Apresentação MEJ Brasil - 1º Congresso Mundial do MEJ - 2012

Hino do Congresso Internacional do MEJ 2012 Argentina - Escute aqui!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tríduo de São Francisco de Assis - 1º dia

Por Rosangela Molina

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - VILA GUILHERMINA
61 ANOS EVANGELIZANDO
1949 - 2010

Tríduo de São Francisco de Assis - 1º dia


"Como ser discípulo e missionário de Jesus Cristo nesta mudança de época?"


Com essa pergunta iniciamos hoje, o Tríduo em louvor ao nosso padroeiro - São Francisco de Assis.

"Jesus, o Missionário de Pai, constituiu por sua vontade, a comunidade de cristãos: a Igreja Católica. O Filho de Deus, durante sua caminhada nesse mundo, chamou pessoas para formarem a primeira comunidade conduzida pelo próprio Deus. Num primeiro momento Ele chamou os 12. Mas, quando já estava no fim de sua vida, no caminho para Jerusalém, Ele chamou outros 72 discípulos, ampliando as lideranças da comunidade inicial para realizar a missão no mundo."

"Os povos da América Latina e do Caribe vivem hoje uma realidade marcada por grandes mudanças que afetam profundamente suas vidas. Como discípulos de Jesus Cristo, sentimo-nos desafiados a discernir os , à luz do Espírito Santo, para nos colocar a serviço do Reino, anunciado por Jesus (...). A novidade dessas mudanças, diferentemente do ocorrido em outras épocas, é que elas têm alcance global que, com diferenças e matizes, afetam o mundo inteiro. Habitualmente são caracterizadas como o fenômeno da globalização. (...) Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural." (Cf. Documento de Aparecida. Texto Conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 13-21 maio 2007, Paulus/Paulinas, 2007, nºs 33, 34, 44).
(Trechos do subsídio "Tríduo de São Francisco de Assis - 1º dia", elaborado por Poletto, Pe. D. C., São Paulo, 2010 página 1 e 2).

Mudanças econômicas e sociais provocadas pelo processo de "globalização" mas, principalmente uma mudança cultural, marcam uma "mudança de época" pela qual atravessa a sociedade atual.

"Não há dúvidas: vivemos numa «mudança de época» e não numa «época em mudança». A Igreja no Brasil e no mundo, há tempos tem chamado a nossa atenção para essa movimentação das diversas e poderosas forças econômicas e políticas, desde o Papa Leão XIII. Essa «mudança de época» é resultado da implantação de uma agenda economica e política, imposta e elaborada pelos países ricos do planeta. Uma característica dessa mudança de época é o chamado fenômeno da «globalização». Ele tem sido objeto de reflexão por parte da Igreja, mais recentemente, sobretudo no pontificado do Papa João Paulo II.

O projeto de globalização já estava na agenda das potencias econômicas do planeta desde o final do século 19 - com a Revolução Industrial - que aperfeiçoou o chamado «sistema capitalista de mercado» que vinha sendo gestado nas entranhas da Revolução Francesa no século 18. A Revolução Francesa provocou a ascensão revoltosa dos grandes comerciantes que residiam nos chamados «burgos», daí a formação de uma classe social que ficou conhecida e chamada de «burguesia». Na essência do projeto de globalização está o que se chama de «ampliação de mercados consumidores». Funciona mais ou menos assim: quando o mercado consumidor de um país europeu ou americano fica desgastado os ricos daquele país migram suas empresas para outro país mais populoso por conta de um acordo e conveniência políticos nos países de destino. A globalização é uma espécie de salvação financeira dos poderosos do mundo, um fenômeno que deseja manter o padrão de vida da classe rica dos países ricos. Ela possui aspectos positivos, entre eles a transferência de novas tecnologias e um novo modo de vida moderno. Mas, há também aspectos negativos. Um desses aspectos é a dominação e quebra, no país-mercado colonizado, das pequenas e médias empresas que não se adaptem às exigências impostas pelos grupos poderosos. Isso provoca o desemprego e grandes problemas sociais." (*)


Com essas mudanças, cada vez mais, as pessoas são obrigadas a deixar sua cidade natal, suas comunidades e até mesmo suas famílias, em busca de oportunidades de emprego nas grandes cidades e centros urbanos, gerando um movimento migratório no país. Porém, cada um leva consigo suas experiências de vida, seus costumes, sua religião.
Essa diversidade cultural vem acompanhada de sérios problemas, tornando nossa sociedade uma sociedade marcada pela mistura e perda de valores, intolerância e muitos conflitos/ choques culturais.
As pessoas, aos poucos vão perdendo sua identidade, passando a ser consideradas apenas com força de trabalho, motor da economia.

