Apresentação MEJ Brasil - 1º Congresso Mundial do MEJ - 2012

Hino do Congresso Internacional do MEJ 2012 Argentina - Escute aqui!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

"O Apostolado da Oração acolhe o MEJ" - parte 2 -

No dia 13 de junho - domingo - aconteceu a Romaria Nacional do Apostolado da Oração e Movimento Eucarístico Jovem a Aparecida do Norte e, claro, nosso grupo não ficou de fora!

O MEJ da Paróquia São Francisco de Assis (Vila Guilhermina), da Paróquia Santo Antonio (Vila Talarico) e Paróquia Santa Quitéria (Guaianazes) - todos da Diocese de São Miguel Paulista/SP, uniram-se em oração na casa da Mãe Aparecida.

Logo cedo, no auditório Pe. Noé Sotillo no Santuário, os romeiros do AO e do MEJ participaram do lançamento do novo livro do Pe. Joãozinho "Conheço um Coração" (Edições Loyola, 2010), que realizou um momento único de reflexão e oração com todos os presentes. Foi lindo!

As 10 horas, participamos da Celebração Eucarística celebrada por Dom Antonio Wagner da Silva - Bispo da Diocese de Guarapuava (PR).

Na procissão de entrada nossos jovens levaram jundo ao estandarte do AO, um banner do MEJ; no Ofertório um mapa do Brasil e um coração de flores foi levado ao altar e no final da celebração a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi levada pela representante do AO no CNAO, ao seu lado a Roseli levou um terço, acompanhada por uma procissão de jovens do MEJ. Todos juntos, no altar do Santuário realizaram a consagração à Nossa Senhora.

Foi um momento emocionante para todos nós que estávamos lá!

No rosto de cada dos nossos mejistas, uma emoção que nunca tinha visto antes!

Lá do alto do altar, a imagem completava a emoção: nos corredores dezenas de bandeiras vermelhas e brancas e milhares de devotos membros do Apostolado da Oração encheram o Santuário Nacional de Aparecida.

Ao final da celebração Pe. Joãozinho fez uma foto com nosso grupo! Muito legal!
(Valeu Maristela!)

Agradecemos à Deus e a todas as pessoas que colaboram na realização desta Concentração Nacional.

Esse foi um espaço riquíssimo, onde tivémos a oportunidade de conhecer de perto muitos jovens de diferentes lugares do Brasil engajados no Movimento Eucarístico Jovem.


Não podemos deixar de citar, de modo especial, o prazer de ter conhecido pessoas com Adalgiza - representante do MEJ na Arquidiocese de Olinda/ Recife, Johnny e seu grupo de São José do Rio Preto/ SP, pessoas comprometidas e atuantes, com uma visão atual de Igreja e renovada visão sobre juventude.
Diante do desafio de recriar o AO, os jovens do MEJ terão a missão de estampar nos corações das pessoas a amor ao Sagrado Coração de Jesus com o autêntico protagonismo juvenil cristão, com vigor, criatividade, responsabilidade e disposição.
Temos muito trabalho pela frente, mas esses encontros revigoram os ânimos e a vontade de levar a Boa Nova de Jesus a todos os jovens!

Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora Aparecida abençoe a todos!

sábado, 26 de junho de 2010

"O Apostolado da Oração acolhe o MEJ" - parte 1 -

No dia 12 de junho, aconteceu no Santuário Nacional de Aparecida do Norte - SP, o Encontro Nacional dos Dirigentes do AO-MEJ com o tema: "O Apostolado da Oração acolhe o MEJ".

Representantes do Apostolado da Oração e do MEJ de diferentes estados brasileiros reuniram-se neste encontro: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Alagoas e Pernambuco - este último, com 3 dias de viagem para chegar em Aparecida.

Padre Otmar - Diretor Nacional do AO-MEJ, iniciou o encontro com um breve momento de reflexão pessoal, contendo três perguntas:

1. Você se sente feliz por pertencer ao AO-MEJ?

2. Você se sente capaz de ser fiel à proposta do AO-MEJ?

3. Você sente que o AO-MEJ apresenta uma proposta que o mundo necessita?



Levantou ainda outras questões sobre o Carisma e a Missão do AO-MEJ:

"Carisma é um termo que se refere àquilo que faz particular a uma comunidade religiosa ou uma associação leiga; a visão singular de fé de seu fundador que deixou um caráter perdurável na vida e no estilo de trabalho da comunidade ou associação. (É o que faz o Apostolado da Oração ser o Apostolado da Oração e não a Legião de Maria). O carisma do AO-MEJ é ser missionário na vida diária a partir do oferecimento."

Quanto a missão, trata-se de "ajudar o cristão a unir sua oração e vida à oração e a missão da Igreja" (Carta de Pentecostes 2003)

Pe Otmar finalizou essa primeira parte da conversa enfatizando os pilares da espiritualidade do AO-MEJ: "Evangelho, Eucaristia e Missão - Oferecimento diário, Espiritualidade do Coração de Jesus, Vida Eucarística, Amor a Maria Santíssima, Amor ao Espírito Santo e sentir com a Igreja."

Tivémos a oportunidade de receber a atualização sobre as discussões que estão sendo realizadas em outras instancias do Apostolado e MEJ, como por exemplo, o 3º Encontro das Associações, Movimentos e Serviços Eclesiais com a CNBB - encontro este que também contou com a participação de Everson Lima - coordenador do MEJ São Francisco de Assis - e o 4º Congresso Latino-Americano realizado no México há poucas semanas atrás.

