Apresentação MEJ Brasil - 1º Congresso Mundial do MEJ - 2012

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sábado, 30 de abril de 2011

João Paulo II, um pontificado de recordes e curiosidades

Os 26 anos e meio de Pontificado de João Paulo II, entre 1978 e 2005, estão marcados pelos números mais surpreendentes e muitas “primeiras vezes” históricas.

Além de ter sido o primeiro Papa polaco, o futuro beato foi o primeiro oriundo de um país comunista, numa altura em que ainda existia a “cortina de ferro” na Europa.

Foi o primeiro Papa a repetir nomes dos seus dois imediatos predecessores e o único a ter sido atingido a tiro na rua.

No Natal, costumava oferecer aos amigos, cardeais e todos os trabalhadores no Vaticano uma garrafa de vinho e um pão doce de limão com passas.

Ia confessar em todas as sextas-feiras Santas na basílica de São Pedro, batizava na sua capela privada os filhos dos seus amigos ou dos seus mais modestos colaboradores e casou um serralheiro com uma mecanógrafa.

João Paulo II realizou três exorcismos durante o pontificado, sendo o mais conhecido o realizado a uma jovem, em 1982, que se mostrou muito agitada durante a audiência geral.

No dia 13 de abril de 1986, o Papa polaco realizou um gesto histórico ao visitar a sinagoga de Roma, e foi o primeiro Papa a ter rezado numa Mesquita, na Síria.

Pediu perdão pelas faltas humanas cometidas pela Igreja Católica numa intervenção a 12 de março de 2000, ano do Jubileu.

O Papa Wojtyla recebeu no Vaticano uma delegação oficial da Igreja Ortodoxa da Grécia, a primeira desde o cisma de 1054.

Em agosto de 2002, celebrou uma Missa em Cracóvia que reuniu 2 milhões de fiéis, considerada a maior de sempre.

João Paulo II proclamou 1338 beatos e canonizou 482 santos, mais do que em todos os pontificados desde a criação da Congregação dos Ritos (hoje Congregação para as Causas dos Santos), em 1588.

Teve o terceiro maior pontificado da historia, durante o qual realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália, a que se juntam 146 nesse país: visitou 129 países diferentes e mais de mil cidades, num total de quase 1300 quilómetros percorridos, suficientes para mais de três viagens entre a terra e a lua e 29 voltas à terra.

Nestas viagens pronunciou 3288 discursos e esteve fora do Vaticano um total de dias correspondentes a dois anos e três meses.

Escreveu 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas, 46 cartas apostólicas.

O falecido Papa encontrou-se com 17,5 milhões de pessoas em 1164 audiências semanais; mais de mil chefes de Estado e de Governo passaram pelo Vaticano.

Fonte: http://www.radiovaticana.org/por/articolo.asp?c=481857 (Acesso 30/04/2011 às 22:12)

O último dia de João Paulo II

Testemunho da enfermeira que assistiu o Papa até sua morte



ROMA, sábado, 30 de abril de 2011 (ZENIT.org) - "Fui chamada no final da manhã. Corri, pois tinha medo de não chegar a tempo. No entanto, ele me esperava. 'Bom dia, Santidade, hoje faz sol', disse-lhe em seguida, porque era a notícia que o alegrava no hospital."

Esta é a lembrança de Ritia Megliorin, ex-enfermeira chefe do serviço de reanimação na Policlínica Gemelli, na manhã de 2 de abril, quando foi chamada ao apartamento pontifício, à cabeceira de João Paulo II, o Papa agonizante.

"Não achei que ele fosse me reconhecer. Ele me olhou. Não com esse olhar inquisitivo que usava para entender imediatamente como estava sua saúde. Era um olhar doce, que me comoveu", acrescenta a mulher.

"Senti a necessidade de apoiar a cabeça em suas mãos; permiti-me o luxo de receber seu último carinho, com suas mãos pousando sobre o meu rosto, enquanto ele olhava fixamente para o quadro do Cristo sofredor que estava pendurado na parede na frente da sua cama."

Enquanto isso, ouvindo da Praça, os cantos, orações, as aclamações dos jovens, que se tornavam cada vez mais fortes, a mulher perguntou ao cardeal Dziwisz se estas vozes não estariam incomodando o Papa. "Mas ele, levando-me até a janela, disse-me: 'Rita, estes são os filhos que vieram se despedir do seu pai'."

Eles se conheceram em janeiro de 2005, quando as condições de saúde de Wojtyla tinham se agravado. Megliorin explica que, naqueles dias de começo de ano, chegando ao hospital para começar o trabalho e sem saber que o Papa tinha sido internado, foi-lhe dito que se apressasse, que fosse até o 10° andar, porque lá estava "um hóspede especial".

"Imaginem - diz a mulher - um lugar onde não existe o espaço e onde não existe o tempo, e imaginem somente muita luz." Foi esta luz que acompanhou os dias do Pontífice.

"Naqueles meses, toda manhã, eu entrava no seu quarto e o encontrava já acordado, porque ele rezava desde as 3h. Eu abria as persianas e, dirigindo-me a ele, dizia: 'Bom dia, Santidade, hoje faz sol'. Aproximava-me e ele me abençoava. Eu me ajoelhava e ele acariciava o meu rosto."

