Apresentação MEJ Brasil - 1º Congresso Mundial do MEJ - 2012

Hino do Congresso Internacional do MEJ 2012 Argentina - Escute aqui!

domingo, 29 de agosto de 2010

A voz do nosso pároco

22º Domingo do Tempo Comum – Ano C – 29 de agosto de 2010

Textos: Eclo 3,19-21.30-31; Salmo 67; Hb 12,18-19.22-24-a; Lc 14,1.7-14


Estimados irmãos:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


O capítulo terceiro do livro do Eclesiástico, na primeira leitura, pertence a um conjunto de ensinamentos do autor do livro colhido entre o povo hebreu, sobretudo, nas suas relações familiares, sociais e religiosas. Para o autor do livro a sabedoria é um dom à humanidade que vem de Deus; é uma sabedoria tal que organiza e disciplina a ordem das coisas criadas. Além disso, o livro do Eclesiástico também nos recorda que a sabedoria advém da prática da justiça e da caridade. Tiago, o apóstolo mártir de Jesus Cristo em seu livro no Novo Testamento logo no início nos orienta a pedir a Deus a sabedoria. Mas, lembra Tiago, o pedido deve ser feito sem a mínima dúvida, pois diz Tiago quem duvida da fé é como uma «onda do mar» impelida pelo vento (cf. Tg 1,6-8).

O capítulo 3 nos fala da humildade e do orgulho dentro do relacionamento familiar e na vida em comunidade. O autor lembra que só aprendeu a respeitar a Lei de Deus e o próprio Deus, o filho que respeita e é prestativo com seus pais. Esse «respeitar» é muito mais amplo do que pensamos, pois se trata também de, com firmeza, o filho dar continuidade à cultura e a fé transmitida pelos pais. «Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor» (v. 19-20). O autor transmite a necessidade da educação familiar para a «humildade», pois a glória de Deus só é revelada para quem é humilde. «Mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. Pois grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado pelos humildes» (v. 20-21). Quanto mais crescemos na vida, mais devemos buscar o caminho da simplicidade. Quanto mais prosperamos na vida, mais generosos devemos ser. «Não desvies nunca o teu olhar dos pobres» (v. 1, cap. 4), relembra o Eclesiástico. O caminho dos orgulhosos é um caminho sem volta; não existe cura, porque é como uma planta cuja raiz é o pecado (cf. v. 30). Deus sempre está sempre observando as nossas atitudes, não podemos nos esquecer nunca desse ensinamento (cf. Eclo 3,34).

Na segunda leitura da carta aos Hebreus, o autor continua a nos exortar para como viver e ter uma vida realmente cristã na comunidade. Domingo passado ele nos falava da tal «pedagogia» utilizada por Deus; uma pedagogia que incluía o sofrimento necessário e a disciplina. Hoje ele nos fala que devemos ser fiéis a Deus e à comunidade. Devemos nos opor àqueles que se abandonam a comunidade, pois não foram fiéis e acabam aderindo a cultos estranhos, não permitidos por Deus. Por isso, ele nos diz, fazendo uma alusão a Moisés. «Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável: “fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade, som da trombeta e voz poderosa”, que os ouvintes suplicaram não continuasse» (v. 18-19). Moisés precisou de provas concretas para ser fiel a Deus e ele mesmo declarou isso. O autor do livro do Deuteronômio lembra esse episódio no capítulo 9, versículo 19: «Eu fiquei com medo ao ver a cólera e o furor com que o Senhor vos ameaçava, a ponto de vos querer exterminar». Quando se revela a Moisés ele sente medo quanto mais nós que cremos sem precisar de «provas concretas», pois a fé é uma certeza daquilo que se espera, a demonstração das realidades que não se vêem (Hb 11,1).