Pe Otmar nos trouxe notícias sobre o Encontro Mundial do MEJ que será realizado aos 15/09/2012 em Buenos Aires e contará com a participação de 20 representantes por país, sendo 10 Coordenadores e 10 jovens líderes do MEJ (a partir de 18 anos). Apresentou também conquistas em relação à estruturação do Secretariado Nacional do MEJ, acordos conseguidos neste último encontro.

Muito animado e confiante no trabalho e crescimento do Movimento Eucarístico Jovem, Pe Otmar falou diversas vezes da importância do Apostolado da Oração acolher o MEJ e contribuir para que nossos jovens tenham condições de participar destes diferentes encontros que estão para acontecer.


terça-feira, 15 de junho de 2010

5º Plano Diocesano de Pastoral

Por: Rosangela Molina
No último dia 6 de junho, aconteceu a 1ª fase da Assembléia Geral de Patoral em nossa paróquia - São Francisco de Assis, Vila Guilhermina - que contou com a participação de representantes de diversas pastorais e movimentos. O MEJ também está participando deste processo.

De forma pedagógica, nosso paroco - Pe Devair, dividiu a Assmbléia em 4 etapas que possibilitarão uma participação mais efetiva dos membros das equipes, pastorais, movimentos e leigos no geral (paroquianos) que se dispuserem à este desafio de pensar as ações pastorais da paróquia nos próximos 4 anos.

1ª etapa (6/6/2010): Reflexão com os agentes de pastoral paroquial sobre o 5º Plano Diocesano de Pastoral;
2ª etapa (7 a 30/6/2010 - veja a data do seu grupo na paróquia): Estudo do 5ºPlano Diocesano de Patoral - em grupos, todos os envolvidos deverão ler e aprofundar-se neste documento;
3ª etapa (3/7/2010 - 9h na paróquia São Pedro): Assembléia do Setor Vila Esperança;
4ª etapa (data a definir): Avaliação do 4º Plano de Pastoral Paroquial, elaboração de projetos novos e calendário de 2011.


Segue conteúdo refletido na 1ª fase.
Não compareceu?
Aproveite para inteirar-se do assunto e se preparar para as próximas etapas.
Forte abraço,
Rosangela.


Diocese de São Miguel Paulista
Paróquia São Francisco de Assis
Vila Guilhermina
Setor Vila Esperança
«O 5º Plano Diocesano de Pastoral – uma reflexão com os agentes de pastoral paroquial»

Roteiro e texto:
P. Devair Carlos Poletto


Cumprindo o que nos pede o 5º Plano Diocesano de Pastoral, em sua terceira parte do texto – a de divulgar, acompanhar e avaliar – pretende-se buscar uma «conversão pastoral e renovação missionária das comunidades», iluminando todas as unidades e estruturas pastorais da Diocese (Equipes Diocesanas – Regiões Episcopais – Setores Pastorais e as paróquias e comunidades). É sempre bom pedir ao Espírito Santo que nos ajude e realize como sabemos e experimentamos que Ele, faça acontecer sempre novos e mais fortes Pentecostes na vida da Igreja:

«Vem, Espírito!»[1]
Vem,
ou melhor vamos:
Faze que nós vamos
aonde Tu nos levas.
Tu nunca Te ausentas,
ar que respiramos,
vento que acompanhas,
clima que aconchegas.

Vem,
para levar-nos
por esse Caminho,
o Caminho vivo
que conduz ao Reino.

Vem,
para arrancar-nos,
numa ventania
de verdade e graça,
de tantas raízes
de mentira e medo
que nos escravizam.

Vem, feito uma brisa,
para amaciar-nos,
feito um fogo lento,
um beijo gostos,
a paz a justiça,
o dom da ternura,
a entrega sem cálculos,
o amor sem cobrança,
a Vida da vida.

Vem,
pomba fecunda,
sobre o mundo estéril
e suscita nele
a antiga esperança,
a grande utopia
da Terra sem males,
a antiga,
a nova,
a eterna utopia!

Vem,
vamos,
Espírito!


Conversão pastoral

Os elementos para essa conversão pastoral foram extraídos do documento de Aparecida, números 42, 44 e 367. Essa «conversão pastoral» deve ser o resultado de um olhar dos discípulos missionários sobre a realidade, pois essa desafia o agir pastoral.

Esse olhar dos discípulos – o VER – supõe uma compreensão da realidade que passa pelo aspecto social e cultural, pela situação economica, pela dimensão social e política. Esse momento metodológico é importante e até atraente, porém, não deve ser aquele que motiva a conversão; mas, sim um olhar na mesma perspectiva de Jesus sobre a realidade e consequentemente o agir.
Por isso, na capa do 5º Plano de Pastoral, Jesus está reunido com os apóstolos e aponta o caminho em direção à cidade grande, a megalópole Jerusalém. Embora a inspiração do lema do 5º Plano esteja em Mateus, que houvera inspirado os difíceis anos iniciais do Terceiro Milênio – o 3º Plano de Pastoral -, a imagem da capa nos remete ao evangelista Lucas onde em seu evangelho, estruturalmente, a mensagem e os atos de Jesus são narrados, do ponto de vista literário, durante um itinerário geográfico: de Nazaré para Jerusalém. No olhar atual também somos desafiados: precisamos conservar e fazê-las funcionar bem certas estruturas, mas, não podemos nos acomodar. É preciso se colocar sempre a caminho, em marcha, num Êxodo permanente, espiritual e transformador de vidas. É um diálogo permanente entre a potencialidade que temos na fraqueza e na fragilidade a que vivemos, mas, que segundo o próprio Senhor é profícuo para o nosso crescimento pessoal e comunitário.