Na reflexão deste primeiro dia do Tríduo, fomos chamados a pensar esta realidade e re-pensar nossa atuação na paróquia. Estamos muito longe de realizar um serviço pastoral com os pés na atualidade. "Nossas lideranças paroquiais precisa tomar consciência dessa realidade, pois corremos o risco de propor uma reflexão e atividades que não atendem mais as demandas dessa nova realidade. Estamos com um pé no século 21 e outro no século 16, essa é a realidade que se vislumbra nos tempos de hoje, em nosso contexto de paróquia."

"Jesus, no Evangelho de hoje (Lc 10,1-12) parece ter percebido essa problemática em seu contexto histórico. «A messe é grande, mas os operários são poucos» (v. 2). Jesus nos orienta para enfrentarmos essas novas realidades. Ele nos pede atitudes de «conversão»: 'Convertei-vos e crede no Evangelho' "(cf. Mc 1,15). (*)

É preciso parar de se contentar com pouco. É hora das lideranças de pastoral formar novas lideranças. Deixar este estado de comodismo e mudar a realidade, lembrando o grande exemplo de missionariedade de Jesus, que sempre esteve a caminho, indo ao encontro dos irmãos. Precisamos parar de querer evangelizar apenas entre os nossos.
O mundo é bem maior e a sociedade precisa do nosso exemplo e ajuda para que os valores cristãos sejam resgatados e a Palavra de Deus chegue àqueles que não a buscam.

"Nosso padroeiro São Francisco de Assis tomou consciência da realidade do seu tempo e abraçou a mensagem de Jesus anunciando-a com a simplicidade; resgatou as raízes do Evangelho, num mundo afastado da essência do Evangelho de Jesus. Por isso, em sua oração a insistência de levar em atitude missionária: levar o amor, o perdão, a união, a fé, a verdade, a esperança, a alegria e a luz. Anúncio e atitude com consciência de ser um «instrumento da paz», por isso, nós devemos consolar, compreender, amar, dar e perdoar." (*)

Pensem nisso jovens (e todos vocês envolvidos com a evangelização), e assumam com responsabilidade sua missão. Mas não esqueçam que existem também algumas exigências impostas por Jesus para realizarmos essa missão: mansidão, simplicidade, espírito de paz, amor aos mais pobres!

São Francisco de Assis!
Rogai por nós!
(*) trechos extraídos do texto homilético - Pe Devair Carlos Poletto - 30/09/2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Terço Luminoso!

Por Janaína Santos Souza
Revisão: Rosângela Molina

Hoje o MEJ deu mais um passo em sua caminhada e fortalecimento! Com base nos três pilares do Movimento - Evangelho, Eucaristia e Missão -, foi realizado nesta manhã, na paróquia São Francisco de Assis, o Terço Luminoso.

Reunidos em oração - pais, jovens e algumas pessoas da comunidade paroquial- rezamos o terço de um modo bem diferente e participativo. A cada Pa-nosso ou Ave Maria, um dos presentes rezava o início da oração e ascendia uma vela; em seguida, como é comum na oração do terço, todos a completavam. Com as luzes da igreja apagadas, aos poucos tudo foi iluminado pela luz das velas organizadas em formato de um grande terço. A oração do terço, a princípio não transmite tanta emoção, mas só quem estave presente neste momento tão lindo, pôde sentir.

O Movimento Eucarístico Jovem, além de refletir o Evangelho e tratar temas atuais com os seus integrantes, mostrando como a Palavra de Deus é vida, busca, por meio da adoração ao Ssmo. Sacramento e da oração, fortalecer a fé em Jesus Cristo e a unidade do grupo.

Este foi um dos principais motivos da realização deste terço.
Rezar não é fácil, especialmente para os mais jovens que se distráem com facilidade. Porém, através da espirtiualidade que o grupo propõe aos jovens, conseguimos mostrar que, unidos na oração, ninguém se sente sozinho, mesmo com as dificuldades de cada um (alguns rezando baixo por medo de errar, outros errando) foi muito mais fácil concluir a oração do terço.

Agradecemos, de modo especial, a todos os pais que sempre se dispõem em participar destes momentos que o MEJ proporciona, também por todo carinho e confiança.

A voz do nosso pároco

26º. Domingo do Tempo Comum – Ano C – 26 de setembro de 2010
Textos: Am 6,1-a.4-7; Salmo 145; 1Tm 6, 11-16; Lc 16, 19-31


Estimados irmãos e irmãs:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

A primeira leitura, extraída do livro do profeta Amós, é a Palavra de Deus, a luz que conduz a nossa caminhada. «Tua Palavra é uma candeia para os meus passos guiar» recorda-nos o Salmo da Bíblia. E a Palavra de Deus hoje, nos fala sobre a irresponsabilidade dos governantes. «Ai dos que vivem despreocupadamente em Sião, os que se sentem seguros nas alturas de Samaria!» (v. 1-a). Como sabemos, Amós era lavrador e morava na longínqua periferia de Jerusalém, o centro do poder econômico e religioso.