O Evangelho de Lucas arremata e conclui a reflexão bíblica de hoje. Depois de nos pedir para procurar sempre a «porta estreita», hoje Jesus nos fala das regras da humildade e fica espantado como as pessoas mais religiosas acabam sendo as menos humildes. «Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares» (v. 1.7). Por isso, conta para os fariseus, sobretudo, aos chefes, a parábola da festa de casamento. Mas, essa parábola serve demais para nós, pois é para nós que Jesus está falando nesse domingo. Nós somos seus seguidores e não podemos nos considerar como uma «casta de privilegiados». Jesus foi convidado para ir na casa dos chefes dos fariseus e lá, observando a atitudes deles Ele se sente com liberdade para questionar, pois os fariseus eram muito humildes dentro do Templo de Jerusalém; mas, com podemos observar, fora do Templo não tinham nada de humildes. E não é que somos também assim? Por isso, Lucas quer que guardemos os ensinamentos de Jesus. A primeira parábola de Jesus resume o ensinamento. Deus deu a vida a todas as pessoas; para Jesus a vida é comparada a um «banquete» dado por Deus aos homens. A humildade é contrária à autossuficiência; ser humilde é reconhecer a pequenez de todos os seres humanos. É o dono da casa quem diz para o amigo: «Amigo, vem para um lugar melhor!» (v. 10). O caminho realizado por Jesus foi todo ele marcado pela humildade, lembra mais tarde Paulo na carta aos Filipenses. «Haja em vós o mesmo sentir e pensar que no Cristo Jesus. Ele, existindo em forma divina, não considerou como presa a agarrar o ser igual a Deus, mas despojou-se, assumindo a forma de escravo e tornando-se igual ao ser humano (...) fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz!» (Fl 2, 5-8). Na nossa amada Igreja, santa em tudo, mas tão pecadora também, nós encontramos em sua história tantos que foram semelhantes no agir como Jesus. Lembremo-nos de alguns: Madre Tereza de Calcutá, Dom Helder Câmara, P. Cícero Romão Batista, Dom Luciano Mendes de Almeida e a lista é grande! «Que importa, que ao chegar eu nem pareça pássaro! Que importa se ao chegar venha me rebentando caindo aos pedaços, sem aprumo e sem beleza!... Fundamental é cumprir a missão e cumpri-la até o fim!...» (cf. Poema de Dom Hélder Câmara). O cristão verdadeiramente humilde não busca recompensas aqui na Igreja inserida no mundo; ele tem a sua recompensa na ressurreição dos justos.

(Texto: Pe. Devair Carlos Poletto - 29/8/2010)

Festa: Jesus Cristo Rei das Nações!

por Rosangela Molina

Neste fim de semana, o MEJ e grupo da Perseverança da Paróquia Santo Antonio realizou a Festa "Jesus Cristo Rei das Nações"! Com apresentações de danças, comidas típicas de diferentes países e brincadeiras a festa animou as tardes do fim de semana da garotada!

Falou em festa estamos dentro e, claro, nosso grupo marcou presença nos dois dias!

Parabéns ao Movimento Eucarístico Jovem da paróquia Santo Antonio - Vila Talarico, pela realização de mais uma grande festa!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A voz do nosso pároco

21º Domingo do Tempo Comum – Ano C - 22 de agosto de 2010
Textos: Is 66,18-21; Salmo 116; Hb 12,5-7.11-13; Lc 13,22-30


Meus irmãos e irmãs:

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Somos chamados pela Mãe de Deus, Nossa Senhora, Assunta aos céus, após a sua celebração a retomar a caminhada da vida. Ela - a Senhora da Assunção – está presente na vida da Igreja e da comunidade; é ela que convida a retomar a caminhada – e com palavras proféticas - para ser discípulo e missionário de Jesus, seu Amado Filho, pois Deus conhece o coração e as obras de todas as pessoas. Há um clima de intimidade e de cumplicidade entre Deus e o Povo de Deus; uma relação semelhante à de uma mãe e de um filho. Por isso, fomos para Aparecida domingo passado em Romaria. Lá ouvimos a Palavra de Deus e nos fortalecemos em comunhão, dois fortes alimentos necessários para a caminhada na vida. Formamos uma só família que, reunida, se faz Igreja. De fato, a família é formadora de valores humanos e cristãos.