Entretanto, uma verdadeira conversão pastoral supõe a realização de uma caminhada ou um itinerário no seguimento a Jesus Cristo e na vida pessoal dos agentes pastorais e sua vida e em comunidade[2]. Trata-se assim, de uma «firme decisão» em aderir ao mandado do Senhor Ressuscitado que inspira todo o 5º Plano sintetizado em Mt 28, 19: «Ide e fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos».

Portanto, é a partir das palavras do Ressuscitado no domingo de Páscoa e no momento de sua Ascensão (cf. Mt 28,5 e Lc 24,5) e a partir dos sinais do Cristo Ressuscitado presentes na Igreja, ela mesma mergulhada naquele tempo-espaço kairológico - que ela roga a graça da conversão para manter viva a esperança.

A conversão é uma exigência para todos. A realidade do mal, do pecado habita no coração de todos, estragando e prejudicando; ninguém está livre deste perigo. A concretização do 5º Plano na vida dos agentes pastorais e nas paróquias e comunidades supõem ver a conversão como uma graça especial. Todos nós precisamos «nascer de novo» como ensina Jesus. A conversão é uma das experiências mais bonitas e transformadoras; ela traz humanidade e divindade em nossa vida. Mas, é preciso ter vontade, pois a Palavra do Senhor permanece para sempre. Ora, esta palavra é a que vos foi anunciada no Evangelho (cf. 1Pd 1,25).

O Apóstolo Paulo ensina: «Sabeis em que momento estamos: já é hora de despertardes do sono. Agora, a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noite está quase passando, o dia vem chegando; abandonemos as obras das trevas e vistamos as armas da luz» (cf. Rm 13,11).

O qué a missão no 5º Plano de Pastoral?
Partindo da reflexão que já fizemos anteriormente, num Retiro da Paróquia Sagrada Família, Setor Ponte Rasa [3], podemos definir a missão da Igreja e a consequente renovação da comunidade, a partir do que ela não é:

1. Ela não é uma «técnica pastoral» para atrair massas;

2. Ela não é um movimento à parte, em conflito com a caminhada da Diocese, com os setores pastorais e a história da paróquia;

3. Ela não é um trabalho pastoral paralelo, uma coisa a mais que realizamos;

4. Ela não é um conjunto de iniciativas pastorais decididas por um pequeno grupo;

5. Ela não é o resultado de pesquisas religiosas;
6. Ela não é um conjunto de palestras para corrigir idéias erradas ou para divulgar normas morais;
7. Ela não é uma solução mágica de todos os problemas pastorais e sociais do lugar onde ela acontece;

8. Ela não é uma demonstração de poder e de força em relação às outras comunidades cristãs;

9. Ela não é uma tropa de assalto de pregadores fanáticos;
10. Ela não é uma espécie de supermercado de produtos religiosos com promoções especiais;

11. Ela não é uma fábrica de milagres poderosos e ostensivos;

12. Ela não é um conjunto de ritos e práticas religiosas com muita gritaria e barulho;

13. Ela não é uma moda pastoral.


A missão não tem tempo certo. Se nós observamos a caminhada pastoral de nossa Diocese, a partir dos Planos Pastorais, podemos perceber que o eixo fundamental é a «missionariedade» [4]:

• o primeiro (1992-1995): «Nossa missão é evangelizar: lançai-vos em águas mais profundas (Lc 5,4)»;
• o segundo (1996-1999): «Nossa missão é evangelizar: com Maria rumo ao novo milênio»;
• o terceiro (2000-2003): «Ide evangelizar! Fazei de todos os meus discípulos (Mt 28, 19)»;
• o quarto (2004-2007): «Vai dizer aos meus irmãos (Jo 20,17)».

A missionariedade sempre esteve presente como «princípio natural» nas atividades dos grupos paroquiais e na história da Diocese desde os tempos da antiga Região Episcopal São Miguel, quando ainda estávamos ligados à Arquidiocese de São Paulo, sob as diretrizes pastorais e espirituais do grande pastor e arauto da esperança, S.Ema. Dom Paulo Evaristo Arns e seus bispos-auxiliares que tinham uma consciência magnânima sobre a realidade da grande cidade. «A constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; e a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5, 4-5), já lembrava o Apóstolo das Gentes.

Assim, o 5º Plano Diocesano quer ser uma continuidade da caminhada da Igreja, a partir de um modo novo de ser Igreja, portanto de uma Igreja sinal e sacramento de comunhão [5], exaustivamente refletido pelas Conferências Episcopais realizadas na América Latina (Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida) e pela CNBB – a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
O 5º. Plano Diocesano quer ser continuidade, mas, uma continuidade em comunhão com a caminhada histórica da Igreja no mundo, mas, sobretudo, no Brasil.