Deus chama um pobre, simples e explorado sertanejo para ser a sua Voz. Amós não será só uma «voz», mas será o grito dos excluídos originário da garganta de Deus, visto que para Amós som da sua Palavra é como o «rugir de um leão» (cf. Am 1, 2: «O Senhor ruge em Sião, de Jerusalém faz sair o seu grito!»). A palavra de Amós relembra a palavra de outros profetas como Isaías, Ezequiel, Baruque e Zacarias. O conteúdo principal – a mensagem que está por detrás do texto profético - vem do livro do Deuteronômio, livro este que procurou interpretar os 10 mandamentos e orienta-nos a colocar os mandamentos de Deus na prática da vida em comunidade e na sociedade. Moisés sempre fazia lembrança ao Povo de Deus para que não caíssem na tentação de achar que Deus não estava presente na caminhada e na vida humana. «Talvez venhas a pensar contigo mesmo: foi minha força e o poder da minha mão que me fizeram prosperar tanto» (cf. Dt 8,17). Não podemos cair na ilusão e no esquecimento. É preciso resgatar a memória da caminhada. É preciso não esquecer os benefícios e da ação de Deus na longa estrada percorrida da vida do povo. «Toma cuidado para não esquecer o Senhor teu Deus, nem deixar de observar os mandamentos, os decretos e as leis que hoje te prescrevo. Não aconteça que, depois que se tiverem multiplicado os bois, as ovelhas e aumentado a prata, o ouro e todos os teus bens, então o orgulho te suba à cabeça e esqueças o Senhor teu Deus, que te fez sair do Egito» (Dt 8,11-14). É a partir dessa advertência, que Amós anuncia a Palavra de Deus e denuncia os erros realizados pelo homem. A Palavra de Deus nos ajuda a entender a realidade do mundo. A riqueza, o luxo, a falta de vergonha, a corrupção de alguns, é um insulto ao Povo de Deus. «Os que dormem em camas de marfim, deitam-se em almofadas, comendo cordeiros do rebanho e novilhos do seu gado» (v. 4). É preciso inteligência. Não se trata de uma palavra contra a riqueza, mas, uma palavra que adverte o mau uso da riqueza. O mau uso da riqueza pode causar uma espécie de transtorno mental e conduzir a pessoa de fé numa espiritualidade cega. «O Senhor abre os olhos aos cegos e o Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama aquele que é justo» (Sl 145, 8).

Na segunda leitura, o Apóstolo Paulo aconselha a Timóteo, Bispo de Éfeso, para que sob o olhar de Cristo veja a complexidade da realidade vivida pela comunidade, imersa numa sociedade sem Deus. A Igreja que é o Povo de Deus, é formada de pessoas: sacerdotes e leigos: todos, sem distinção, pelo Batismo são «ministros servidores da Palavra de Deus que é a pessoa de Jesus Cristo, o Verbo Encarnado» e devem exercer um ministério na comunidade. Quanta responsabilidade cada um de nós temos! Somos homens e mulheres que vivemos, em sociedade, em um mundo cheio de conflitos de todos os tipos. Não podemos perder a nossa identidade e a nossa missão que nos foi entregue pelo próprio Jesus. Identidade e missão que, em si mesmas, são libertadoras. Somos uma Igreja evangelizadora e missionária e por isso, uma Igreja – toda ela – Ministério e ministerial! Por isso, Paulo aconselha Timóteo diante de uma cultura economica, política e religiosa que excluía os pobres da vida em sociedade e de uma comunidade dividida em si mesma. E o conselho pastoral é este: «Tu, que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão» (v. 11). A palavra «fugir» aqui não tem o significado de alienar-se, ou fechar os olhos diante da realidade. A Palavra nos coloca como seguidor de Jesus Cristo e membro da Igreja, e portanto, devemos olhar e agir a partir dos ensinamentos de Cristo e da Igreja no mundo. As tais coisas perversas a que Paulo se refere são as pessoas que «falsificam a mensagem de Deus» e fazem da religião uma fonte de riqueza (cf. 1Tm 6, 3.5: «Se alguém transmite uma doutrina diferente e não se atém às palavras salutares de Nosso Senhor Jesus Cristo (...) e provocam discussões sem fim entre pessoas de mente corrompida, que estão privadas da verdade e consideram a piedade como uma fonte de lucro»). É preciso estar sempre vigilante, mas, ao mesmo tempo agir e atuar para transformar a sociedade para melhor. «Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas» (v. 12). É preciso dar um basta às «coisas perversas» ou, como diz Amós «acabar com a festa dos boas-vidas» (cf. Am 6,7).

