, o profeta Elias encontrou numa gruta, onde passou a noite» (v. 9-a). Desanimado e triste Elias deseja a morte. «Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais» (1Rs 19, 4). Deprimido recusava-se a comer. Mas Deus aparece e lhe oferece uma refeição: um pão assado numa pedra e uma jarra de água (cf. 1Rs 19,6) e disse: «Levanta-te e come! Ainda tens um longo caminho a percorrer» (1Rs 19,7). Ainda hoje a «Igreja – Povo de Deus – em movimento» é chamada a continuar a caminhada, a resgatar a memória histórica.
            Mas também é verdade que nós também nos sentimos desanimados diante das imensas dificuldades a que somos submetidos no mundo em que vivemos e também na Igreja na qual fazemos parte. Quantas vezes nos sentimos pequenos num mundo dominado pela força do dinheiro que destrói e corrói o ser humano por dentro. Como os profetas nós também queremos que no mundo, «a verdade e o amor se encontrem; que a justiça e a paz se abracem (cf. Salmo 84,11)».  
Queremos muitas vezes fugir do mundo; queremos construir um mundo pessoal, refugiar-se numa espécie de «gruta». Mas Deus sempre vem para nos questionar. «O que fazes aqui, Elias?» (1Rs 19, 9). E Deus manifesta-Se como fez com Moisés e tantos outros profetas. Deus revela-Se e passa a fazer parte na caminhada. Quando achamos que Ele está longe Ele nos surpreende mostrando-Se perto de nós. «E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo-isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta» (v. 12-a e 13-a).

Também na segunda leitura, Paulo na carta aos Romanos, relembra a caminhada histórica e de fé do povo hebreu e de como o Apóstolo fora retirado «segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os da minha raça» (v. 3).  Paulo recorda que «a eles pertencem a filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas e também os patriarcas» (v. 4). Mas, para Paulo tudo isso acaba lhe trazendo um profundo sofrimento, pois os de sua raça insistem em rejeitar o Evangelho anunciado por Jesus Cristo. «Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua» (v. 2).

O Evangelho também nos fala das dificuldades dos discípulos de Cristo encontram no mundo, numa espécie de «escuridão». «A noite chegou» (v. 23-b). A comunidade dos discípulos diante das dificuldades acha que Jesus não está com eles e está longe. «Jesus subiu ao Monte, para orar a sós» (v. 23), após a multiplicação dos pães. Ainda que fossem testemunhas do sinal da multiplicação os discípulos sentem-se sós.   «A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário» (v. 24). A solidão na caminhada faz com que os discípulos não reconheçam a presença de Jesus e o confundem com um «fantasma» (v. 26). A solidão – a sensação de que Deus não está presente na caminhada - conduz os discípulos e a comunidade a uma espécie de incredulidade, sobretudo depois da morte de João Batista.
Na narrativa da tempestade acalmada encontramos traços que nos recorda a travessia do Mar Vermelho no livro do Êxodo. Lá Deus teve que secar o mar para que o povo atravessasse. Aqui no Evangelho Jesus não seca o mar; chama Pedro para que este ande sobre as águas. «Vem! Pedro desceu da barca e começar a andar sobre a água, em direção a Jesus» (v. 29). Mateus mostra a superioridade de Jesus Cristo sobre Moisés.
É Pedro que roga a Jesus pela comunidade medrosa, envolta nas trevas e nas dificuldades.  «Senhor, salva-me!» (v.30). A pronta resposta de Jesus – estendendo a mão – leva a comunidade a uma reflexão: nunca duvidar da presença de Deus. «Homem fraco na fé, por que duvidaste» (v. 31).
As dificuldades fazem parte da caminhada e o Evangelho revela que muitas vezes nos afastamos da mensagem de Jesus Cristo, mas Ele está sempre pedindo para que a retomemos; esse esforço faz com que renovemos nossa fé. «Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus» (v. 32-b).