Um roteiro para um despertar missionário
  1. Resgatar as nossas raízes: ter sempre em mente a história da paróquia, lembrar sempre os fatos mais significativos e positivos que a marcou. Valorizar as pessoas que na sua história ajudaram a construí-la entregando com simplicidade seu tempo, seu esforço, sua dedicação. A história não começou com nós. É sempre bom lembrar: «Anchieta chegou aqui há 500 anos». A nossa Diocese tem um passado de intensa atividade pastoral e de intervenção e ação organizada na realidade social local. «A pastoral da Igreja não pode prescindir do contexto histórico onde vivem seus membros. Sua vida acontece em contextos sócio-culturais bem concretos», nos ensina o documento de Aparecida (367-a). Isso significa que precisamos ter sempre os «pés no chão» da realidade da vida da comunidade e da paróquia. O presente não existe sem o passado; o presente não existe sem olhar o caminho já percorrido. O DA aponta também que as «transformações sociais e culturais representam naturalmente novos desafios para a Igreja em sua missão de construir o Reino de Deus. Daí nasce, na fidelidade ao Espírito Santo que a conduz, a necessidade de uma renovação eclesial que implica reformas espirituais, pastorais e também institucionais» (DA, 367-b). O Apóstolo Pedro na sua primeira carta insiste para que nunca nos esqueçamos das nossas origens e da fidelidade ao Evangelho e à caminhada da comunidade. «Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória, no dia da manifestação de Jesus Cristo» (1Pd 1,7).
  2. Lembrar sempre que somos membros do Povo de Deus e que estamos sempre a caminho. É sempre oportuno em nossas Assembléias de Pastoral na paróquia fazer a «memória da caminhada». Como Povo de Deus somos todos protagonistas no agir missionário. «Os leigos devem participar do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da execução» (DA, 371 apud NMI, 29).
  3. Valorizar sempre o dom e a dignidade da vida. No agir missionário levar sempre para as pessoas o anúncio evangélico que dá sentido à nossa vida e à vida das pessoas, através do testemunho de fé e vida dos participantes da comunidade; mostrar a beleza e a importância da vida em comunidade, mas, também da família[6]. Mas para isso é preciso superar o isolamento, o individualismo e favorecer mais o entrosamento, o encontro. Sobre esse assunto muito ainda temos por fazer visto os avanços, mas, também os retrocessos da caminhada da humanidade, sobretudo, nos seus aspectos científicos.
  4. Tomar consciência da realidade. Se nós devemos valorizar a vida em comunidade e vida em família, sempre é útil e necessário realizar análises de conjuntura tanto eclesial como social, tendo como ponto de partida a Palavra e os Atos de Jesus Cristo; é a partir Dele e só Dele que podemos olhar a realidade e observar as dificuldades, as aflições a que passam o Povo de Deus propondo ações novas e projetos pastorais novos. Devemos sempre nos posicionar ao lado de quem sofre mais e isso nos remete novamente à reflexão sobre a necessidade de conversão. Tomar uma posição em favor de quem sofre pode trazer conflitos. Assim também aconteceu com Jesus na sua Palavra e na sua prática (cf. Mt 9,35-38).

Três prioridades interligadas na ação pastoral

O 5º Plano Diocesano de Pastoral propõe três grandes prioridades: a Família, a Missão e a Formação. Essas prioridades devem estar sempre presentes no pensar e no agir na pastoral paroquial. Por serem «prioridades» diocesanas a indicação do plano sugere que não abandonemos os projetos pastorais da paróquia que já realizamos, mas, que as coloquemos sempre no nosso agir na paróquia. Assim, todas as equipes da paróquia devem passar por um processo novo e criativo.

Esse processo novo e criativo deve ser assumido pelo agente de pastoral como um compromisso ou um ministério necessário que anima e esquenta as ações pastorais na paróquia.

Na prática, significa que precisamos agir como comunidade de pessoas, em forma paroquial, tendo em vista sempre uma melhor formação. A paróquia deve oferecer aos seus agentes «oportunidades» e atividades que acrescentem elementos importantes para a formação espiritual e racional de seus membros [7]. Não podemos esquecer nunca que estamos num momento histórico difícil, uma «mudança de época». Olhando para esse fenômeno na História podemos detectar que nesses momentos há uma espécie de reordenamento em todos os campos: na religião, na ciência, nos costumes, na geopolítica. A comunidade não está isolada na e da realidade em que vivemos.

Agentes de pastorais melhores e mais preparados são capazes de entender a realidade das pessoas e, a partir dela, anunciar o Evangelho de Jesus. Mas, essa formação deve se dar na e durante a caminhada.

Oração (cf. DA, 554)
«Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já declina» (Lc 24,29).

Fica conosco, Senhor, acompanha-nos, ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-te.
Fica conosco, porque ao redor de nós as sombras vão se tornando mais densas, e tu és a Luz... Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fração do Pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu ressuscitaste e que nos deste a missão de ser testemunhas de tua ressurreição.
Fica conosco, Senhor, quando ao redor de nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina nossas mentes com a Tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti.
Fica, Senhor, em nossas famílias, ilumina-as em suas dúvidas, sustenta-as nas dificuldades, consola-as em seus sofrimentos e no cansaço de cada dia... Tu que és a Vida, fica em nossos lares, para que continuem sendo ninhos onde nasça a vida humana abundante e generosamente, onde se acolha, se ame, se respeite a vida desde a sua concepção até seu término natural.
Fica, Senhor, com aqueles que em nossas sociedades são os mais vulneráveis; fica com os pobres e humildes, com os indígenas e afro-americanos, que nem sempre encontram espaços e apoio para expressar a riqueza de sua cultura e a sabedoria de sua identidade.
Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são esperança e a riqueza do nosso Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças.
Ó Bom Pastor, fica com nossos anciãos e com nossos enfermos. Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!
Amém!