O Evangelho de Lucas está em plena sintonia com a primeira leitura. Jesus conta a parábola do rico e do pobre Lázaro. É a continuação da reflexão do evangelho de domingo passado, onde Jesus alertava sobre o perigo de se adorar o «Dinheiro» (Mâmon, o demônio da prosperidade e da riqueza): «Vós não podeis servir a Deus e ao Dinheiro» (cf. Lc 16,13-c). A parábola está inserida dentro de um contexto de catequese para a comunidade. Apresenta um novo modo de ser e de agir do cristão, a partir das exigências que Cristo nos faz. A parábola em seu conjunto apresenta uma realidade desigual: 1 pobre sendo explorado por 6 ricos! A parábola mostra que na realidade humana a divindade do poder econômico - Mâmon – é que manda.

Na primeira parte, descreve uma situação de conflito. De um lado, um homem rico que esbanja luxo e requinte. «Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias» (v. 19); de outro, um pobre chamado Lázaro (nome que significa «Deus ajuda») que vive na completa marginalidade e excluídos de todo e qualquer direito: «estava à porta», «cheio de feridas e faminto». «Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas» (v. 20-21). O Lázaro da parábola faz lembrar o Jó do Antigo Testamento.

Na parte central, uma realidade que une os dois, o rico e o pobre Lázaro: a realidade da morte. «Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado» (v. 22).

A segunda parte da parábola nos apresenta uma situação invertida da realidade vivida por ambos na sociedade. Lázaro vai para o céu e o rico para o inferno. Jesus ensina que o mau uso da riqueza produz uma separação, um abismo, na convivência entre as pessoas. A situação invertida no mundo espiritual é gritante. O rico – que tinha sua ficha suja perante Deus - faz 2 pedidos ao tomar consciência da realidade. O rico que tinha tudo e estava acostumado a grandes banquetes, pede agora sómente uma gota de água! «Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’» (v. 24). Por causa do abismo criado pelo mau uso da riqueza o pedido do rico é recusado. O segundo pedido é que Deus permitisse que Lázaro – o pobre que tem ficha limpa perante Deus - voltasse ao mundo para alertar os outros 5 irmãos do rico que estavam vivendo erradamente. «O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’» (v. 27-28). Novamente o seu pedido é recusado e ainda por cima afirma não acreditar na Palavra de Deus, resumida na Lei e nos profetas; o rico acha que é preciso acontecer algum fenômeno sobrenatural para que seus irmãos acreditem. «O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’» (v. 30). A resposta é taxativa: a ressurreição de um morto não será capaz de sensibilizar o coração dos irmãos ricos, já que nem sensibilidade e respeito pela Palavra de Deus eles tem. Testemunho de morto não vale nada. Testemunho autêntico e verdadeiro se dá na vida.
(Texto: Pe Devair Carlos Poletto -26/09/2010)

domingo, 19 de setembro de 2010

Nossa Igreja!

Olá MEJ!

Assistam esse vídeo e vejam a riqueza e a beleza da Igreja a qual pertencemos!

A voz do nosso pároco

25º Domingo do Tempo Comum - Ano C – 19 de setembro de 2010
Textos:
Am 8,4-7; Salmo 112; 1Tm 2,1-8; Lc 16,1-13


Irmãos:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


A primeira leitura é do livro do profeta Amós, capítulo 8. Amós era um homem do campo, um lavrador e era também pastor de ovelhas, numa aldeia chamada Técua, bem ao sul de Jerusalém, na província de Belém. Técua era uma região de periferia da grande cidade Jerusalém. Amós descreve a voz de Deus comparando-a como a um rugido de um leão (cf. Am 1,2). É um profeta que vai denunciar a desigualdade social, a indiferença, o luxo e a falsa segurança dos ricos. «Ouvi isto, vós, que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra» (v. 4). Amós representa o grito dos excluídos. Os excluídos que sofrem dentro da realidade trabalhadora e que rezam para Deus e através de orações, e mesmo vivendo dentro daquela realidade tão sofredora, mantinham a fé. As orações dos trabalhadores chegam até Deus e então Deus resolve chamar o sertanejo Amós para falar em seu nome. Como diz o Salmo 112: «Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com os nobres do seu povo». Ele anuncia a Palavra de Deus com dureza e com uma lucidez nunca vista. Deus vai mostrar a realidade para Amós através de 5 visões e Deus vai rugir feito um leão e manda Amós falar.