Na primeira leitura, o profeta Isaías encerra seu livro com essas palavras. São palavras que nos envia ao olhar de Deus para os mais pobres e explorados. O Terceiro Isaías conclui falando do amor de Deus para toda e qualquer humanidade. A experiência do Exílio na Babilônia deve trazer uma visão mais clara sobre a Palavra e sobre o Amor de Deus. Deus ama não somente nós que somos o seu Povo, mas, tem amor para todos os outros. «Eu, que conheço suas obras e seus pensamentos, virei para reunir todos os povos e línguas; eles virão e verão minha glória. Porei no meio deles um sinal e enviarei, dentre os que foram salvos, mensageiros para os povos de Társis, Fut, Lud, Mosoc, Ros, Tubal e Javã, para as terras distantes e para aquelas que ainda não ouviram falar em mim e não viram minha glória (v. 18-19). Em Aparecida tivemos a oportunidade histórica de participar do batismo e crisma, presidido por Dom Damasceno, Arcebispo de Aparecida e que fora Secretário-Geral da CNBB, de um rapaz da comunidade chinesa no Brasil. Do ponto de vista simbólico, isso é muito importante.
O povo chinês no panorama atual é um dos povos mais sofridos do mundo. Um povo que foi espezinhado pelos japoneses e pelos ingleses em tempos passados. Um povo milenar, com uma cultura tal e qual onde a presença de Deus está em tudo; um povo que conseguiu associar a vida natural e nela enxergar a presença de Deus. Não bastasse a opressão do passado, o povo chinês teve e tem de enfrentar o que se chamou historicamente de «Revolução Cultural», liderada por Mao-Tse-Tung, líder do Partido Comunista Chinês. Essa tal «revolução cultural» na prática era um rompimento total com o resto do mundo, inclusive religiosa. Quando Mao tomou o poder na China em 1966 e instalou a chamada «Guarda Vermelha», sua primeira atitude fora a de destruir e queimar todas as bibliotecas do país. No tocante à questão religiosa, Mao-Tse-Tung mandou destruir as paróquias – algumas se tornaram até em casas de espetáculos - e matar todos os bispos, padres e freiras da comunidade chinesa. Mao fundou então uma igreja própria chamada de «Igreja Católica Patriótica», uma igreja que deveria se submeter aos mandos e desmandos do Partido Comunista; uma tentativa de apagar culturalmente o Budismo Tibetano e o Cristianismo Católico. É o único país em que o Papa João Paulo II não teve permissão para realizar suas visitas pastorais.
Por isso, a nossa ida à Aparecida não foi somente uma Romaria, mas, uma participação no atual momento histórico em que a Igreja Católica – como uma mãe – acolhe e se associa a um povo que além de ser trabalhador e valente é um povo de fé.

Na segunda leitura, da carta aos Hebreus, capítulo 12, o autor nos fala de uma «pedagogia» utilizada por Deus, na qual, faz parte na educação, a correção e o castigo. Todo método educativo deve corrigir os erros em si mesmos, pois todo método educativo deve conter certa dose de «disciplina». «Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando ele te repreende; pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho”. É para a vossa educação que sofreis, e é como filhos que Deus vos trata. Pois qual é o filho a quem o pai não corrige?» (v. 6-7). A Bíblia não esconde a realidade. O sofrimento é necessário. O autor faz memória das palavras de Moisés no livro dos Números. Moisés logo entendeu que conquistar algo com sofrimento é só por vontade de Deus. Portanto, todos nós caminhamos juntos rumo à fidelidade à Cristo. «Firmai as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos; acertai os passos dos vossos pés» (v. 12-13). Nada de ilusão. Na prática, é preciso colocar «limites»; é preciso agir com autoridade em certas ocasiões. Essa linha de pensamento é defendida pela moderna psiquiatria. O «comportamento» de uma pessoa dá uma idéia da educação à que ele foi submetido. Segundo, a professora e psiquiatra Ana Beatriz Silva, da Universidade do Rio de Janeiro, ao comportamento agressivo e o caminho para as drogas começam dentro do seio da própria família; mas, não é só isso. Hoje, há uma agravante terrível: a Internet. A exposição direta da criança e do adolescente à Internet e ao conteúdo vinculado – normalmente violento - não pode ser medida. Hoje as crianças e adolescentes estão também expostos a esse «mundo virtual», um mundo imaginário, portanto, não real. A Internet tem levado as pessoas ao extremo do individualismo e do egoísmo. A satisfação é como o efeito de uma droga. A pessoa se sente bem, pois «possui» milhões de amigos virtuais e isso acaba causando um transtorno mental, uma confusão, entre o real e a ficção.

No Evangelho de Lucas, capítulo 13, Jesus faz referência à compreensão dos discípulos para essa tal seriedade na caminhada do cristão. Para seguir e caminhar junto com Jesus deve-se sempre partir de uma decisão pessoal e firme. «Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém» (v. 22).
Jesus compara a disciplina necessária a uma «porta estreita». «Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita» (v. 22). Vejam: Jesus não diz para procurar as portas largas, os caminhos mais fáceis; ao contrário, Ele diz que devemos fazer um esforço em direção à porta estreita. A partir de uma pergunta feita por alguma pessoa – pode ser nós ou não – Ele aproveita para falar das dificuldades. Ele não responde racionalmente à pergunta feita. Mas, diz que a maioria não será salva. Muitos dos seus seguidores que estavam na comunidade comiam e bebiam com Ele, mas não eram verdadeiros para com Ele. Ouviam o que Ele dizia, mas, na prática não tinham disposição (cf. Lc 8, 21). «Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!» (v. 26). Jesus exorta os discípulos para que sejam perseverantes, mas atuantes na realidade da vida.