Irmãos e irmãs:

            Iniciamos o mês de agosto. Tradicionalmente somos convidados a refletir sobre diversos aspectos da vocação a que fomos chamados.
            Nesta primeira semana destacamos a vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos. As leituras da Bíblia de hoje revelam que mesmo no «ministério ordenado» corremos o sério risco de nos afastar dos ensinamentos do Evangelho. Ora porque são muitas a dificuldades do mundo, ora porque a comunidade não consegue mais perceber o quanto Deus está perto de nós.
            Ano que vem, celebramos os 50 anos do Concílio Vaticano II convocado pelo Papa João XXIII. A grande contribuição do Concílio foi resgatar teologicamente a identidade da Igreja como «Povo de Deus; a Igreja deve ser no mundo uma espécie de «luz» para os povos. É em torno desse conceito que devemos compreender todos os outros ensinamentos; é em torno desse conceito do Magistério que devemos viver os ministérios ordenados no interior da comunidade eclesial. Parece que os últimos tempos revelam o enfraquecimento do profetismo no interior e na ação desse ministério.
            Mas, não vamos desanimar. Tenhamos esperança. Recordemos sempre as palavras de Cristo para nós. «Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!» (v. 27)

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 07/08/2011)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MENSAGEM DE DOM EDUARDO AOS JOVENS PARTICIPANTES DA JMJ DE MADRI


Brasília, 04 ago (RV) - O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Eduardo Pinheiro da Silva divulgou uma mensagem aos participantes da JMJ de Madri, que fazem parte da maior delegação brasileira já enviada a uma Jornada e uma das dez delegações mais numerosas no evento.

Aos “13 mil irmãos e irmãs brasileiros”, participantes da Jornada Mundial da Juventude 2011, Dom Eduardo afirmou que “faltam poucos dias para este bonito, significativo, marcante evento da nossa Igreja, cuja catolicidade chama a atenção de todos”.“A centralidade em Jesus Cristo, a eclesialidade do encontro, o espírito familiar juvenil chegarão a todos os cantos do mundo com a voz profética de uma Igreja que, acreditando nos jovens, desafia esta sociedade que insiste em defender o consumismo, o hedonismo, o ateísmo, o egocentrismo, a violência, a exclusão, o relativismo”.“Neste sentido, ‘somos do contra’! Deus tem a primeira e a última palavra de vida plena para os jovens que buscam concretizar o mais belo desejo do coração humano: ser feliz!”, destacou Dom Eduardo.Em seguida o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral para a Juventude recordou as palavras de Jeremias: “Sei muito bem do projeto que tenho em relação a vós – oráculo do Senhor! É um projeto de felicidade não de sofrimento: dar-vos um futuro, uma esperança! Quando me invocardes, irei em frente, quando orardes a mim, eu vos ouvirei. Quando me procurardes, vós me encontrareis, quando me seguirdes de todo coração, eu me deixarei encontrar por vós – oráculo do Senhor. Mudarei vosso destino, vou reunir-vos de todas as terras e lugares por onde vos dispersei...” (Jr 29, 11-14).“Teremos momentos muito especiais, todos eles desejados por Deus e organizados pela Igreja que, presente em Madri, nos aguarda de braços abertos”, continua Dom Eduardo. “Meu desejo atual e minhas orações diárias têm sido para que todos nós aproveitemos intensamente de tudo que nos será oferecido”.“Queridos irmãos e irmãs, - destaca ainda o prelado - peço a Deus pelos seus preparativos materiais, psicológicos e espirituais. Tenham tranquilas viagens; relacionamentos maduros com todos os que encontrarem pelo caminho... e pelos ares! Vibrem por cada palavra ouvida, soprada pelo Espírito Santo! Não se cansem de louvar ao Pai pelas maravilhas que irão contemplar e experimentar! Renovem sua vocação de discípulos-missionários de Jesus Cristo!” “Aumentem o amor e o compromisso para com esta nossa Igreja que não se cansa de apostar nos jovens!”, encorajou.Finalmente Dom Eduardo pediu que “estejamos de coração e mente abertos! Perseveremos na vivência dos valores, na busca da unidade, na fidelidade cristã, no amor ao próximo, no compromisso a esta Igreja que é nossa Mãe”.“Com Maria e com Ela cantemos, juntos, as maravilhas do Senhor que serão abundantes nestes dias de graça e encanto!”, concluiu

Fonte: http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=509978 (Acesso 05/08/2010 às 11h32)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Jovens: “edificados em Cristo”