Este era o ritual que dava início aos dias de Wojtyla. "No demais, eu era uma enfermeira inflexível e ele era enfermo inflexível. Queria estar a par de tudo, da doença, da sua gravidade. Quando não entendia, olhava para mim como pedindo que lhe explicasse melhor."

"Ele nunca deixou de estudar os problemas do homem. Lembro-me dos livros de genética, por exemplo, que ele consultava e estudava com atenção, inclusive naquelas condições." Isso refletia o seu não querer se render, esse querer viver a graça da vida recebida: "Cada dia, dizíamos um ao outro que 'todo problema tem solução'".

E o Papa dizia isso também e sobretudo às pessoas com quem se encontrava, por quem sentia um amor de pai. "E como todo pai, sentia uma predileção pelos mais fracos. Por exemplo, na Jornada Mundial da Juventude de Tor Vergata, em Roma, ele cumprimentou os jovens que estavam no fundo, pensando que provavelmente não tinham conseguido vê-lo direito. Também no hospital, ele se dedicava aos mais humildes e não tanto aos grandes professores; perguntava-lhes por suas famílias, se tinham crianças em casa."

Recordando, no entanto, as últimas internações, a enfermeira acrescentou: "O Papa viveu os momentos talvez mais difíceis na Policlínica", mas "assistir os doentes é um dom, pelo menos para quem acredita em Deus. E contudo, também para quem não tem fé, é uma experiência única".

Para quem compreende plenamente o sentido do que Megliorin entende, tornam-se estridentes as perguntas de tantos jornalistas, reunidos na Universidade Pontifícia da Santa Cruz para escutar, em um encontro com a mídia, o testemunho da enfermeira.

Alguns se perguntam se um filme sobre a vida de Wojtyla corresponde à verdade, sobretudo o fragmento no qual o filme conta que o Papa teve espasmos no momento da sua morte. Perguntas extravagantes, às vezes inoportunas, se não fossem de gosto duvidoso. De fato, a enfermeira pergunta quantas pessoas da sala assistiram à perda de um progenitor nos próprios braços: "Não posso responder - explica a contragosto. Quem não viveu isso não pode entender".

Então, "a morte foi um alívio?", insiste outro. "A morte nunca é um alívio - replica a mulher. Como enfermeira, posso dizer somente que existe um limite no tratamento, para além do qual esta se converte em um tratamento médico agressivo." A curiosidade por saber se Wojtyla se engasgava ou não, se tinha força para comer, beber ou respirar, tudo isso é uma violação da intimidade de um corpo, da sacralidade de uma vida. Seu pensamento volta às palavras de Wojtyla que, no entanto, "restituiu a dignidade ao enfermo", recorda Megliorin.

Na carta apostólica 'Salvifici doloris', de 1984, João Paulo II escreve que a dor "é um tema universal que acompanha o homem em todos os graus da longitude e latitude geográfica, ou seja, que coexiste com ele no mundo". Também escreve que "o sofrimento parece pertencer à transcendência do homem: é um desses pontos nos quais o homem parece, de certa forma, 'destinado' a superar a si mesmo e chega a isso de maneira misteriosa".

João Paulo II, "no último momento da sua vida terrena - conclui Rita Megliorin -, resgatou a sua cruz, encarregando-se não somente da sua, mas também das de todos os que sofrem. Fez isso com a alegria que nasce da esperança de acreditar em um amanhã melhor. Acho, inclusive, que ele tinha a esperança de um hoje melhor".

(Por Mariaelena Finessi)

Fonte: http://www.zenit.org/article-27831?l=portuguese (Acesso 30/04/2011 às 17:52)

Cracóvia: percorrendo os caminhos de Wojtyla

A cidade polonesa também se prepara para a beatificação


Por Chiara Santomiero


CRACÓVIA, sexta-feira, 29 de abril de 2011 (ZENIT.org) - São 37 os lugares designados pela prefeitura de Cracóvia para o circuito “Percorrendo os caminhos de João Paulo II”, que conduz o peregrino à presença de Wojtyla na cidade, como estudante, operário, ator, seminarista, jovem sacerdote, professor, bispo, cardeal e Papa.

A imagem de João Paulo II se vê em todas as partes da cidade. No palácio arcebispal, destaca-se na janela onde ele aparecia para saudar os fiéis.

Um papa sorridente também surge no altar da basílica Mariacka, na praça central da cidade, onde de 1952 a 1957 ele atuou como sacerdote.

Na paróquia de São Floriano, onde a partir de 1949 Wojtyla foi vigário e começou a “inventar” a pastoral juvenil que culminaria nas Jornadas Mundiais da Juventude, sua imagem abaixo à do mártir romano.

Na cripta da catedral de Santo Estanislau, no interior do castelo de Wawel, Wojtyla celebrou sua primeira missa, a 2 de novembro de 1946. Com frequência ele ia rezar ali durante seu tempo de bispo. Como pontífice, visitou-a para agradecer pelos 50 anos de sacerdócio.

Nesse lugar estão enterrados os heróis da história nacional polonesa, desde o rei Sobieski, que derrotou os otomanos ante os muros de Viena, em 1683, ao marechal Pilsudski, que em 1918 converteu-se no presidente da nova República da Polônia, depois de dois séculos em que o país tinha desaparecido do mapa europeu.