(Texto: Pe. Devair Carlos Poletto - 22/8/2010)

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

Por Rosangela Molina


No último dia 15 de agosto (domingo) participamos da 17ª Romaria ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida/SP.

Há 17 anos, sempre no 3º domingo de agosto, quando celebramos a Assunção de Nossa Senhora e, no Brasil, o encerramento da Semana Nacional da Família, a Paróquia São Francisco de Assis - Vila Guilhermina - realiza essa romaria.

Este ano, com número reduzido, foram 11 ônibus, ou seja, mais de 500 pessoas da nossa paróquia que se uniram a outros milhares de fiéis de todos os cantos do país, em oração, para pedir e agradecer todas as bençãos e graças recebidas pela intercessão da nossa querida Mãe!

É sempre uma grande emoção estarmos juntos e unidos na fé!
Essa é, sem dúvida, uma oportunidade de renovarmos nossas forças e o nosso amor à Deus e à Nossa Senhora!

Nós (MEJ) também participamos!
Como uma família - unidos pela fé - pedimos a Nossa Senhora, por todos o jovens:

"Que o amor do Coração do Vosso Filho, possa abrasar o coração de todos os jovens, fazendo-os sentir a presença constante de Jesus em nossa vida. Por mais afastado de Deus que e eles estajam, Mãe, protegei-os com vosso amparo e amor incondicional. Ajudai-os a perceber a vontade do Pai e do Vosso Filho e assim possam voltar ao caminho certo!

Aos jovens engajados na missão de propagar o Amor de Cristo aos irmãos, fortalecei e dá coragem, para que nunca desanimem e possam continuar sendo exemplo, mostrando que a Juventude pode - e tem - uma opção de vida com valores cristãos!"

Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Amém.






terça-feira, 24 de agosto de 2010

A voz do nosso pároco - atualizações

19º Domingo do Tempo Comum – Ano C – 8 de agosto de 2010
Textos: Sb 18,6-9; Salmo 32; Hb 11, 1-2.8-19; Lc 12,32-48

Queridos irmãos e irmãs:

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

O livro da Sabedoria, na primeira leitura, quer alertar as pessoas de fé sobre a importância de se refletir sobre a realidade da vida. Não se trata pura e simplesmente de uma reflexão meramente sociológica sobre os fatos da vida, mas, olhar os fatos da vida vendo neles a ação de Deus na História humana. Especialmente, o livro da Sabedoria tem como eixo fundamental, de onde emana os seus ensinamentos a experiência do Povo de Deus no deserto, o chamado «Exodus».
Para viver a fé na realidade da vida é preciso adquirir sabedoria. Os anos vividos e a experiência acumulada nos possibilita tomar decisões e fazer escolhas mais acertadas. A sabedoria não é, segundo a Bíblia, um privilégio para os mais velhos; ao contrário, é a partir da experiência dos mais velhos que as pessoas mais jovens devem buscar uma espécie de «iluminação» para a vida.
Essa questão é repetida vezes abordadas na Bíblia. Mas, também é verdade que a Bíblia revela que os jovens têm certa resistência em ouvir os mais velhos, por pura vaidade, como lembrava o livro do «Coélet» domingo passado. O «desencanto» com a vida e com as relações sociais atinge diretamente os mais jovens. O tal desencanto com a vida é porque quando se é jovem, nós pensamos que somos o «centro das atenções», o motivo principal da existência de tudo. A descoberta de que há, na juventude, uma espécie de «atração», a de quê a juventude em si mesma é polo irradiador, empurra os jovens ao desencanto e à falta, à margem, de uma educação socializadora. É por causa desse desencanto que os jovens procuram banalizar a vida e suas relações. Trata-se de um conflito natural e muito importante para que a pessoa possa autodescobrir-se e autoavaliar-se. Ao longo da vida levamos dentro de nós mesmos a memória indeletável das primeiras experiências com o mundo. Não conseguimos nos livrar tão facilmente desse tipo de «memória emocional». «A noite da libertação fora predita a nossos pais» (v. 6). Fazemos de tudo para nos livrar dessa memória: mudamos para mais ou para menos, o corpo, a aparência, os móveis da sala, trocamos de carro, o tapete da porta de entrada, viajamos, mudamos de país. Acreditamos que nossa ação pode realmente, ou ao menos, acrescentar algo a nós mesmos.
A sociedade também vive a olhos vistos esse conflito. Com a mesma intensidade e brutalidade com que se arrebenta com a estrutura familiar, pois pensamos que a «estrutura» de qualquer coisa é sempre um empecilho para a nossa felicidade, é também com a mesma intensidade e brutalidade que louvamos e enaltecemos tal estrutura. «Os piedosos filhos dos bons ofereceram sacrifícios secretamente e, de comum acordo, fizeram este pacto divino: que os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos. Isso, enquanto entoavam antecipadamente os cânticos de seus pais» (v. 9). Vivemos como num barco em mar revolto, no paralelo 49. E pedimos a Deus para que proteja sempre o seu povo, a sua vinha (cf. Salmo 80). Pedimos a Deus a graça da «restauração». Vivemos num tempo de mudanças profundas. A falta de inteligência nos conduz a uma compulsão e à sublimação; não conseguimos administrar, objetivamente, tal questão. Temos dificuldade em dizer que amamos o passado; que queremos resgatar aquela alegria e a boa sensação de viver. Temos dificuldades em assumir que os nossos pais estão em nós. Estamos mergulhados na escuridão de alguma inteligência do passado, pois uma coisa é a que se apresenta e outra a que se vive. Deus bem que poderia mandar uma «praga de vaga-lumes» para, quem sabe, enxergamos a realidade da vida. Vivemos num mundo onde a redução e a simplificação da vida nos é apresentada como a solução. É o perigo que vivemos atualmente: o fundamentalismo presente nos evangélicos e nos católicos. E quando se mistura fundamentalismo com política, com arte e com a literatura os resultados são desastrosos. O fundamentalismo é o tal «fermento dos fariseus» como ensinava Jesus. Não podemos nos perder. O fundamentalismo nos leva à bestialidade e à selvageria. «Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia» (cf. Lc 12,1).
Celebrar o dia dos Pais é ter o olhar para a realidade da vida; somos remetidos para o que há de mais primário e básico da vida. É difícil para nós aceitar que há «princípios» da e na vida.

Por isso, na segunda leitura, a carta aos Hebreus, de autor desconhecido, nos apresenta uma «conversa familiar», uma homilia, uma pregação, na reunião da comunidade. Na pregação aos hebreus o autor faz uma leitura comparativa de toda a Bíblia e o modo de viver, de ensinar dos cristãos. Há semelhanças e diferenças. Mas, a carta aos Hebreus nos ensina que a humanidade é uma só; e a fé dos antigos foi fundamental e importante para que Deus pudesse revelar o seu Evangelho. «A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera a convicção acerca de realidades que não se vêem» (v. 1). Deus ao viver a humanidade, em Jesus, dispensando-se de toda e qualquer forma de poder, mostrou ao homem que é possível ser fiel. O homem é a resposta definitiva de Deus ao «velho homem», ao Adão que não assumiu a sua incapacidade de obedecer à voz do Pai. Deus nos quer como homens de fé, mas, uma fé anterior à desobediência.

O Evangelho de Lucas nos narra os ensinamentos de Jesus sobre a vigilância. Trata-se de um complemento quanto ao modo de agir do cristão diante dos bens materiais. Jesus falava que é preciso buscar a «saúde interior» mais do que a «saúde exterior» (cf. Lc 11, 33-36). «Onde está o teu tesouro, aí estará também o vosso coração» (v.34).E como é difícil lidar com tudo isso, pois quando vivemos em grupo ou em comunidade ou em sociedade é o exterior que se destaca. Puro farisaísmo na concepção moderna da palavra. Passamos mais tempo da vida nos justificando e dando justificações para os outros, pois insistimos em viver em comunidade. Sabemos que o extremo da solidão não tem serventia para a humanidade, mas, também sabemos que a outra ponta – o outro extremo – a extrema estatização da vida nos causa dor e sofrimentos.
Deus – o Pai - não pode ser excluído da vida das pessoas, por força de lei. Há fortes movimentos populares no mundo - contrário - ao que se prega e anuncia; são movimentos que não aparecem não «mass media». São movimentos que não possuem visibilidade, pois questionam a suposta autoridade empedernida e arrogante da ciência. «É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis não!» (cf. Mt 24,42-a.44).
Jesus inicia dizendo aos discípulos para não terem medo. «Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino» (v. 32).
A seguir Ele conta 3 parábolas: a do patrão que vai à uma festa de casamento e deixa os empregados em casa; a do homem que guarda dinheiro em casa e a terceira, como resposta à pergunta de Pedro, sobre os dois tipos de administradores: o negligente e o arrogante.
São três parábolas que convidam a uma vigilância permanente.
(Texto: Pe. Devair Carlos Poletto - 8/8/2010)