A Jornada Mundial da Juventude de Madrid (17-21/08) é uma rica ocasião para o diálogo da Igreja com os jovens. Talvez alguém se pergunte: afinal, o que uma Instituição de 2 mil anos tem a dizer aos jovens, que ainda possa interessá-los?! A resposta é a mesma que fez com que os jovens, ao longo de 2 mil anos, continuassem a dar atenção à Igreja: ela lhes comunica a Boa Nova d eCristo, que é capaz de satisfazer  suas buscas e preencher de sentido suas vidas.
Assim aconteceu há 2 mil anos, quando as pessoas encontraram Jesus Cristo. E aconteceu com os jovens Saulo de Tarso, Agostinho de Hipona, Francisco de Assis, Antonio de Lisboa, José de Anchieta, Inácio de Loyola, Teresinha de Lisieux, Edith Stein e tantos, tantos outros!
Pode parecer velho, mas é sempre novo, pois, é nova e única a vida de cada ser humano, que busca respostas. E quando aponta para Jesus Cristo, a Igreja indica ao homem a resposta mais radical, verdadeira e permanente; não aponta apenas para belas teorias, ideais desencarnados ou princípios abstratos; ela leva ao encontro da pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, caminho, verdade e vida; e convida a se deixar atrair e encantar por ele, a experimentar a alegria e a paz de estar com ele, a acolher sua palavra e a seguir seus passos pela vida afora.
Sim, porque Ele é como o pão, que sacia toda fome e faz viver para sempre; como a água vivificante, que mata toda a sede; o pastor, que ama seu rebanho e dá a vida pelas ovelhas; Ele é a porta aberta, pela qual passa quem deseja ir direto ao encontro com Deus. Isso interessa aos jovens? Acho que sim. Interessa a todos!
O tema da Jornada de Madrid – “enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Cl. 2,7) -, lembra a “casa construída sobre a rocha”, da qual Jesus fala no Sermão da Montanha. Não basta ouvir suas palavras, é preciso colocar em prática o que se ouviu. E quem o faz, é como um homem que constrói sua casa sobre a rocha; nada podem contra ela ventos, enxurradas e enchentes, pois tem base sólida e fica firme. Mas quem ouve e não pratica o que Jesus ensina é como um homem que constrói a casa sobre a areia: vêm a chuva, os ventos, as enxurradas; a casa cai e vai toda em ruínas (cf. Mt. 7,24-27).
Vivemos a cultura do descartável, dos modismos passageiros, das novidades que suplantam as convicções a toda hora... Certezas duradouras estão fora de moda! O consumismo voraz tomou conta também da cultura, dos comportamentos e convicções; e tende a invadir também o campo religioso e dos princípios morais. Neste tempo de superficialidades, de relativismos e subjetivismos, cada um é elevado a construir sobre a base de si próprio, de seus gostos e sentimentos passageiros. Dá futuro isso?
Neste contexto, muitos jovens ficam sem referências sólidas para edificarem seu projeto de vida e seu futuro. Com frequência, “mitos” inconsistentes lhes são propostos, de maneira consumista, para serem imitados e seguidos. Quantos jovens, desorientados na vida, encaminham-se para os vícios e a imolação de suas jovens existências no culto das vaidades e prazeres, que os deixam vazios e destruídos! Que o digam Amy Winehouse e tantos jovens, que largaram tudo para viver nas cracolândias, vítimas da dependência química. Que o digam tantas vítimas, eliminadas em plena flor da idade, “arquivos” incômodos, depois de se terem envolvido nas malhas ilusórias e perigosas do tráfico de drogas e do dinheiro fácil...
São Paulo, querendo ajudar a vacilante comunidade de Corinto a se firmar na fé, exorta os fiéis: “... como sábio arquiteto, coloquei o alicerce, sobre o qual outro se põe a construir. Mas cada qual veja como está construindo. De fato, ninguém pode colocar outro fundamento, a não ser aquele que já está colocado – Jesus Cristo. Se alguém edificar sobre esse alicerce com ouro, prata, pedras preciosas ou madeira, feno ou palha, a obra de cada um acabará sendo conhecida.” (cf 1Cor 3,10-15).
Jovens, querem fazer algo de bom em suas vidas? Algo que dê futuro e ofereça firmeza para enfrentar os embates da vida? A Igreja os convida: construam sobre Cristo e seu Evangelho! Muitos outros já fizeram isso antes de vocês e não ficaram frustrados. Cristo é a rocha sólida, que dá sustentação para um grande e belo projeto de vida, como aquele que vocês querem para si!
Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 02.08.2011
Cardeal Dom Odilo  Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A voz do nosso paróco


18º. Domingo do Tempo Comum – Ano A – 31 de julho de 2011.