“O bispo Wojtyla – conta monsenhor Zdzislaw Sochacki, pároco da catedral – dizia frequentemente que não se podia entrar nessa cripta sem sentir comoção, pois se trata de um lugar extraordinário para a história da Polônia e de todos os poloneses.”

“João Paulo II se identificava com a história de sua pátria, ele se sentia parte dessa história, e muitas vezes afirmou que estava presente neste lugar com seu pensamento.”

Um sentimento de unidade nacional que não estava separado da identidade cristã. “Seu ministério de pastor em Cracóvia – afirma Sochacki – teve como característica principal o serviço da unidade, o ser pastor para todos.”

Em breve, na catedral de Wawel haverá uma capela dedicada ao futuro beato. “Através de sua intercessão – conclui Sochacki – os poloneses saberão não perder o sentido de sua unidade nacional”.

Fonte: http://www.zenit.org/article-27828?l=portuguese (Acesso 30/04/2011 às 13:02)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ampola com sangue de João Paulo II é a relíquia escolhida para a sua beatificação

Relicário será exposto durante a celebração do próximo dia 1 de Maio.

Uma ampola com sangue de João Paulo II vai ser exposta como relíquia no rito da sua beatificação no próximo dia 1 de Maio .

Em comunicado, refere-se que o Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice (DCLSP) preparou um “relicário” em que será apresentado o sangue, recolhido aquando dos últimos dias de vida de Karol Wojtyla (1920-2005), tendo em vista uma eventual transfusão.

Uma relíquia é um objecto preservado com o propósito de ser venerado religiosamente: uma peça associada a uma história religiosa, um objecto pessoal, partes do corpo de um santo ou de um beato.

As relíquias são usualmente guardadas em receptáculos próprios chamados relicários.

O sangue de João Paulo II recolhido para o centro de transfusões do hospital «Bambino Gesú», em Roma, acabou por ficar guardado em quatro recipientes.

Dois deles foram entregues ao secretário particular do Papa polaco, o actual cardeal Stanislaw Dziwisz, e os outros dois ficaram no referido hospital, que cederá agora uma ampola ao DCLSP.

A Santa Sé refere que o sangue se encontra em estado líquido, explicando o facto com a presença de “uma substância anticoagulante presente nas provetas, no momento da extracção”.

A beatificação de João Paulo II, a1 de Maio , no Vaticano, será presidida pelo seu sucessor, Bento XVI, que vai apresentar o Papa polaco aos católicos como modelo de vida e intercessor junto de Deus, passados pouco mais de seis anos após a sua morte.

Fonte: http://www.radiovaticana.org/por/articolo.asp?c=481854 (Acesso 28/04/2011 às 18:55)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

João Paulo II, “o passageiro ideal”

Entrevista com Antonio Berardo, piloto de helicóptero de Wojtyla

ROMA, quarta-feira, 20 de abril de 2011 (ZENIT.org) - João Paulo II era o passageiro ideal: "Durante os voos, ele nunca manifestou preocupações concretas ou medos", segundo relata Antonio Berardo, piloto de helicóptero do Papa Wojtyla. Ao longo de 20 anos, ele conduziu o Pontífice pelos céus, viajando por toda a Itália.

"Lembro-me de uma vez em que fomos ao aeroporto de Orio al Serio - conta o comandante. Havia um temporal fortíssimo. O Papa estava sentado tranquila e serenamente; nós realizamos as nossas operações e tudo correu bem. Também quando havia turbulências, algo que acontece frequentemente com um helicóptero, nunca víamos o Papa tenso ou preocupado. Era o passageiro ideal, tranquilo."

ZENIT: O que João Paulo II fazia durante o voo?

Berardo: Durante a viagem, o Papa normalmente lia ou olhava atentamente e com curiosidade pela janela, sobretudo quando voávamos por regiões montanhosas, e admirava as paisagens nevadas.

ZENIT: O Papa gostava de fazer excursões fora do programa?

Berardo: Sim, é verdade. Durante os traslados, sobretudo os das quartas-feiras, do Vaticano a Castel Gandolfo, ele gostava de fazer saídas não programadas. Entre a nossa equipe e o Papa havia um entendimento perfeito. Não era preciso que ele pedisse: bastava um gesto com a mão para dar a entender o "Vamos dar uma voltinha". Perguntávamos ao secretário Dziwisz aonde ele queria que o levássemos e quanto poderíamos nos afastar. O Papa adorava ir até a neve e no verão fazíamos excursões pelas montanhas, chegando inclusive ao ‘Gran Sasso'. Uma vez o levamos até o mar, às ilhas Pontinas. Depois de perguntar-lhe várias vezes, numa ocasião ele nos disse: "Está bem, hoje vamos a Ponza". E ficava observando a paisagem. Era muito divertido.

ZENIT: Como era viajar com o Papa? No fundo, você era o piloto dele...

Berardo: Na primeira vez que tive a oportunidade de voar com o Papa, eu me senti muito emocionado. Sabia que levava um personagem de enorme importância. Portanto, também estava tenso. Depois, com o passar do tempo, isso foi se tornando algo mais tranquilo e rotineiro. Converteu-se em algo automático, quase familiar. A tensão e a emoção passaram rapidamente.

ZENIT: Como era a relação entre o Papa e a equipe?