O interessante é quando examinamos o modo de proceder de Deus podemos perceber que Ele está sempre nos puxando para as nossas raízes e fontes. Não foi de dentro da realidade sofrida do trabalhador da cidade que Deus chamou esse profeta: foi do campo. Isso nos dá a entender que o nosso povo trabalhador e sofrido precisa resgatar as suas raízes, seus princípios de vida, e manter e conservar a sua cultura ensinada pelos pais, mesmo vivendo numa realidade adversa. E Amós vai «disparar» a Palavra de Deus para todos os lados; Amós vai denunciar os mais perversos crimes cometidos pelos povos organizados em sociedade. Ele dirá que Deus não aceita que um povo judie de outro. Deus não aceita nenhum tipo de traição. «Quando passará o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas, aumentar pesos, e adulterar balanças» (v. 5-b). Deus não gosta de um povo interesseiro. «Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria?.» (v. 5- a). Deus não gosta de um povo que mata as crianças. «Rasgaram as barrigas das grávidas de Galaad» (Cf. Am 1,13); Deus não gosta de um povo que despreza a sua Lei. «Por causa da soberba de Jacó» (v. 7). Deus não gosta de um povo que pratica a injustiça e descamba para a imoralidade e libertinagem (cf. Am 2, 6-16).

Na segunda leitura da carta de Paulo ao «seu filho na fé» (cf. 1Tm 1,2), o Bispo de Éfeso, Timóteo, ele fala sobre a oração e sua importância. «Antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens» (v. 1). Paulo escreveu várias cartas com recomendações pastorais: duas para Timóteo e uma para Tito. As recomendações eram propostas apresentadas por Paulo vindas da sua experiência como «arauto e apóstolo» (Cf. 1Tm 2,7). Não eram quaisquer propostas, mas, eram propostas vindas a partir da experiência vivida. Paulo retoma o que Amós fala em seu livro: é preciso – diante de uma crise – resgatar as raízes e as fontes. É preciso «rezar profeticamente», ou seja, a oração precisa estar imbuída de vida e experiência para chegar até Deus.

O Evangelho de Lucas narra a parábola do administrador esperto. É mais um ensinamento de Jesus. Esse ensinamento também está presente nos outros evangelhos. Jesus não elogia a desonestidade, mas quer acentuar que até as pessoas desonestas possuem uma espécie de inteligência e esperteza e se prepara para o que há de vir. A parábola é destinada aos fariseus que acompanhavam Jesus em seu caminho. Os fariseus são chamados por Lucas como «os amigos do dinheiro» (cf. Lc 16, 14). Os fariseus eram pessoas religiosas, mas Jesus revela que a religião para eles era apenas um enfeite, uma coisa de aparência, pois o verdadeiro Deus deles era o «Dinheiro», chamado de «Mâmon», a divindade pagã da prosperidade, a personificação da cobiça e da avareza, uma espécie de demônio. «Vós gostais de parecer justos diante dos outros, mas Deus conhece vossos corações» (v. 15). A mitologia descreve esse demônio como um velho feio, sujo e que carrega um saco de moedas; ele está sempre alisando as suas moedas e sempre olhando para todos os lados. Daí a conclusão: «Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz» (v. 8-b). Após narrar a parábola vem o conjunto dos ensinamentos. O primeiro é usar a riqueza e o dinheiro não para produzir injustiças no mundo, mas, usá-lo para os fins de Deus, ou seja, gerar um mundo solidário e fraterno. Mas, para isso é preciso ter atitudes éticas e morais. É preciso caráter, fidelidade. «Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes» (v. 10). O segundo, é o que nos lembrava a Campaha da Fraternidade desse ano: «Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro» (Lc 16, 13). É possível lutar e construir outro mundo mais igualitário e fraterno. Não é o dinheiro em si mesmo que é ruim, mas, o uso que o homem faz dele. «A força da grana constrói e destrói coisas belas», nos recorda Caetano Veloso naquela belíssima composição «SAMPA», feita para homenagear São Paulo, a cidade grande que é bela, mas feia ao mesmo tempo, pois explora e maltrata os pobres que vem para cá trabalhar. «Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas. Da força da grana que ergue e destrói coisas belas. Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas».