domingo, 15 de agosto de 2010

Mistério da Assunção confirma a unidade do ser do homem


Cardeal Geraldo Agnelo comenta o sentido da festa desse domingo


SALVADOR, segunda-feira, 16 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – Segundo o arcebispo de Salvador (nordeste do Brasil), cardeal Geraldo Majella Agnelo, o mistério da Assunção de Maria confirma a unidade do ser homem.

É o que explica o arcebispo em artigo enviado a ZENIT nesta segunda-feira, comentando a festa celebrada pela Igreja nesse domingo.

“Hoje celebramos uma das festas mais belas da Virgem Maria, a sua glorificação, elevada ao céu em corpo e alma”, afirma.

De acordo com o cardeal Agnelo, a assunção “é privilégio de Maria pela sua particularíssima união com Jesus Cristo, união de corpo e de alma, iniciada com a Anunciação e aprofundada nos anos com participação sempre maior ao mistério de seu filho”.

“A vida de Maria foi normalíssima: rezava, trabalhava, ia à sinagoga; mas toda ação, toda oração era por ela cumprida em união perfeita com Jesus. No calvário, esta união atingiu a culminância no amor, na compaixão, no sofrimento do coração.”

Por isso – prossegue o arcebispo –, “Deus deu a Maria participação plena na ressurreição de Jesus. Outros foram ressuscitados, mas a assunção em alma e corpo é privilégio exclusivo de Maria: somente o seu corpo foi preservado da corrupção, como o de Jesus”.

“Contemplamos este mistério, que nos dá muita luz sobre a vontade de Deus que quer salvar o homem, alma e corpo. Também Jesus ressuscitou em alma e corpo, mas ele é Deus. Sem a assunção de Maria não teríamos confirmação de nosso glorioso destino.”

O mistério da Assunção “confirma a unidade do ser do homem e nos recorda que devemos servir e glorificar a Deus com todo o nosso ser, alma e corpo. Servi-lo somente com o corpo seria como escravos, servi-lo somente com nossa alma estaria em contradição com a natureza humana”.

“‘Glória de Deus, diz Santo Irineu, é o homem vivente’. Se tivermos vivido assim, no feliz serviço de Deus, também a nossa carne no dia da ressurreição será semelhante àquela da nossa mãe puríssima”, afirma o arcebispo.

Direitos Reservados á ZENIT.ORG
http://www.zenit.org/article-25745?l=portuguese
Link visitado em 16/08/2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Festa das Nações

Galera do MEJ!

Está chegando mais uma festa:

"FESTA JESUS CRISTO O REI DAS NAÇÕES"

O Movimento Eucarístico Jovem e a Catequese da Perseverança da Paróquia Santo Antonio - Vila Talarico, realizará nos próximos dias 28 e 29 de agosto esta grande festa que já entrou para o calendário deles e nosso também!

Vamos apoiar esta iniciativa!
Ano passado a festa estava linda e esse ano promete ser melhor ainda!

Convites à venda com os perseverantes/mejistas da Paróquia Santo Antonio e com o Everson (São Francisco de Assis) também!

Divulguem e participem!

domingo, 8 de agosto de 2010

Feliz Dia dos Pais!

por Rosangela Molina

"Neste dia, de modo especial, rezamos por todos os pais, que assumindo a missão à eles confiada por Deus, dedicam suas vidas com trabalho e amor para educar e criar seus filhos no caminho do bem!
Pedimos, ainda, por todos os pais falecidos, que hoje habitam na morado do “Pai”; que o exemplo de vida deixado por eles, permaneça no coração de cada filho e reflita sempre em suas atitudes com o próximo; Senhor, vos pedimos ainda que lhes conceda o descanso e a luz eterna. Amém! "


O Movimento Eucarístico Jovem deseja à todos os pais, hoje e em todos os outros dias do ano, um dia muito feliz!