Berardo: De vez em quando, João Paulo II conversava um pouco conosco. Mas o que mais gostávamos dele eram os seus gestos, a saudação militar que fazia quando nos via, o sorriso, um tapinha nas costas, o abraço. Uma vez ele me abraçou porque salvei uma situação no último minuto. O Papa era muito espontâneo. Algumas vezes ele foi até a cabine, olhou para todos os equipamentos, observou, colocou os fones de ouvido e depois voltou para o seu lugar.

ZENIT: Como é o lugar do Papa em seu helicóptero?

Berardo: A poltrona na qual o Papa se senta é muito admirada. É uma poltrona confortável, ao lado de uma grande janela, que permite ver a paisagem, quase como uma varanda para o mundo. Depois, há uma pequena mesa em frente, muitas vezes enfeitada com flores. Em resumo, muitos me pedem para tirar uma foto nessa poltrona.

ZENIT: Você poderia nos contar alguma história, alguma curiosidade?

Berardo: Tornou-se algo tão rotineiro para nós levar o Papa, que às vezes até esquecíamos de quem se tratava. Numa quarta-feira, eu lembro que havia um eclipse solar. Tínhamos nos preparado para levá-lo para observar o eclipse. Paramos na pista do heliporto de Castel Gandolfo. Nós não estávamos equipados para o eclipse; no entanto, a prefeitura levou para o Papa uma máscara de soldador. João Paulo II estava perto de nós, e deixou que a usássemos. Em um determinado momento, um dos tripulantes ficou tanto tempo com a máscara, que disse ao Papa, como se fosse um amigo seu: "Só um minuto, que quero olhar um pouco mais".

Uma característica de João Paulo II era que, com ele, sempre fazia bom tempo, mesmo quando se previa o contrário ou quando íamos direto rumo às tempestades. Quando fizemos 10 mil horas de voo, por exemplo, organizamos uma pequena confraternização com o Papa, em Castel Gandolfo. Mas choveu muito, caiu uma incrível quantidade de água. Nós não sabíamos o que fazer. No entanto, quando chegamos ao heliporto, parou de chover. Um milagre. O Papa parecia carregar consigo o "tempo bom".
(Serena Sartini)

Fonte: ZENIT.ORG http://www.zenit.org/article-27786?l=portuguese (Acesso 24/04/2011 às 11:34)

Beatificação de João Paulo II será filmada em 3D

A primeira celebração litúrgica gravada com esta tecnologia

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 22 de abril de 2011 (ZENIT.org) - A beatificação de João Paulo II, em 1º de maio, será filmada com câmaras 3D.

Para isso, será utilizada uma plataforma móvel; um veículo de 16 metros de comprimento e 2,5 metros de largura, conecta 16 câmeras com fibra ótica, 8 câmeras em HD e pelo menos três em 3D.

Esta é a primeira vez na história da Igreja que uma celebração litúrgica com o Santo Padre será filmada em 3D.

Os encarregados da tarefa serão a Sony e o Centro Televisivo Vaticano (CTV), que já gravou, em novembro passado, algumas imagens com sistema tridimensional em uma audiência geral na Sala Paulo VI, no Vaticano.

As imagens 3D da beatificação de João Paulo II serão realizadas graças ao novo sistema de plataforma móvel recentemente implementado pelo CTV, tecnologia de última geração doada ao Papa pelos Cavaleiros de Colombo.

Esta gravação em 3D servirá de base para experiências posteriores e se pretende, no futuro, poder transmitir com 3D ao vivo do Vaticano.

Na apresentação dos aparelhos, realizada em 16 de novembro, afirmou-se que o CTV tem o dever de garantir a gravação das atividades do Papa e dos principais eventos no Vaticano com as novas demandas da transmissão televisiva.

Fonte: ZENIT.ORG http://www.zenit.org/article-27800?l=portuguese (Acesso: 24/04/2011 às 11:28)

DECRETO ACERCA DO CULTO LITÚRGICO A CONCEDER EM HONRA DO BEATO JOÃO PAULO II, PAPA

CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS



A beatificação do Venerável João Paulo II, de feliz memória, que se realizará a 1 de Maio de 2011 na Basílica de São Pedro em Roma, presidida pelo Santo Padre Bento xvi, reveste um carácter de excepcionalidade, reconhecido por toda a Igreja católica espalhada na terra. Desejada tal extraordinariedade, depois de numerosas solicitações acerca do culto litúrgico em honra do novo Beato, segundo os lugares e os modos estabelecidos pelo direito, esta Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos apressa-se em comunicar quanto disposto a propósito.

Missa de acção de graças

Estabelece-se que durante o ano seguinte ao da beatificação de João Paulo II, isto é, até 1 de Maio de 2012, seja possível celebrar uma santa Missa de acção de graças em lugares e dias significativos. A responsabilidade de estabelecer o dia ou os dias, assim como o lugar ou os lugares da reunião do povo de Deus, compete ao Bispo diocesano para a sua diocese. Consideradas as exigências locais e as conveniências pastorais, concede-se que se possa celebrar uma santa Missa em honra do novo Beato num domingo durante o ano como também num dia incluído nos nn. 10-13 da Tabela dos dias litúrgicos.

Analogamente, para as famílias religiosas compete ao Superior-Geral oferecer indicações acerca dos dias e lugares significativos para a inteira família religiosa.

