Apresentação MEJ Brasil - 1º Congresso Mundial do MEJ - 2012

Hino do Congresso Internacional do MEJ 2012 Argentina - Escute aqui!

domingo, 13 de junho de 2010

A voz do nosso pároco

11º Domingo do Tempo Comum – Ano C – 13 de junho de 2010

Textos:
2Sm 12,7-10.13; Salmo 31; Gl 2,16.19-21; Lc 7,26-8,3

Meus irmãos e minhas irmãs:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

A primeira leitura deste domingo vem do segundo Livro de Samuel, capítulo 12. É o episódio em que Natã, filho de Ati (cf. 1Cr 2,36), faz uma censura ao rei Davi. Natã soube do caso de adultério de Davi e de como ele planejara a morte do marido de sua amante Betsabéia (cf. 2Sm 11). Deus envia Natã para denunciar Davi. Natã relembra os feitos de Deus para com Davi. «Eu te ungi como rei de Israel, e salvei-te das mãos de Saul. Dei-te a casa do teu senhor e pus nos teus braços as mulheres do teu senhor, entregando-te também a casa de Israel e de Judá; e, se isto te parece pouco, vou acrescentar outros favores» (v. 7-8). Natã questiona Davi da razão de ter desprezado a Palavra de Deus. «Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o que lhe desagrada?» (v. 9). Davi nada responde diante das acusações feitas por Deus; simplesmente as reconhece com as palavras: «Pequei contra o Senhor» (v. 13). «Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: Eu irei confessar o meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta!» (Salmo 31, 5). Deus perdoa o pecador arrependido.

Essa leitura, como o Salmo 31, nos alerta sobre o mal que nos rodeia; a arrogância e a soberba. Eis o sentido da censura que Natã faz a Davi. Ninguém está imune a cometer erros. O reconhecimento dos erros devem nos colocar diante do amor gratuito de Deus, por causa do perdão, mas, não sem se colocar no caminho do sofrimento e das consequencias do erro. Todos nós sabemos que Davi, a partir daquele instante passaria por grandes sofrimentos em sua vida, sobretudo dentro de sua própria família: os filhos Adonias e Absalão iriam cobiçar o posto de rei do pai e fizeram de tudo para matar Davi. O filho concebido do adultério iria morrer; Betsabéia iria dar a Davi um segundo filho que foi chamado de Salomão. Salomão foi criado por Natã e mais tarde Salomão herdaria o lugar de Davi.

É preciso sempre estar atento para ser fiel à Aliança estabelecida entre Deus e o povo. A palavra dos profetas de modo algum é uma palavra para atrapalhar a caminhada; o profeta verdadeiro é uma espécie de «sentinela» da Lei e da Aliança. É para o nosso bem que Deus envia os profetas.

Na segunda leitura Paulo nos convida a refletir sobre o tema essencial que está contido na primeira leitura. É preciso vigiar; é preciso não perder o foco na caminhada de fé e no seguimento a Jesus Cristo. Os gálatas viviam na região da Galácia que corresponde hoje à região central da Turquia.

Paulo reconta aos gálatas a sua experiência pessoal para com Deus ao encontrar-se com o Cristo Ressuscitado. Para ele, que era fiel observador da Lei de Moisés, mas, que vivia como que cego para a «graça» e a para o amor gratuito de Deus, a verdadeira Notícia, a verdadeira Palavra e a verdadeira Lei está em Jesus Cristo e não mais na antiga Lei de Moisés. «Sabendo que ninguém é justificado por observar a Lei de Moisés, mas Por crer em Jesus Cristo, nós também abraçamos a fé em Jesus Cristo» (v.16). O documento de Aparecida nos diz: «Se o pecado deteriorou a imagem de Deus no homem e feriu a sua condição, a Boa Nova, que é Cristo, o redimiu e o restabeleceu na graça» (DA, 109). Esta graça atua no coração de toda pessoa, sendo fonte de esperança, liberdade autêntica, comunhão e paz. É o que Paulo dirá claramente: «Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e por mim se entregou» (v. 20). E conclui: «Eu não desprezo a graça de Deus» (v. 21).