Rezamos e pedimos a Deus que os abençoe e dê força para continuarem firmes nessa missão de "SER PAI"!

Parabéns!

MEJ Diocesano: 7 anos de caminhada!

por Rosangela Molina

Presidida pelo Diretor Diocesano do AO-MEJ, Padre Lúcio, aconteceu neste sábado a missa em agradecimento pelo 7º ano do Movimento Eucarístico Jovem em nossa Diocese.

Todos os grupos participaram na preparação desta celebração e nossos jovens compareceram em grande número no Santuário de Nossa Senhora da Penha. Também preparado e dirigido pelos jovens do MEJ da paróquia São João Evangelista, antes da missa, foi realizada um Hora Santa enfatizando a importância da família e intercedendo por elas.

"Com o coração alegre e agradecido, pedimos ao Senhor que continue derramando suas bênçãos sobre o Movimento Eucarístico Jovem de nossa Diocese de São Miguel Paulista. Que esse movimento cresça e se fortaleça a cada dia, a fim de que nossos jovens irradiem o amor do Coração de Cristo nos diferentes lugares onde convivem e atraiam outros jovens para este Coração."



















Vejam todas as fotos no orkut do MEJ

(clique aqui)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

VII aniversário do MEJ Diocesano

por Rosangela Molina

Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!

Com muita alegria, no próximo sábado - dia 07/agosto- celebraremos mais um ano do Movimento Eucaristico Jovem em nossa Diocese (São Miguel Paulista), já são 7 anos de caminhada e temos muito o que agradecer.

Para marcar esta data, contamos com a particicipação de todos os mejistas, seus familiares e amigos na Hora Santa que ocorrerá às 14h e 30min e em seguida, às 16h, Missa celebrada por Mons. Calazans (padre do Santuário) e concelebrada por Pe. Lúcio (Diretor Diocesano do AO-MEJ) no Santuário de Nossa Senhora da Penha (igreja velha) - Penha de França/ SP.

Vamos louvar e agradecer ao Senhor pelo crescimento, fortalecimento e frutos deste Movimento que cresce a cada ano em nossa diocese!

Esperamos você lá!

domingo, 1 de agosto de 2010

A voz do nosso pároco

18º Domingo do Tempo Comum – Ano C – 1 de agosto de 2010
Textos:
Ecl 1,2;2,21-23; Salmo 89; Cl 3, 1-5.9-11; Lc 12, 13-21

Meus irmãos e irmãs:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

A primeira leitura foi extraída de um livro que faz parte do conjunto de livros chamados de «Sapienciais». É o livro do «Eclesiastes», também chamado de «Coélet». O «Coélet» era o pregador no culto na sinagoga. O livro apresenta os ensinamentos e pensamentos de uma pessoa mais velha, mais experiente na vida; a pregação é destinada às pessoas mais jovens. A autoria do Livro é atribuída a Salomão. Há uma semelhança incrível com o Livro de Jó.
Pelo contexto do livro dá para perceber que o autor combate ideias de outra cultura, diferente da judaica; trata-se provavelmente da cultura grega, que em determinado momento histórico tentou «fazer a cabeça» do povo judeu.
O livro apresenta um problema que parece ser comum a todas as culturas: os jovens tendem a esquecer dos ensinamentos dos mais velhos (ver Ecl 11,7-12,8).
Para a sabedoria bíblica, é na realidade e na experiência da vida que acontece a «revelação de Deus». O livro faz então uma espécie de critica: a sabedoria humana se apoia na «razão humana» e não na Revelação e na luz sobrenatural de Deus. Por isso, todo o livro apresenta um ácido discurso religioso que se contrapõe aos chamados «prazeres da vida».
O capítulo primeiro ensina que o mundo é uma espécie de roda; ele gira e por isso aquelas coisas que o homem julga ser importante não passa de «vaidade», que no sentido bíblico quer dizer «neblina, fumaça». Tudo acaba no que o autor chama de «suprema ilusão». «Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade» (1,2).
A parte central do livro é composta por 8 capítulos (3,1-11,6), o que sugere na «cabala» judaica a «sorte na vida» para o homem que compreende os ensinamentos desses capítulos. Depois de declarar que a ciência e o conhecimento só trazem maior dor e sofrimento ao homem (cf. 1,12-18), o autor fala da «ilusão do prazer». O que é a alegria e para que serve? O riso não seria um sinal da «loucura humana»? Pois, o homem ri da desgraça do próprio homem. É a base do humor. Para o autor não há diferença entre a pessoa sábia e a pessoa insensata, pois «o fim de ambos é o mesmo» (cf. 2,14).
O autor conclui dizendo a vida é melhor com Deus, pois a própria vida é obra da mão de Deus. Assim, o «comer e beber», o exibir os frutos do trabalho, só tem sentido quando se vê neles a presença de Deus.
Por isso, a oração de resposta à primeira leitura é o Salmo 89, que reafirma as fragilidades humanas, mas, nos anima a sentir a presença de Deus em nossas vidas; Deus é nosso único refúgio.