Para a santa Missa, com possibilidade de cantar o Gloria, reza-se a colecta própria em honra do Beato (ver anexo); as outras orações, o prefácio, as antífonas e as leituras bíblicas são tiradas do Comum dos pastores, para um papa. Repete-se um domingo durante o ano, para as leituras bíblicas poder-se-ão escolher textos adequados do Comum dos pastores para a primeira leitura, com o relativo Salmo responsorial, e para o Evangelho.

Inscrição do novo Beato nos Calendários particulares

Estabelece-se que no Calendário próprio da diocese de Roma e das dioceses da Polónia a celebração do Beato João Paulo II, Papa, seja inscrita a 22 de Outubro e celebrada todos os anos como memória.

Sobre os textos litúrgicos concedem-se como próprios a oração da colecta e a segunda leitura do Ofício das leituras, com o relativo responsório (ver anexo). Os outros textos serão tirados do Comum dos pastores, para um papa.

Quanto aos outros Calendários próprios, o pedido de inscrição da memória facultativa do Beato João Paulo II poderá ser apresentado a esta Congregação pelas Conferências dos Bispos para o seu território, pelo Bispo diocesano para a sua diocese, pelo Superior-Geral para a sua família religiosa.

Dedicação de uma igreja a Deus em honra do novo Beato

A escolha do Beato João Paulo II como titular de uma igreja prevê o indulto da Sé Apostólica (cf. Ordo dedicationis ecclesiae, Praenotanda n. 4), excepto quando a sua celebração já está inscrita no Calendário particular: neste caso não é solicitado o indulto e ao Beato, na igreja em que é titular, é reservado em grau de festa (cf. Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Notificatio de cultu Beatorum, 21 de Maio de 1999, n. 9).

Não obstante qualquer coisa em contrário.


Da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, 2 de Abril de 2011.



(Antonius Card. Cañizares Llovera)
Praefectus



(+ Iosephus Augustinus Di Noia, OP)
Archiepiscopus a Secretis

domingo, 24 de abril de 2011

A voz do nosso paróco

Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor - 24 de abril de 2011

Textos: At 10, 34-a.37-43; Salmo 117; Cl 3, 1-4; Jo 20,1-9.


Amados irmãos e irmãs:


LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!


A primeira leitura é do livro dos Atos dos Apóstolos que foi escrito por Lucas para ser continuidade de seu Evangelho. Lucas deseja que todos nós tenhamos consciência da fé que recebemos no Batismo pelo Cristo Ressuscitado; mas, quer também que tenhamos consciência de que pertencemos e somos membros da Igreja Católica. Em seu Livro chamado «Atos de apóstolos» ele nos conta como o primeiro núcleo central da Igreja atuaram neste mundo, após a Ressurreição e Ascensão do Senhor Jesus Cristo. São ensinamentos que devem nos inspirar; nós que somos discípulos e missionários de Jesus Cristo no tempo hodierno. Não é uma tarefa fácil, pois sempre estamos distraídos. Sentimo-nos muitas vezes encantados e maravilhados, quase enfeitiçados com os ensinamentos e condicionamentos dos sistemas impostos pela sociedade.

A Igreja está sempre a nos recordar a respeito do fundamental e essencial primeiro anúncio conhecido como «Kérigma», na pessoa do Papa e também da Conferência dos Bispos no Brasil, a CNBB. «E nós somos testemunhas de tudo» (v. 39). Essa recordação inserida no ser da Igreja ela o anuncia através da sua missão neste mundo. Por isso, com insistência o documento de Aparecida, chama-nos de «discípulos e missionários» de Jesus Cristo. Por isso também a missão de cada católico, reunido nas mais diversas estruturas da Igreja – comunidade, paróquia, setores pastorais, escolas católicas, diocese – não é só uma «prioridade», mas essa missão já é da essência de nosso ser em todos cenários e conjunturais de qualquer tempo histórico. «E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos» (v. 42).

A primeira e adequada atitude é acolher nossos irmãos e irmãs afastados da participação da vida da paróquia e da Igreja. Esse acolhimento implica em ter um olhar semelhante ao de Jesus de Nazaré. «De fato – estou compreendendo que Deus não faz discriminação entre as pessoas» (v. 34) e também «Ele andou por toda a parte, fazendo o bem» (v. 38-b) como nos recorda Pedro em seu magnífico sermão na casa do pagão Cornélio.

A segunda atitude é o anúncio do conteúdo da fé católica; a fé construída no testemunho da ressurreição de Jesus pelas mulheres missionárias no domingo de Páscoa. «No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo» (v. 1); e depois confirmada pelo apóstolo Pedro e vista por João, chamado na Bíblia de «discípulo amado». «Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou» ( Jo 20, v. 6-8).

Estimados irmãos desta amada paróquia dedicada a São Francisco de Assis, em Vila Guilhermina:

O beato e «santo súbito» João Paulo II, Papa, nos ensinava em preparação ao Grande Jubileu em seus escritos pastorais e espirituais que nós que somos «discípulos e missionários» de Jesus Cristo, devemos ser «protagonistas» do que ele chamava de «nova evangelização». Ele entendia que nós devemos imitar Jesus de Nazaré, o Cristo, no que se refere à pastoral e evangelização quando estamos em ação neste mundo. Jesus foi o Servo do Pai e nos revelou atitudes de «serviço»; exerceu o imenso e grandioso poder dado pelo Pai servindo com amor, compaixão e misericórdia os mais pobres. Ele nos ensinava que o Anúncio para penetrar na alma do povo e em nossa cultura deve ser sempre acompanhado do «Testemunho de comunhão», pois é isso que abre as portas das consciências e do coração das pessoas provocando «diálogo».