Textos:
Is 55, 1-3; Salmo 144; Rm 8, 35.37-39; Mt 14,13-21


LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!


            «Assim diz o Senhor: Ó vós que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga» (v. 1) inicia a primeira leitura com esse anúncio e diálogo do profeta Isaías para com todas as pessoas. Isaías é profeta pregador do Projeto de Deus que dialoga com a realidade sofrida da humanidade. Uma realidade marcada pela injustiça: uns com todos os meios para viver – água e dinheiro – e outros sem nenhum meio para sobreviver. A realidade do mundo marcado por grandes e poderosos impérios que exploram os povos mais pobres.
            O Segundo Isaías – na primeira leitura – conclui a sua missão com palavras que nos convida a olhar para o passado histórico e nos convida a retomar nosso compromisso com o Projeto de Deus e a ser fiel a ele. Lembra Davi quando estava no deserto. «Ó Deus, tu és meu Deus, desde a aurora te procuro. De ti tem sede a minha alma, deseja por ti a minha carne, como terra deserta, seca, sem água. A tua graça vale mais que a vida, meus lábios proclamarão meu louvor e erguerei as minhas mãos. Eu me saciarei como num farto banquete» (Salmo 63). Por isso o profeta diz: «Farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi» (v. 3).
            Isaías tem razão. Ele relembra o belo texto do Livro do Deuteronômio, capítulo 8. E nos convida também a olhar para trás e a não sentir tristeza, mas gratidão pelas inúmeras intervenções de Deus. O povo no deserto não tinha água para beber, mas Deus não faltou; o povo no deserto era «rico de nada», não tinha dinheiro para comprar pão, mas Deus não faltou; o Povo de Deus quando entrou na Terra Prometida nada tinha para se alimentar, mas Deus não faltou; a própria Terra Prometida fora comparada em sua promessa com o «leite e o mel». A promessa realizada é comparada como um banquete farto. Isaías nos convida a renovar a confiança em Deus e nunca desanimar. O profeta também faz um apelo: o que de verdade revigora a vida e alma (cf. v. 2-b) são os bens espirituais.

            Davi aparece novamente em seu salmo de louvor, o Salmo 144 (na Bíblia hebraica) e 145 (na Bíblia Grega). É uma espécie de resumo de uma experiência profunda de fé de um jovem pastor de ovelhas de Belém, que passou tantas dificuldades até chegar ser rei de Israel. «Vós lhes dais no tempo certo o alimento; vós abris a vossa mão prodigamente e saciais todo ser vivo com fartura» (v.15-16). No final – diz Davi – as dificuldades foram necessárias para que ele crescesse na fé e na espiritualidade. «Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão» (v. 8).
           
            Por isso, na segunda leitura, continuamos a meditar a carta de Paulo aos Romanos, o capítulo 8. É a bela pregação sobre o valor e imenso amor de Deus para conosco revelado em seu Filho Jesus – Crucificado e Ressuscitado – um amor salvador, um amor comparado a uma chama, a uma centelha de fogo, uma labareda divina. «O amor é forte como a morte» (Ct 8,6). Lembra a celebração na Vigília Pascal, no Sábado de Aleluia, quando renovamos o Sacramento do Batismo para celebrar o domingo de Páscoa.
Paulo insiste: «Deus é por nós (...) Ele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como é que, com ele, não nos daria tudo?» (8, 31-32).
            Paulo a seguir elenca as grandes dificuldades espirituais e materiais que o Povo de Deus passou: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo e espada (cf. v. 35). «Tenho certeza (...) de que nada será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor» (v. 38-39), conclui.

            Mateus capítulo 14 relata no Evangelho proclamado deste domingo narra a primeira multiplicação dos pães. Jesus toma essa atitude ao ficar sabendo do assassinato de João Batista. «Quando soube da morte de João Batista» (v. 13). Ele se dirige ao deserto. O deserto quer relembrar o lugar das dificuldades, mas também o lugar para enfrentar os sofrimentos e as tristezas da alma. «Partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado» (v. 13-b). Lembremo-nos de como e qual contexto João Batista fora assassinado. Os ricos se reúnem e promovem uma festa com um farto banquete, enquanto João está na prisão, num calabouço. Pois no meio da festa e do banquete, a cabeça do profeta é trazida numa bandeja (cf. 14, 1-12). É o banquete da morte.