Na segunda leitura, na carta aos Colossenses, Paulo utiliza a mesma linguagem do tradicional pregador judaico, o «Coélet». A diferença está no fato de que o centro da vida de um cristão não são as coisas do mundo, mas, as coisas do mundo vistas na ótica da ressurreição de Cristo. «Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus» (v.1).
Enquanto o Eclesiastes faz uma dura crítica ao que Paulo chama de «homem velho», o autor da carta aos Colossenses nos diz que Cristo ressuscitou para transformar o «homem velho» em «homem novo». «Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir e vos revestistes do homem novo, que se renova segundo a imagem do seu Criador, em ordem ao conhecimento. Aí não se faz distinção entre judeu e grego, circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos» (v. 9-11).

Lucas no Evangelho apresenta Jesus questionando as excessivas preocupações com as coisas do mundo. Essas preocupações exageradas atrapalham o nosso relacionamento com Deus. O próprio Jesus percebeu isso em sua caminhada, diante da recusa em segui-Lo do doutor da Lei e ao chegar à casa de Marta e perceber que ela estava mais preocupada com as coisas da casa que em parar um pouco e ouvir o que Ele tinha a dizer. «E disse-lhes: Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens» (v.15). Jesus alerta seus seguidores contra o que Ele chama de «fermento dos fariseus» (cf. Lc 12, 1-3). Diante de Deus não há espaço para uma vida e fé falsa ou uma fé dupla, pois tudo no fim acaba sendo conhecido (v. 2 e 3, do cap. 12). Mas, Jesus nos encoraja dizendo que não devemos ter medo de viver e de enfrentar os problemas. «Não tenham medo dos que matam o corpo e depois não podem fazer mais nada!» (cf. Lc 12,4). É preciso confiar em Deus e ser leal no seguimento a Jesus Cristo.
Depois do alerta contra a ganância e a confiança nos bens materiais, Jesus ilustra com a parábola do «rico insensato». A ganância e a confiança nos bens materiais conduz o homem à loucura e à insensatez. «Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!» (v. 19). O homem louco transfere a sua vida para as coisas materiais que não têm vida alguma; mas, na cabeça do louco, as coisas materiais parecem ter vida e valor. «A vida é mais que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa» (cf. Lc 12, 23).

Irmãos:
Não tenhamos ilusão. Vivemos num mundo onde o dinheiro comanda a vida das pessoas. Recentemente, a Campanha da Fraternidade alertou a sociedade brasileira sobre esse perigo. Quando examinamos a história humana podemos perceber a força do dinheiro. A própria história é dividida por «ciclos» de riqueza: pau-brasil, açúcar, café e atualmente o chamado «agronegócio», tão estimulado pelos governos nos últimos 20 anos.
O texto do evangelho de hoje começa com o relato de uma triste situação comum a todos os tempos: a briga de dois irmãos pela herança. «Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo» (v. 13). Jesus denuncia a cultura materialista sob a qual estamos todos submetidos. Por isso, a Igreja, como Jesus, propõe uma vida simples e frugal; uma vida onde o «ato de partilhar os bens» tem uma força capaz de transformar o homem para um autoconhecimento mais positivo.
Jesus nos alerta contra uma doença chamada «síndrome de Colosso»: a popular «mania de grandeza». Assim, é muito oportuna uma reflexão mais profunda da carta de Paulo aos Colossenses, habitantes de uma antiga cidade chamada «Colossos», na Ásia Menor; é a atual cidade de Honaz, na Turquia de hoje. A origem do nome «Colossos» vem de uma flor chamada «ciclame».


Texto:
Pe. Devair Carlos Poletto - 01/08/2010

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