Irmãos e irmãs:

O Tempo Pascal que se inicia – do ponto de vista litúrgico – novamente neste domingo de Páscoa provoque uma espécie de incêndio nos corações; renove-nos na esperança e revigore nosso ânimo no anúncio do Evangelho em nossa sociedade. Uma sociedade marcada por tantos sinais e cultura da morte: injustiças econômicas, preconceitos dos mais variados, violências de todos os tipos. O Evangelho do Senhor seja sempre referência adequada para que possamos enxergar a realidade e continuar nossa caminhada sempre com os pés no chão dessa pátria amada e querida chamada Brasil.

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 24/04/2011)

sábado, 23 de abril de 2011

A voz do nosso pároco - ESPECIAL TRÍDUO PASCAL

Vigília Pascal – Sábado Santo – 23 de abril de 2011

Textos: Gn 1,1-2,2; Salmo 103;Gn 22,1-18; Salmo 15; Ex 14,15,15,1-a; Cântico de Moisés: Ex 15,1-18; Rm 6,-3-11; Salmo 117; Mt 28,1-10.


Irmãos e irmãs:


SEJA LOUVADO O CRISTO, FILHO DO DEUS VIVO!


Aqui estamos a tua Igreja: o Corpo que nasce do teu Corpo, e do teu Sangue; aqui estamos velando.

A noite de Belém já foi uma noite santa: Nela, uma voz chamou-nos do alto, e os pastores introduziram-nos na Gruta da tua Natividade, acolhendo com alegria a Boa Notícia de que vieste ao mundo, do Seio da Virgem Mãe; que te tornaste homem semelhante a nós, tu, que és «Deus de Deus, Luz da Luz», não criado como um de nós, mas «da mesma substância do Pai, gerado por Ele antes de todos os séculos.

Hoje estamos de novo aqui, nós, a tua Igreja – Povo de Deus – em movimento: estamos perto do teu sepulcro, em vigília, velando.

Vigiamos para preceder aquelas Mulheres que, «bem de madrugada», irão ao sepulcro, levando consigo «os perfumes que tinham preparado» (Lc. 24,1), para ungir o teu Corpo deposto no sepulcro anteontem.

Velamos, para estar junto do teu sepulcro antes chegue Pedro, levado pelas palavras das três Mulheres, antes que chegue Pedro, o qual, curvando-se, verá as ligaduras (Lc. 24, 12); e voltará para junto dos Apóstolos, «cheio de admiração por aquilo que tinha acontecido» (Lc. 24, 12).

E tinha acontecido o que tinham ouvido às Mulheres: Maria Madalena, Joana e Maria de Tiago, chegando ao sepulcro tinham encontrado a pedra afastada do sepulcro «mas, entrando, não encontraram o corpo do Senhor (Lc. 24, 3). Naquele instante, pela primeira vez, naquele sepulcro vazio, em que ontem havia sido deposto o teu corpo, ressoou a palavra: «Ressuscitou!» (Lc. 24, 6).

«Porque buscais entre os mortos aquele que vive? Não está aqui; ressuscitou! Lembrai-vos de como vos falou quando ainda estava na Galileia, dizendo que o Filho do Homem havia de ser entregue às mãos dos pescadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia» (Lc. 24, 5-7).

Por isto estamos aqui, agora. Por isto vigiamos. Queremos preceder as Mulheres e os Apóstolos. Queremos estar aqui quando a Liturgia sagrada desta noite tornar presente a tua vitória sobre a morte. Queremos estar contigo, nós, a tua Igreja, o teu povo, o corpo nascido do teu Corpo e do teu sangue derramado na Cruz.

Somos o teu Corpo, somos o teu Povo. Somos muitos. Reunimo-nos em muitos lugares da terra, nesta noite da santa vigília, junto do teu sepulcro, assim como nos reunimos na noite da tua natividade, em Belém. Somos muitos, todos unidos pela fé nascida da tua Páscoa, da tua Passagem através da morte, para a Vida nova, a fé que nasce da tua ressurreição.

«Esta noite é santa para nós».

Somos muitos, todos unidos num só Batismo.

O Batismo que nos imerge em Jesus Cristo (Cfr. Rom, 6,3).

Mediante este Batismo, que «nos imerge na tua morte», contigo, Cristo, fomos sepultados «na morte porque como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova» (Rom. 6, 4). Sim. A tua Ressurreição, Cristo, é a glória do Pai.

A tua Ressurreição revela a glória do Pai ao qual no momento da morte te confiaste, até ao fim, a ti mesmo, entregando o teu espírito com estas palavras: «Pai, nas tuas mãos» (Lc. 23, 46). E, juntamente contigo confiaste também todos nós, morrendo sobre a Cruz como Filho do homem, nosso Irmão e Redentor. Na tua Morte entregaste ao Pai a nossa morte humana, entregaste o ser de cada homem, marcado pela morte.

Eis que o Pai te restitui esta vida, que lhe havias confiado até ao fim. Ressuscitas dos mortos, graças à glória do Pai. Na ressurreição é glorificado o Pai, e tu és glorificado no Pai, a quem confiaste até ao fim a tua vida na morte: és glorificado com a Vida. Com a Vida nova. Com uma vida idêntica e, ao mesmo tempo, nova.

Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, a quem o Pai glorificou com a ressurreição e com a vida, no centro da história do homem. Na tua morte deste ao Pai o ser de cada um de nós, a vida de cada homem que é marcada pela necessidade da morte, para que, na tua ressurreição, cada um pudesse readquirir a consciência e a certeza de entrar, por ti e juntamente contigo, na Vida nova. «Uma vez que nos tornamos com Ele num mesmo ser por uma morte semelhante à Sua, também o seremos, por uma ressurreição semelhante» (Rom. 6, 52).

Somos muitos a vigiar, nesta noite, junto do teu sepulcro. A todos nos une «uma só fé, um só batismo, um só Deus, Pai de todos» (Cfr. Ef 4, 5-6).

Une-nos a esperança da ressurreição, que brota da união de vida, em que queremos permanecer com Jesus Cristo.

Alegramo-nos por esta Noite Santa, passada juntamente com aqueles que receberam o Batismo. É a mesma alegria que experimentaram os discípulos e os confessores de Cristo na noite da Ressurreição, ao longo de tantas gerações. A alegria dos catecúmenos, sobre os quais foi derramada a água do Batismo e a graça da união com Cristo, na sua Morte e Ressurreição.

É a alegria da vida que na noite da Ressurreição compartilhamos reciprocamente entre nós, como o mistério mais profundo dos nossos corações, e desejamos para todos os homens.

«A destra do Senhor levantou-me; / a destra do Senhor atuou com firmeza. / Não morrerei, mas viverei / E narrarei as obras do Senhor.» (Sl 117 [118] 16-17).

Cristo, Filho do Deus vivo, aceita de nós esta santa vigília na noite pascal, e dá-nos aquela alegria da Vida nova, que trazemos em nós, que somente tu podes dar ao coração humano: Tu, Ressuscitado, Tu, Nossa Páscoa!

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 23/04/2011)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A voz do nosso pároco - ESPECIAL TRÍDUO PASCAL

Tríduo Pascal – Quinta-Feira Santa – Missa da Ceia do Senhor
21 de abril de 2011.

Textos:
Ex 12, 1-8.11-14; Salmo 115; 1Cor 11,23-26; Jo 13, 1-15


Meus irmãos e minhas irmãs:


NÓS VOS ADORAMOS SENHOR JESUS CRISTO E VOS BENDIZEMOS!


Paulo na carta aos gálatas, capítulo 6, nos convida a olhar para a realidade em que vivemos com os olhos de Cristo. «A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa Glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou» (Gl 6, 14). Somos a Igreja – Povo de Deus – em movimento. Assim como o bendito apóstolo construímos nossa caminhada de fé inserida no Tempo e na História, no Senhor Jesus Crucificado e Ressuscitado; colocamo-nos a caminho, em marcha, por esse mundo. Somos discípulos e missionários de Cristo com alegria. Como missionários anunciadores do Evangelho da Vida, membros da Igreja que se renova sempre revelando os sinais, os sacramentos, de Cristo Jesus, rogamos: «Fica conosco, Senhor» (cf. Lc 24, 28).

Na primeira leitura do livro do Êxodo Deus ordena a Moisés para que o Povo de Deus tenha um olhar missionário em meio à realidade do mundo. Uma realidade difícil e conturbada; às vezes, difícil de aceitar. «Convidará também o vizinho» (v. 4). Deus oferece pistas de como não perder o sentido libertador da Páscoa. A primeira pista refere-se à fidelidade ao fato acontecido, ao «memorial». «Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua» (v. 14). Deus realmente no libertou da escravidão e do pecado; essa «libertação» festiva deve ser celebrada não como um povo fechado em si mesmo, mas, aberto a todos. Casa aberta, inteligência e coração abertos! A Páscoa deve ser o gênesis novo, o começo novo da caminhada. «Este mês será para vós o começo» (v. 2). A segunda pista é o encontro de todos ao redor da mesa. «O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano...» (v. 5-8). Missionários de Cristo que somos – Igreja – Povo de Deus – sempre devemos estar alertas e preparados e jamais nos afastarmos do Evangelho de Cristo. «Rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão» (v. 11).