________________________________________
[1] VER: CASALDÁLIGA, Dom Pedro. Bispo emérito da Prelazia do Araguaia apud KONINGS, Johan. Espírito e Mensagem da liturgia dominical. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia, 1981.
[2] Cf. DA 366: «A conversão pessoal desperta a capacidade de submeter tudo ao serviço da instauração do Reino da vida. Os bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir atitude de permanente conversão pastoral, que implica escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas” (Ap 2,29) através dos sinais dos tempos em que Deus se manifesta».
[3] Cf. POLETTO, Pe. Devair Carlos. « A Paróquia: casa e escola de comunhão para ser rede de comunidades». Março de 2010. Texto mimeo.
[4] Cf. «5º Plano Diocesano de Pastoral», 1ª. Parte – Memória e perspectivas – página 13.
[5] Cf. Concílio Vaticano II. «Constituição Dogmática Lumen Gentium» (Luz dos Povos). Editora Vozes.
[6] Cf. «5º Plano Diocesano de Pastoral», 2ª Parte – Prioridades, páginas 24 a 27. Nessa parte encontramos um roteiro de reflexão sobre a prioridade «Família» que se encerra com as «Pistas de Ação» como sugestões para o desenvolvimento de atividades pastorais na paróquia.
[7] Improvisar é pecado na ação pastoral e evangelizadora. O Pároco, bem como os agentes pastorais leigos da comunidade, ao falar em público e para o público deve sempre comprometer-se consigo mesmo, em preparar um roteiro a partir da realidade em que vive. Homilias bem preparadas, inteligíveis, que sejam capazes de cativar e acender a chama do entendimento e do discernimento produz muitos frutos para a comunidade. Assim, todas as pessoas que, por delegação do Pároco estão autorizadas a ensinar e a fazer uso da Palavra, devem ter essa postura disciplinatória. Quando nos disciplinamos, percebemos que vamos além da chamada «boa-vontade». Tomar sempre cuidado com o perigo da «mesmice». Por isso, é importante sempre estar aberto ao que o outro tem a falar. O Apóstolo Paulo, com toda a sua experiência, nos alerta que o primeiro órgão do corpo humano a ser convertido é o nosso ouvido... E temos 2! Interessante quando lemos o relato da sua conversão (cf. At 9, 1-31) ; diante do Corpo do Ressuscitado, que lhe rendeu a cegueira, é pelo som da voz de Jesus que ele se guia e o coloca a e no «Caminho» da comunidade cristã. Diante da presença do Ressuscitado os sentidos humanos entram em ebulição e mutação. Os colegas cavaleiros ficam mudos e cegos. Os sentidos humanos perdem a razão e desafiam a ciência natural. Ananias, aquele que acolhe e acredita em Paulo, uma pessoa simples da comunidade, com medo, está a quilômetros de distância, mas, sente que vai encontrar-se com ele. A primeira palavra de Ananias para Paulo é essa: «Saul, meu irmão!» (cf. At 9, 17-c).

Romaria do AO-MEJ ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida

Olá pessoal!

Enquanto não postamos todas as informações do fim de semana em Aparecida do Norte, fiquem de olho na rede!

Tem notícias e fotos no site oficial do Santuário:

http://www.a12.com

Ainda neste site, vejam em Redes, o endereço do perfil oficial do Santuário no orkut e deem uma espiadinha nas fotos!

Não irão se arrepender!

Aguardem novas atualizações!
Bjs
Rosângela

domingo, 13 de junho de 2010

A voz do nosso pároco

11º Domingo do Tempo Comum – Ano C – 13 de junho de 2010

Textos:
2Sm 12,7-10.13; Salmo 31; Gl 2,16.19-21; Lc 7,26-8,3

Meus irmãos e minhas irmãs:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

A primeira leitura deste domingo vem do segundo Livro de Samuel, capítulo 12. É o episódio em que Natã, filho de Ati (cf. 1Cr 2,36), faz uma censura ao rei Davi. Natã soube do caso de adultério de Davi e de como ele planejara a morte do marido de sua amante Betsabéia (cf. 2Sm 11). Deus envia Natã para denunciar Davi. Natã relembra os feitos de Deus para com Davi. «Eu te ungi como rei de Israel, e salvei-te das mãos de Saul. Dei-te a casa do teu senhor e pus nos teus braços as mulheres do teu senhor, entregando-te também a casa de Israel e de Judá; e, se isto te parece pouco, vou acrescentar outros favores» (v. 7-8). Natã questiona Davi da razão de ter desprezado a Palavra de Deus. «Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o que lhe desagrada?» (v. 9). Davi nada responde diante das acusações feitas por Deus; simplesmente as reconhece com as palavras: «Pequei contra o Senhor» (v. 13). «Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: Eu irei confessar o meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta!» (Salmo 31, 5). Deus perdoa o pecador arrependido.