No Evangelho de Lucas, capítulo 7, é uma sequência do episódio anterior em que Jesus ressuscita o filho da viúva da cidade de Naim. Lá naquele episódio o povo o reconhece como «profeta». No evangelho de hoje, Jesus começa a ter atitudes que provoca escândalos e bagunça a cabeça dos discípulos e seus seguidores, bem como das pessoas mais poderosas.

Ele vai à casa de um fariseu fazer refeição (cf. v. 36). No entanto, uma mulher reconhecidamente pecadora vai até lá e com um frasco de alabastro com perfume, unge os pés de Jesus (cf. v.37).

Diante da reação de escândalo por parte do fariseu, Jesus conta a parábola dos 2 devedores; diante da conclusão óbvia da parábola – ou seja, quem deve mais e é perdoado ama mais quem o perdoou – Jesus atualiza a parábola para o contexto real da vida.

O fariseu considerava-se um homem sem pecado, já salvo – pois seguia a Lei; talvez, nem tenha tomado as atitudes práticas ordenadas pela Lei com relação à hospitalidade e aos visitantes por considerar Jesus também um homem sem pecados. Mas, Jesus não é igual ao fariseu. A diferença está no fato de que a fé de Jesus no Pai não é uma fé de aparência; mas, é uma fé vivida no coração. O fariseu em seu íntimo julga Jesus, embora por fora, o trate bem e até sorria para ele. «Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora» (v. 39). O fariseu vai contra a conclusão do povo no episódio de Naim.

Jesus, por conta da atitude dela, perdoa os pecados da mulher. «Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor. E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”» (v. 47-48).E Jesus causa maior escândalo pois aí não só o fariseu rejeita a atitude de Jesus, mas, todos os outros convidados.

O Evangelho conclui dizendo que a partir daí as mulheres passaram a fazer parte do seu grupo.

Irmãos e irmãs:
Deus levou para junto de si Santo Antônio de Pádua no dia 13 de junho de 1231. Esse presbítero e doutor da Igreja foi um grande homem, apesar de viver apenas 36 anos.
Nascido em Lisboa, aos 15 anos deu uma grande alegria para a sua família: ser padre. Com 15 anos entrou para a ordem dos padres agostinianos. Lá adotou o nome religioso de Antonio. Seu nome de batismo era Fernando.
Santo Antônio era um apaixonado pela Sagrada Escritura, pela Palavra de Deus. Dele se falava que tinha sempre às mãos o Antigo e o Novo Testamento. Na ordem dos agostinianos aprendeu a teologia da Palavra. As suas pregações, sempre inspiradas nas palavras de Cristo, foram «sal da terra». Ele costuma dizer que quando estava sofrendo ou passando por alguma provação e olhava para a imagem de Jesus Cristo sentia-se confortado.

A segunda comparação é a da luz. A luz serve para iluminar. Com a luz sabemos enxergar melhor as coisas.

Santo Antônio sempre dizia que as suas palavras e seus milagres deviam servir para que as pessoas pudessem ver melhor Jesus Cristo e ter mais gosto por Ele.

Foi ser missionário no Marrocos, na África, numa terra distante onde a palavra de Cristo ainda não tinha sido pregada. Seu superior no convento, São Francisco de Assis, nosso padroeiro, o convenceu a ensinar teologia.

Caríssimos irmãos:
Santo Antonio é de grande atualidade para nós. Não devemos nos iludir com os elogios e a admiração das pessoas quando fazemos o bem. Deus é louvado não quando os homens o aplaudem, mas, quando se deixam conquistar por seu amor.

Grandioso pregador, Santo Antonio foi uma testemunha de Deus através da sua vida.
(Texto: Padre Devair Carlos Poleto - 13/6/2010)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Futebol

Disco

Motocross

Mario Bross