Irmãos:

Hoje, dia 19 de setembro, o Papa beatifica o cardeal John Newman, que viveu entre os anos de 1801 a 1890. Newman era anglicano e fora ordenado diácono em Oxford. Dedicou-se à Igreja Anglicana, mas não encontrou nela aquela vitalidade necessária, anunciada pelos evangelhos. Foi excluído e ridicularizado pelos anglicanos, pois iniciou um movimento para revitalizar a Igreja Anglicana, o chamado «Oxford Movement». Newman era considerado pelos intelectuais e escritores da época como um homem de grande cultura. Newman foi teólogo, escritor, filósofo, historiador e um homem de profunda espiritualidade. James Joyce, escritor irlandês, falecido em 1941 e autor de «Ulisses», chegou a dizer que ninguém na Inglaterra escrevia como Newman. Em 1845, Newman passa para a Igreja Católica e o Papa Leão XIII o torna Cardeal. Ele é admirado tanto pelos anglicanos quanto pelos católicos na Inglaterra. A sua beatificação hoje une e aproxima mais os cristãos católicos e anglicanos.
(Texto: Pe. Devair Carlos Poletto - 19/09/2010)

MEJ atuante na Paróquia

Por Rosangela Molina

Nosso grupo está se organizando para melhor atuar na paróquia e nos outros âmbitos de participação. Para isso, houve escolha e votação das equipes de eventos e de comunicação.

Esta semana a turma de comunicação do MEJ São Francisco relizou sua primeira reunião (online) e trouxeram algumas idéias para divulgar o Movimento nas tumas de catequese (1ª Eucaristia e Crisma) e também nas missas.

Esses foram apenas os primeiros movimentos; outras equipes serão formadas e nossos jovens, esperamos em Deus, cada dia mais engajados na missão de envagelizar, mostrarão sua capacidade criativa e comprometimento com a fé, atraindo outros jovens para o Sagrado Coração de Jesus para que possam assim, também sentir esse amor de Cristo por todos nós!

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Equipe de Comunicação: Rachele, Leandro, Tainara e Fábio;

Equipe de Eventos: Fernanda, Viviane, Janaína e Jéssica.
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Aguardem!
Em breve novidades dessa turma vocês!

Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!

domingo, 12 de setembro de 2010

A voz do nosso pároco

24º. Domingo do Tempo Comum – Ano C – 12 de setembro de 2010

Textos: Ex 32,7-11.13-14; Salmo 50; 1Tm 1,12-17; Lc 15, 1-32

Irmãos:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

A primeira leitura é do essencial livro do Êxodo, capítulo 32. O livro do Êxodo é fundamental para compreendermos o Antigo Testamento. O livro do êxodo é praticante o que se chama de «chave de leitura»; para abrirmos portas precisamos sempre da chave correta. O capítulo 32 faz parte de uma secção que descreve a ruptura e a renovação da Antiga Aliança. Deus sentiu tristeza ao ver o povo corrompendo-se. Bastou o líder Moisés ausentar-se do acampamento por algum tempo e o povo se acomodou, por conta das circunstâncias; buscou facilidades ainda que por motivo legítimo: sobreviver. «Corrompeu-se o povo que tiraste do Egito» (v. 7). O livro do Êxodo ensina que a falta de autênticas lideranças dispersa e divide a comunidade. O materialismo invade as nossas consciências e parece perdermos a esperança no Projeto de Deus: um mundo justo e fraterno. Nós também nos dias de hoje estamos expostos a essa tendência.
É por isso que com a mensagem ao Povo de Deus, resultado da última Assembléia dos Bispos do Estado de São Paulo, chamada «Votar Bem», os bispos pedem a todos os católicos do Estado para que ao votar, votem com convicção; mas, junto com a convicção é preciso lembrar sempre os princípios fundamentais do dever cívico. Um dos princípios é o da «idoneidade moral» do candidato; a «ficha limpa» (cf. VB, n. 5). Outro princípio é a questão religiosa: «A religião pertence à identidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé» (cf. VB, n. 8). O voto é com certeza um «ato individual»; porém, ele em si mesmo perde seu valor quando realizado sem a devida reflexão anterior. «E o Senhor disse ainda a Moisés: Vejo que este é um povo de cabeça dura» (v. 9). Pela primeira vez, Deus fica tão raivoso que pretende não cumprir as promessas feitas a Abraão e chega até a declarar a Moisés que será da linhagem dele que «fará uma grande nação» (v. 9-b). A caminhada pelo deserto e pelas estradas da vida do Povo de Deus é sempre. Moisés tenta acalmar Deus e torna-se uma espécie de mediador, um representante. «Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte?» (v. 11). Moisés relembra a Palavra de Deus para Ele mesmo falada aos antigos patriarcas, sobretudo para Abraão: «Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste, por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempre’» (v. 13). E Deus acalmou-se.