Essa leitura, como o Salmo 31, nos alerta sobre o mal que nos rodeia; a arrogância e a soberba. Eis o sentido da censura que Natã faz a Davi. Ninguém está imune a cometer erros. O reconhecimento dos erros devem nos colocar diante do amor gratuito de Deus, por causa do perdão, mas, não sem se colocar no caminho do sofrimento e das consequencias do erro. Todos nós sabemos que Davi, a partir daquele instante passaria por grandes sofrimentos em sua vida, sobretudo dentro de sua própria família: os filhos Adonias e Absalão iriam cobiçar o posto de rei do pai e fizeram de tudo para matar Davi. O filho concebido do adultério iria morrer; Betsabéia iria dar a Davi um segundo filho que foi chamado de Salomão. Salomão foi criado por Natã e mais tarde Salomão herdaria o lugar de Davi.

É preciso sempre estar atento para ser fiel à Aliança estabelecida entre Deus e o povo. A palavra dos profetas de modo algum é uma palavra para atrapalhar a caminhada; o profeta verdadeiro é uma espécie de «sentinela» da Lei e da Aliança. É para o nosso bem que Deus envia os profetas.

Na segunda leitura Paulo nos convida a refletir sobre o tema essencial que está contido na primeira leitura. É preciso vigiar; é preciso não perder o foco na caminhada de fé e no seguimento a Jesus Cristo. Os gálatas viviam na região da Galácia que corresponde hoje à região central da Turquia.

Paulo reconta aos gálatas a sua experiência pessoal para com Deus ao encontrar-se com o Cristo Ressuscitado. Para ele, que era fiel observador da Lei de Moisés, mas, que vivia como que cego para a «graça» e a para o amor gratuito de Deus, a verdadeira Notícia, a verdadeira Palavra e a verdadeira Lei está em Jesus Cristo e não mais na antiga Lei de Moisés. «Sabendo que ninguém é justificado por observar a Lei de Moisés, mas Por crer em Jesus Cristo, nós também abraçamos a fé em Jesus Cristo» (v.16). O documento de Aparecida nos diz: «Se o pecado deteriorou a imagem de Deus no homem e feriu a sua condição, a Boa Nova, que é Cristo, o redimiu e o restabeleceu na graça» (DA, 109). Esta graça atua no coração de toda pessoa, sendo fonte de esperança, liberdade autêntica, comunhão e paz. É o que Paulo dirá claramente: «Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e por mim se entregou» (v. 20). E conclui: «Eu não desprezo a graça de Deus» (v. 21).

No Evangelho de Lucas, capítulo 7, é uma sequência do episódio anterior em que Jesus ressuscita o filho da viúva da cidade de Naim. Lá naquele episódio o povo o reconhece como «profeta». No evangelho de hoje, Jesus começa a ter atitudes que provoca escândalos e bagunça a cabeça dos discípulos e seus seguidores, bem como das pessoas mais poderosas.

Ele vai à casa de um fariseu fazer refeição (cf. v. 36). No entanto, uma mulher reconhecidamente pecadora vai até lá e com um frasco de alabastro com perfume, unge os pés de Jesus (cf. v.37).

Diante da reação de escândalo por parte do fariseu, Jesus conta a parábola dos 2 devedores; diante da conclusão óbvia da parábola – ou seja, quem deve mais e é perdoado ama mais quem o perdoou – Jesus atualiza a parábola para o contexto real da vida.

O fariseu considerava-se um homem sem pecado, já salvo – pois seguia a Lei; talvez, nem tenha tomado as atitudes práticas ordenadas pela Lei com relação à hospitalidade e aos visitantes por considerar Jesus também um homem sem pecados. Mas, Jesus não é igual ao fariseu. A diferença está no fato de que a fé de Jesus no Pai não é uma fé de aparência; mas, é uma fé vivida no coração. O fariseu em seu íntimo julga Jesus, embora por fora, o trate bem e até sorria para ele. «Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora» (v. 39). O fariseu vai contra a conclusão do povo no episódio de Naim.

Jesus, por conta da atitude dela, perdoa os pecados da mulher. «Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor. E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”» (v. 47-48).E Jesus causa maior escândalo pois aí não só o fariseu rejeita a atitude de Jesus, mas, todos os outros convidados.

O Evangelho conclui dizendo que a partir daí as mulheres passaram a fazer parte do seu grupo.

Irmãos e irmãs:
Deus levou para junto de si Santo Antônio de Pádua no dia 13 de junho de 1231. Esse presbítero e doutor da Igreja foi um grande homem, apesar de viver apenas 36 anos.
Nascido em Lisboa, aos 15 anos deu uma grande alegria para a sua família: ser padre. Com 15 anos entrou para a ordem dos padres agostinianos. Lá adotou o nome religioso de Antonio. Seu nome de batismo era Fernando.
Santo Antônio era um apaixonado pela Sagrada Escritura, pela Palavra de Deus. Dele se falava que tinha sempre às mãos o Antigo e o Novo Testamento. Na ordem dos agostinianos aprendeu a teologia da Palavra. As suas pregações, sempre inspiradas nas palavras de Cristo, foram «sal da terra». Ele costuma dizer que quando estava sofrendo ou passando por alguma provação e olhava para a imagem de Jesus Cristo sentia-se confortado.

A segunda comparação é a da luz. A luz serve para iluminar. Com a luz sabemos enxergar melhor as coisas.