            Jesus toma uma atitude profética. Os discípulos relembram o deserto do Êxodo. «Este lugar é deserto e a hora já está adiantada» (v. 15-b). Os discípulos relembram as dificuldades: não há comida e nem recursos financeiros. «Só temos aqui 5 pães e 2 peixes» (v. 17). Eles «tentam» Jesus a tomar uma atitude.
            A ação de Jesus é provocativa. «Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer» (v. 16). Porque dizemos que Jesus provoca os discípulos com essas palavras e deseja educa-los como a um pai. Para entende-Lo é preciso lembrar a primeira tentação promovida pelo Diabo em Mt 4, 3-4. «O tentador aproximou-se e lhe disse: Se és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se transformem em pão. Ele respondeu: Está escrito que «não somente de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus».  Os discípulos ainda que preocupados com a fome do povo – uma boa intenção -  estão agindo como o Diabo no deserto.
            O modo como Jesus faz a multiplicação dos pães quer retratar a pedagogia de Deus que está presente em toda Bíblia. Abençoa o pouco, mas o necessário e promove uma partilha. Jesus nos ensina com esse episódio a ter consciência da generosidade de Deus e de que nós também – discípulos e missionários Dele – que formamos a «Igreja – Povo de Deus – em Movimento» também devemos ter o mesmo olhar de Jesus; um Olhar de compaixão (v. 14) e de generosidade. 

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 31/07/2011)

A voz do nosso paróco

17º. Domingo do Tempo Comum – Ano A – 24 de julho de 2011.

Textos:
1Rs 3, 5.7-12; Salmo 118; Rm 8,28-30; Mt 13, 44-52.


LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!


            A primeira leitura é do primeiro Livro dos Reis, capítulo 3. O autor do Livro do Reis quis narrar a história dos vários reis de Israel. São os chamados «livros históricos». Porém, não se trata de contar simplesmente a história a partir de dados científicos, pois essa característica é dos tempos modernos e mais recentes. Trata-se de narrar a história, como uma espécie de «relato», de uma «crônica», vendo-a como consequência da intervenção de Deus. Por isso, são livros que apesar de históricos, estão na Bíblia. Para a ciência moderna a história é feita pelos homens sem a presença de Deus. A Bíblia compreende que a história é feita pelos homens, mas com a presença de Deus. São visões completamente diferentes. Os grandes equívocos acontecem quando queremos com o olhar atual analisar o passado não respeitando aquele contexto histórico.
            Os grandes personagens históricos da Bíblia, desde Josué até os livros das Crônicas, exerceram funções e cargos muitos importantes no governo de Israel. Todos eles tiveram que, em situações difíceis e extremas, tomar decisões importantes. Entretanto, essas decisões eram mais acertadas quando o rei ou juiz não se afastava da fé em Deus. Todas as vezes que os reis ou juízes se afastavam da fé em Deus acabavam tomando decisões que prejudicavam o povo e a si próprios. Talvez seja esse o grande objetivo dos livros históricos na Bíblia. Jamais e nenhum momento se afastar ou abandonar a fé.
            Salomão, ainda adolescente, vai a Gabaon, que segundo o segundo Livro das Crônicas, era uma cidade ao norte de Jerusalém que pertencia aos cananeus, mas que fora tomada por Josué. Nessa cidade Davi instalou o que Moisés chamava de «Tenda da Reunião», uma espécie de templo, onde estava a Arca da Aliança com os 10 mandamentos. Lá, Salomão ergueu um altar de bronze e ofereceu mais de mil sacrifícios a Deus (cf. 2Cr 1, 6).   «Em Gabaon o Senhor apareceu a Salomão, em sonho durante a noite e lhe disse: ´Pede o que desejas, e eu te darei´ (v. 5). Quanta responsabilidade, sobretudo para um rapaz adolescente que ainda não tinha experiência na vida. Mas, Salomão naquele momento lembrou-se das palavras de seu pai Davi em seus últimos momentos da vida no leito de morte. Davi dissera: «O Senhor me deu muitos filhos e dentre todos escolheu meu filho Salomão para ocupar o trono da realeza do Senhor sobre Israel (...) Salomão, meu filho, reconhece o Deus de teu pai, serve-lhe de coração íntegro e alma bem disposta (...) Se o procurares, o encontrarás; se o abandonares, ele te rejeitará para sempre!» (cf. 1Cr 28, 5.9). Essa lembrança do pai no final da vida, um homem que viveu tantas situações difíceis faz Salomão pedir «coração compreensivo», «capacidade para governar», «inteligência para distinguir o bem e o mal» (v. 9). E isso agradou a Deus. «Esta oração de Salomão agradou ao Senhor» (v. 10).  Deus atendeu a oração de Salomão.