No Evangelho Lucas narra três parábolas contadas por Jesus: a da ovelha perdida (v. 9-7); a da moeda perdida (v. 8-10) e a do filho pródigo (v. 11-31). A ovelha e a moeda são bens materiais. A alegria demonstrada por Deus e seus anjos está no modo de agir dos atores principais da parábola: o pastor larga as 99 e vai à busca de uma só que se perdeu e a da mulher que larga as 9 moedas em busca de uma só que havia perdido. Mas, um filho não é um bem material, não é uma coisa, um objeto; é uma pessoa. Então há uma espécie de progressão de atitudes e de uma ética coerente entre as 3 parábolas. Do mesmo modo como damos valor às coisas, com muito mais intensidade devemos dar valor à vida humana e às pessoas. Por isso, a conclusão final: «Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’» (v. 31-32). É a mesma atitude que Paulo pediu a Filemon no domingo passado em relação ao escravo Onésimo.
O evangelho de hoje nos questiona direta e com profundidade em relação às nossas ações na vida em sociedade e na comunidade cristã. Não agimos como o «bom pastor», nem como a dona-de-casa que se torna uma agente que reúne e une as pessoas e quase sempre não agimos como o pai do filho pródigo. A muitos é o papel do «filho mais velho» a marca principal comparado aos fariseus e aqueles que perseguiam Jesus. «O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. Mas ele ficou com raiva e não queria entrar (v. 25-28). Aquilo que os psiquiatras modernos chamam de «síndrome de Caim», o irmão que assassina o outro. A imagem e a figura de Caim sondam o nosso interior e às vezes fica visível e fica estampado no nosso semblante obscurecido pelo ódio e pela raiva.

Amados irmãos:

Infelizmente vai se evidenciando cada vez mais a face do filho mais velho e a do Caim em muitas culturas, em muitas ações políticas e, desgraçadamente, em muitas religiões. Cresce a intolerância cultural e religiosa. Essa semana pôde observar a realidade presente na cultura religiosa americana. Um pastor evangélico convoca o povo americano a queimar o símbolo sagrado dos muçulmanos: o Alcorão, o livro revelado por Deus a eles. Nós no Brasil já sofremos muito com isso, quando um pastor evangélico chutou a imagem de Nossa Senhora; e essas agressões não pararam ali. Elas continuam dia-a-dia através de uma pretensa pregação religiosa fundamentalista alimentando o fanatismo e a divisão entre os cristãos.
É verdade que atos terroristas devem ser condenados sempre, pois neles está a impossibilidade do diálogo, o extremo, a situação-limite. Rezamos hoje pelas vítimas do ato terrorista de 11 de setembro em Nova Iorque recordada ontem no mundo inteiro; mas, lembramos também com muita tristeza no coração, a matança de quase 300 mil pessoas, mulheres e crianças, no Iraque, segundo estimativas oficiais.
Nossa Igreja seja sempre a Igreja de Jesus; uma comunidade que não se desvia dos mandamentos mais importantes: o amor a Deus e ao próximo, mesmo que o próximo seja nosso aparente inimigo. Como é de uma beleza as palavras de Paulo ao seu discípulo Timóteo, na segunda leitura: «Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim, ao designar-me para o seu serviço, a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé» (v. 12-13).

(Texto: Pe. Devair Carlos Poletto - 12/09/2010)

domingo, 5 de setembro de 2010

1º Pic Nic do MEJ

Nossos mejistas resolveram ter um domingo diferente e para alegrar o fim de semana, realizamos um pic nic no Parque do Ibirapuera.

A "longa" caminhada não desanimou nosso grupo, que se divertiu pra valer, mesmo com um dia nublado e frio como hoje!

Conhecido por possuir uma das maiores áreas verdes, o Parque do Ibirapuera nos proporciona um maravilhoso contato com a natureza em plena agitação da cidade São Paulo: árvores de diferentes tipos, com destaque para os diferentes Ipês que estavam todos floridos, o lago com muitos peixes e as aves áquaticas. Ainda passamos pelo prédio da Bienal, o Planetário, relógio solar entre outras atrações do parque.


Sentados à sobra de uma árvore com uma vista privilegiada do famoso lago do parque, nossos jovens cantaram, ouviram o evangelho do dia e em seguida se deliciaram com as diferentes guloseimas preparadas pelas mães do MEJ. (hum..... muito bom!)









Volei, futebol, caminhada e muita animação!
Assim foi o nosso dia!
Deixamos o parque cansados, mas já pensando no próximo pic nic!

Valeu pessoal!