Santo Antônio sempre dizia que as suas palavras e seus milagres deviam servir para que as pessoas pudessem ver melhor Jesus Cristo e ter mais gosto por Ele.

Foi ser missionário no Marrocos, na África, numa terra distante onde a palavra de Cristo ainda não tinha sido pregada. Seu superior no convento, São Francisco de Assis, nosso padroeiro, o convenceu a ensinar teologia.

Caríssimos irmãos:
Santo Antonio é de grande atualidade para nós. Não devemos nos iludir com os elogios e a admiração das pessoas quando fazemos o bem. Deus é louvado não quando os homens o aplaudem, mas, quando se deixam conquistar por seu amor.

Grandioso pregador, Santo Antonio foi uma testemunha de Deus através da sua vida.
(Texto: Padre Devair Carlos Poleto - 13/6/2010)

Solenidade de Corpus Christi - Parte 2

"A festa de Corpus Christi, nasceu da necessidade de mostrar ao mundo a riqueza de nossos sacrários"
(Dom Manuel durante sua homilia)



Neste mesmo dia (03/06/2010) na parte da tarde, participamos da missa celebrada por nosso bispo: Dom Manuel. A missa aconteceu na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, que fica em frente a Catedral de São Miguel.

Milhares de pessoas estiveram presente, a praça estava repleta de fiéis que reunidos ao clero e ao bispo celebraram este dia tão importante para nós e para a Igreja.

Durante a missa, o MEJ São Francisco representou nosso Movimento junto ao Setor Juventude Diocesano, participando da procissão das ofertas.

Ao final da Missa, seguimos - junto à multidão - em procissão pelas ruas de São Miguel, acompanhando o Santíssimo Sacramento - Jesus Eucarístico!

Participar da Solenidade de Corpus Christi em nossa diocese torna-se um evento extremamente marcante em nossa trajetória como Movimento Eucarístico Jovem.

Eucaristia: um dos Pilares do MEJ.

Vivenciar este dia junto dos nossos pastores - bispo e sacerdotes, apresenta um Movimento que está inserido e atuante nas comunidades paroquiais, que não quer segregar, quer unir seus membros ao Corpo de Cristo, que é Igreja.


Solenidade de Corpus Christi

Celebramos a solenidade de Corpus Christi, às 9h da manhã do dia 3 de junho, em nossa paróquia.

Segue texto da reflexão das leituras deste dia festivo. Vale a pena conferir!


Corpus Christi – Ano C – 3 de junho de 2010
Textos:
Gn 14,18-20; Salmo 109; 1Cor 11,23-26; Lc 9, 11-b-17

Meus irmãos e minhas irmãs:

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

A primeira leitura é do livro do Gênesis, capítulo 14, versículos 18 a 20. Esse capítulo está inserido na narrativa que nos relata o caminho percorrido por Abraão e o processo de transformação a que ele fora submetido por Deus. O livro do Gênesis nos conta que Abraão teve de experimentar a fé – crer nas promessas absurdas que Deus havia feito para ele – para se transformar no que mais tarde, seria chamado de «Pai da Fé» ou «Patriarca». E isso é uma beleza da Revelação de Deus! É preciso «experimentar» a fé; é preciso inserir a fé na vida, no cotidiano, nas relações pessoais e sociais. Abraão é descendente de Sem, um dos filhos de Noé. A caminhada realizada por Abraão introduz elementos importantes à sua relação de fé com Deus. Abraão teve uma vida agitada na velhice. Deus fora ao seu encontro e o chamou (cf. Gn 12,1-8); Deus o envia ao Egito (cf. Gn 12, 10-20); viveu em meio a guerras regionais, de cidade contra cidade, uma violência sem fim (cf. Gn 14,1-16). Por conta da guerra chegou a perdeu seus bens, seu rebanho, teve parentes seqüestrados por exércitos. Teve que guerrear contra os inimigos de sua família, mas, também teve de resolver contendas e divisões na sua própria família.

Na caminhada realizada por Abraão a Palavra de Deus destaca o seu encontro com o rei de Jerusalém, um sacerdote pagão chamado Melquisedec; esse rei-sacerdote ajuda Abraão na sua luta com um gesto muito simples: envia comida, suprimentos, pão e vinho. O povo que veio depois de Abraão ao recontar a história do Patriarca viu nesse gesto de Melquisedec um traço do sacerdócio querido por Deus. O rei-sacerdote que abençoa e socorre um estrangeiro que acabara de chegar de uma guerra. Por isso, David em suas orações relembrará desse gesto e nos ensinará que o Povo de Deus é um povo sacerdotal: que dá e oferta o que tem a quem precisa e abençoa quem precisa (cf. Salmo 109,4). Por isso, ele é chamado de «sacerdote de Deus Altíssimo» (cf. Gn 14, 18). «Naqueles dias, Melquisedec, rei de Salém, trouxe pão e vinho e, como sacerdote do Deus Altíssimo, abençoou Abrão (v. 18 e 19). Abraão viu na atitude desse rei-sacerdote uma espécie de recado de Deus; por isso, relata a Bíblia que ele deu o dízimo a esse sacerdote. «E Abrão entregou-lhe o dízimo de tudo» (v. 20). O gesto de Melquisedec e a atitude de Abraão irão inspirar Moisés muitos séculos depois ao instituir a Festa da Páscoa. Por isso, a Igreja celebra Corpus Christi inserida no ambiente espiritual da Páscoa, da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, pois o Filho de Deus deu a sua vida generosamente para a salvação da humanidade. A festa de Corpus Christi não é uma festa só para relembrar a caminhada do Povo de Deus, mas, uma festa para retomar o significado da entrega e do doar-se para o bem do próximo. Esse entendimento espiritual ainda não atingiu a alma da humanidade.