            O Salmo 118 (na Bíblia hebraica) e 119 (na Bíblia grega) é o mais longo de todos os 150 que estão na Bíblia. Possui 176 versículos. É um salmo que exprime o amor do fiel à vontade de Deus. «Como eu amo, Senhor, a vossa lei, vossa palavra!» (Antífona). São palavras que lembram – de outra forma – a oração de Salomão. «A lei da vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata» (v. 72). Quanta sabedoria e orientação para nossa vida de cristãos estão contidas neste Salmo. «Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos» (v. 130).

            Na segunda leitura da carta de Paulo aos Romanos, no capítulo 8, o apóstolo nos diz que os cristãos devem ter uma vida no Espírito Santo.  É um dos textos mais belos de Paulo, pois ele olha para o passado e presente históricos da humanidade e vai mostrando o Espírito Santo agindo na história, conclui. Só neste capítulo Paulo repete 29 vezes a palavra «Espírito» e reafirma várias vezes que Jesus de Nazaré, o Cristo e Messias, nos deu o Espírito Santo. Paulo ensina nessa carta aos cristãos da comunidade de Roma o que é a «salvação» e de como Deus, em seu Filho Jesus Cristo, a realiza. É uma carta belíssima de um profundo conteúdo teológico. «Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus» (v. 28). Esse versículo inicial de hoje é lembrado por Paulo como está no livro do Gn 50,20 quando José, o patriarca, perdoa os irmãos, orientado por Deus: «Vós planejastes o mal para mim. Deus, porém converteu-o em bem» . Para Paulo a salvação prometida e desejada sempre por Deus em todo Antigo Testamento, realiza-se na pessoa, na palavra e na ação de Jesus Cristo. Em Jesus Cristo, Deus nos deu «liberdade» para servi-Lo. Para Paulo ter liberdade que advém do Espírito Santo está em reconhecer o amor do Pai e do Filho presente na vida da comunidade e em sua caminhada histórica. «Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho» (v. 29). Esse tema aparece em vários livros do Novo Testamento.

            O Evangelho de Mateus de hoje continua narrando o chamado «Sermão das Parábolas» contido no capítulo 13. Em todo Evangelho de Mateus encontramos 5 sermões de Jesus: o «sermão da montanha» (cap. 5 a 7), «o sermão da missão» (cap. 10), o «sermão das parábolas» (cap. 13), o «sermão da comunidade» (cap. 18) e o «sermão sobre o fim do mundo» (cap. 24 a 25). O capítulo 13 narra as parábolas: a do semeador, a do joio e do trigo, a do grão de mostarda e o fermento, a do tesouro e a pérola e, finalmente, a da rede.
            Mateus diz que Jesus falava para o povo em forma de parábolas porque essa assim que os profetas do Antigo Testamento faziam. As palavras proféticas de Jesus revelam que também Ele percebia a dificuldade que o povo tinha em perceber a presença misteriosa da vontade de Deus em sua vida. Por isso utilizava imagens comuns do cotidiano da vida para nos fazer enxergar.
            As parábolas de hoje concluem o «sermão» dizendo e mostrando que nada neste mundo tem mais valor do que o Projeto de Deus e a soberania de seu Reino. Nem qualquer tesouro ou riqueza financeira, nem mesmo as joias preciosas. Temos de ter a inteligência e a sabedoria do homem que encontra um tesouro no campo e a do comprador de pérolas preciosas, ensina Jesus. A razão em fazer esse esforço na vida no mundo e na comunidade, diz Jesus, está no fato de que o julgamento final – representado pela rede – está nas mãos de Deus. «Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo» (v. 49-50). Essa conclusão de Jesus nos remete à ação da Igreja em todos os tempos. O motivo de Jesus falar da rede e do que dentro dela vem quando a lançamos no mar – através da ação evangelizadora – nos recorda o início da ação ministerial Dele. Ele a iniciou chamando os apóstolos: «Vinde comigo e vos farei pescadores de homens» (Mt 4,19). 

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 24/07/2011)

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