A voz do nosso pároco

23º. Domingo do Tempo Comum – Ano C – 5 de setembro de 2010

Textos: Sb 9,13-18; Salmo 89; Fm 9b-10.12-17;Lc 14, 25-33


Irmãos:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Todo o livro da Sabedoria, na primeira leitura, fora construído em torno da oração realizada por Salomão pedindo a Deus o bem mais precioso que um ser humano pode adquirir: sabedoria na vida. «Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!» (Sl 89, 12), como um dia suplicou Moisés a Deus. Quando analisamos a vida e a história à partir dos olhos da sabedoria conseguimos entender a razão e o sentido da vida. «Ó Deus de meus antepassados e Senhor de misericórdia, que tudo fizeste com tua Palavra, e com tua sabedoria criaste o ser humano» (Sb 9,1). A Bíblia ensina que para viver com sabedoria existem exigências às quais devemos nos submeter: sofrimento, disciplina, prudência. Não há escapatória. Deus não dá «moleza» para ninguém. Salomão em sua oração diz que o mundo, produz «pensamentos» que podem atrapalhar e cegar nossos olhos para enxergar a sabedoria de Deus. E ele tem razão. Se não tomarmos cuidado podemos viver alienados da realidade e viver num mundo que na verdade não existe, é irreal; num mundo mentiroso. «Os pensamentos dos mortais são tímidos e nossas reflexões incertas: porque o corpo corruptível torna pesada a alma, e tenda de argila oprime a mente que pensa» (v.14-15). Para Salomão, os pensamentos que o mundo produz faz a alma humana sofrer porque não consegue ver a beleza que está no fato da criação realizada por Deus que abençoou a sua própria criação (cf. Gn 1,28), o que Salomão chama de «tenda de argila». Então é possível que as instituições humanas acabem não colaborando para a felicidade humana e se distanciem de seu objetivo fundamental que é defender a vida humana; essa realidade está presente na religião, na política e pode estar também presente em muitas culturas. Por isso quem tem fé em Deus deve sempre pedir aquilo que mais importante: a sabedoria para saber viver num mundo onde Deus é banido e sequestrado pela ciência e pela razão humana. «Mal podemos conhecer o que há na terra, e com muito custo compreendemos o que está ao alcance de nossas mãos; quem, portanto, investigará o que há nos céus?» (v. 16). Temos que sempre ter esse pensamento: os caminhos do Senhor são retos, um grande ensinamento do Antigo Testamento proclamado pelos patriarcas, profetas heróis e santos da Bíblia; é esse ensinamento que é retomado pelo profeta João Batista e pelo próprio Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Paulo, na segunda leitura, faz um apelo à comunidade para que também olhem o mundo, à partir da sabedoria de Deus e não à partir das convenções e das estruturas humanas. Filemon pertencia à comunidade dos colossenses e cedia sua casa para a reunião da comunidade; um de seus escravos, chamado «Onésimo» (palavra grega que significa «aquele que não vale nada») foge da comunidade e vai a encontro de Paulo para ajuda-lo na prisão, em Éfeso. Filemon fica muito bravo pela atitude de Onésimo. Por isso, Paulo redige uma carta para o dono do escravo pedindo que o receba de volta e tenha atitudes para com ele não mais de um «senhor de escravos», mas, atitudes de um irmão para irmão. «Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo» (v. 17). Participamos da comunidade e temos fé em Deus, mas, é verdade que temos dificuldades em agir e tomar atitudes como irmãos, não só entre nós, mas, também em relação às outras pessoas, afastadas da comunidade. Nossa pastoral é organizada a partir das nossas necessidades e não a partir das necessidades do Povo de Deus.

Por isso, Jesus fez exigências e Lucas as apresenta no Evangelho de hoje. «Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo (v. 26-27). Deus nos ama e nos acolhe, por isso toda a nossa vida em comunidade deve estar voltada para Ele.

Mas, é preciso não só «acompanhar Jesus», como faziam as multidões (cf. v. 15), mas, é preciso agir, atuar, participar da comunidade. A alegoria da construção da torre (cf. v. 28-30) e do bom senso ao entrar num combate (cf. 31-33) significa justamente isso. Jesus diz que não basta ter boa vontade; o mais difícil é agir e atuar.


(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 5/9/2010)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PIC NIC NO PARQUE!!!

NOTA RÁPIDA!!!

Neste Domingo dia 05/09/2010 realizaremos, no Parque do Ibirapuera, o 1º PIC NIC MEJ!!!

Conforme combinado no último encontro fica definido que:
  • MENINAS levarão um prato de salgado já cortados para facilitar nossa confraternização e,
  • MENINOS levarão um prato de doce nas mesmas condições!
Lembrando que nos encontraremos, na Paróquia, às 09h30.

Contamos com a presença de todos!!!

PS: Para não levarmos pratos repetidos, o chat, será utilizado para colocarmos o que levaremos afim de facilitar a comunicação. Refrigerantes serão comprados por lá mesmo.

Beijos à todos!!!

Por Everson Lima

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