Na segunda leitura, Paulo na primeira carta aos Coríntios recorda a quinta-feira Santa, a Ceia celebrada por Jesus com seus discípulos. Nesse dia Jesus instituiu a Eucaristia como sacramento de vida para os que crêem. O sacrifício de Cristo torna-se «memorial» novo e uma espécie de mandamento novo. É preciso caminhar. A caminhada nesta vida é difícil; parece uma guerra diária, mas, é preciso colocar-se nesse caminho e aprender a ser generoso com a vida. Infelizmente, esse entendimento espiritual não alcança a inteligência e alma de outros cristãos. Para «outros cristãos», Corpus Christi é visto como um dia para celebrar uma «marcha», qual tropa de exército para derrotar os inimigos; de exibição e ostentação de poder. Ficamos chocados e atordoados com a notícia de que o exército de Israel mata e bombardeiam pessoas que estavam em navios que levavam comida, bebida e remédios para o povo pobre, em sua maioria crianças e mulheres, da Faixa de Gaza, numa missão organizada pela ONU. «Panis Angélicus, fit panis hominum, dat panis cœlicus figuris terminum. O Res mirabilis! manducat Dominum, Pauper, pauper servus et humilis!» (de César Franck, compositor belga, de Liége), ou seja, «o Pão dos Anjos, torna-se pão dos homens, e o Pão dos céus dá fim aos velhos símbolos. Oh Coisa admirável! O Senhor é a comida!». O pobre e o sofredor se alimentam do Pão de Deus. O alimento verdadeiro, a força verdadeira vem da comunhão, da partilha e da fraternidade. Corpus Christi não é um dia para alimentar ódio, a intolerância religiosa e poder entre os homens. Corpus Christi é um dia para lembrarmos que, aos olhos de Deus, somos iguais e somos abençoados em nossas diferenças. Por isso, a Igreja Católica instituiu essa «Festa do Senhor» como sinal de unidade entre os homens e povos da terra. Ela tomou força maior na Alemanha, na cidade de Colônia, no século 13, como uma festa católica e cristã e para ser sinal e uma chamada de atenção ao mundo, aos povos e às sociedades de que o mundo pode ser melhor se houver respeito à vida dada por Deus; se houver respeito e generosidade com os bens materiais. «Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram» (v. 16-17). A vida é bela nos ensina a festa de Corpus Christi e o Evangelho de hoje nos apresenta a multiplicação e partilha dos pães. Por isso, nosso povo simples tenta passar esse recado fundamental: é só partilhando, amando o outro ser humano que podemos trilhar os caminhos de Deus; é preciso enfeitar a rua, as janelas, as casas nesse dia, pois Deus está junto de nós a cada passo no caminho. Deus caminha conosco.

Irmãos e irmãs:

Não estamos em marcha para a mesa Eucarística; nós já estamos à Mesa da Eucaristia, aguardando e esperando a chegada dos irmãos pródigos que quiseram se aventurar na vida e na História. Somos as pessoas mais amadas por Deus e Ele nos chamou para que, na sua casa, sentados à mesa e partilharmos juntos as nossas vidas. A fé não está no «marchar» em direção à Eucaristia, pois, já nos alimentamos – por bondade, amor e misericórdia de Deus – do próprio Deus em sua Palavra e sua entrega total para a nossa salvação. «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele, diz o Senhor Jesus» (cf. Jo 6,57).
(Texto: Padre Devair Carlos Poleto - 3/6/2010)

ATUALIZAÇÕES: Veja onde o nosso MEJ esteve nos últimos dias!

A agenda do MEJ esteve movimentada nos últimos dias e acabamos deixando de registrar de imediato as últimas atividades do grupo. Porém, sempre é tempo! Acompanhe e atualize-se!

No último dia 30/05, na missa das 18h30min, o MEJ participou jundo à outros grupos da paróquia, da Coroação de Nossa Senhora!

O mês de maio é um mês dedicado à Maria Santíssima e a Coroação é um gesto que simboliza todo nosso amor à ela.

Dentro dos objetivos do nosso 5º Plano Diocesano de Pastoral, este ano, na celebração da coroação, refletimos brevemente sobre transmissão da devoção à Nossa Senhora que é passada de geração a geração no decorrer da história, através das famílias.

"A fé em Deus, a devoção à Nossa Senhora, vem sendo transmitida de geração em geração (especialmente pela religiosidade popular) e por mais que pareça difícil ou que esteja deixando de existir, continuamos firmes no espírito missionário, levando a palavra de Jesus e o exemplo de Maria às gerações futuras."

Como não poderia ser diferente, a coroa ficou sob a guarda de uma família que, entregando todas as famílias da nossa comunidade sob a proteção da Mãe, repleta de emoção coroou Maria Rainha do Céu.

"Entregando todas as famílias sob a proteção de Nossa Senhora e agradecendo a ela por tudo que fez, pelo exemplo de amor deixado a nós, oferecemos a Ela, uma vez mais, esta coroa que simboliza todo nosso amor e devoção!"

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