«Caminhamos à Luz da Palavra de Deus –alimento na vida de milhões de cristãos. A 12 de abril de 1961, há cinquenta anos, Yuri Gagarine, o cosmonauta da ex-União Soviética, tornou-se o primeiro homem a completar, no espaço, uma órbita terrestre. Acima da atmosfera, anunciou ao mundo a cor do planeta: `A terra é azul!´. Ela é nossa casa comum» (VER: P. Paulo Sérgio Bezerra. «Roteiro paroquial e litúrgico para a Semana Santa». 2011. Mimeo.).Como todos os seres vivos, a Terra também chora e, chora em dores de parto... Um choro que testemunhamos a cada dia – não de alegria – mas, de agonia. «Considerando as intempéries climáticas que estão sistematicamente assolando as populações, de forma cada vez mais intensa e em quantidade sempre crescente, é justificável uma Campanha da Fraternidade abordando o tema do aquecimento global e das mudanças climáticas» (cf. CNBB. «Manual da CF 2011», 1). Em fevereiro deste ano nós assistimos horrorizados o Povo de Deus chorando seus mais de 900 mortos na região serrana do Rio de Janeiro. Massas de terra a uma velocidade de 180 km/h; a cada 20 segundos, mais de 1 km de terra desabava sobre o Povo de Deus. O Povo de Deus vítima de políticas públicas fantasiosas e maquiadas que os empurra para a ocupação irregular do solo. «A história dos seres humanos se estabelece onde há água, terra para o cultivo, portanto, comida, e escolhem um lugar para morar. Na verdade, todo ser humano em gestação, ao ser dado à luz, já deveria ter garantidos tais primários e básicos direitos: comida, habitação e água. Onde há um curso d´água passa, ali se formam povoados» (VER: P. Paulo Sérgio Bezerra. «Roteiro paroquial e litúrgico para a Semana Santa». 2011. Mimeo.). No mundo, 50 milhões de pobres caminham pelo mundo vítimas dos flagelos naturais e econômicos. Não encontramos por parte do Estado uma resposta básica e fundamental; deparamo-nos com uma estrutura estatal que abandona e se torna, cada vez mais, indiferente, aos sofrimentos do povo. A primeira leitura ensina à Igreja – Povo de Deus – em movimento: não abandone as suas raízes de fé: não abandone a cultura da partilha, da solidariedade e do amor. «Vou cumprir minhas promessas ao Senhor, na presença de seu povo reunido» (Salmo 115, 18).

Na segunda leitura, Paulo – o Apóstolo que anuncia o Evangelho de Deus no ambiente das grandes cidades – reporta e relembra a importância da vida cristã formada por comunidades de base, ao redor da pessoa de Cristo Jesus à mesa Eucarística, na pluralidade e na diversidade dos ambientes culturais. «Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus!». A leitura da carte de Paulo à comunidade dos cristãos urbanos de Corinto e associada ao Evangelho de João nos conduz à reflexão não só da fé, mas de uma fé de atitudes. «Para que façais a mesma coisa que eu fiz» (v. 15). O Papa João Paulo II que será beatificado no próximo dia 1º. de maio de 2011, dizia: «Para a fé da Igreja, é essencial e irrenunciável afirmar que verdadeiramente o Verbo se fez carne e assumiu todas as dimensões do ser humano, exceto o pecado» (VER: JOÃO PAULO II. NMI, 22). Ele sempre nos lembrava de Jesus que nos deu o exemplo. «Dei-vos o exemplo» (v. 15-a). Renovemos no início do Tríduo da Páscoa os gestos e as palavras de Jesus. Nossa Igreja – Povo de Deus – em movimento, povo de sacerdotes configurados pelo Batismo N´Ele, por Ele e com Ele, sejamos lideranças perseverantes. Jesus de Nazaré, o Cristo Ressuscitado nos encoraje na caminhada. Ele - o Ressuscitado – nos reuniu num só corpo em seu Amor. Exultemos e festejemos!

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 21/04/2011)

domingo, 17 de abril de 2011

A voz do nosso pároco

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor  - Ano A – 17 de abril de 2011.

Textos:
Is 50,4-7; Sl 21; Fl 2,6-11; Mt 26,14-27,66.


Irmãos e irmãs:


NÓS VOS ADORAMOS SENHOR JESUS CRISTO E VOS BENDIZEMOS!

De Jesus no horto das oliveiras, está escrito: «Começou a sentir tristeza e angústia. Disse-lhes: ‘Minha alma está triste até o ponto de morrer; fiquem aqui e velem comigo’». Um Jesus irreconhecível! Ele, que dava ordens aos ventos e aos mares e estes o obedeciam, que dizia a todos que não tivessem medo, agora é vítima da tristeza e da angústia. Qual é a causa? Ela está toda contida em uma palavra, o cálice. «Meu Pai se é possível, afasta de mim este cálice!». O cálice indica toda a sorte de sofrimento que está a ponto de cair sobre Ele. Mas não só isso. Indica, sobretudo a medida da justiça divina que os homens culminaram com seus pecados e transgressões. É «o pecado do mundo» que Ele tomou sobre si e que pesa sobre seu coração como uma pedra.

O filósofo, físico e matemático francês, no século 17, Blaise Pascal que chegou a perambular nos universos da razão e da emoção disse: «Cristo está em agonia, no horto das oliveiras, até o fim do mundo. Não se pode deixá-lo só todo este tempo». Agoniza lá onde haja um ser humano que luta com a tristeza, o pavor, a angústia, em uma situação sem saída como Ele aquele dia. Não podemos fazer nada pelo Jesus agonizante de então, mas podemos fazer algo pelo Jesus que agoniza hoje. Ouvimos diariamente tragédias que se consomem, às vezes em nossa própria vizinhança, na porta da frente, sem que ninguém perceba nada. Quantos hortos das oliveiras, quantos «Getsêmanis» no coração de nossas cidades! Não deixemos sozinhos os que estão dentro.

O texto da primeira leitura é do profeta Isaías, capítulo 50. É o terceiro canto do Servo Sofredor; são palavras que falam sobre a fidelidade do verdadeiro Messias, Filho de Deus. Jesus agiu como o Messias anunciado pelo profeta Isaías. «O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo» (vv.4-5). Jesus se apresenta como um discípulo de Deus: escuta com calma, encoraja quem está desanimado e apresenta uma alternativa para a violência da realidade. A alternativa é a chamada «não-violência ativa». Essa alternativa parte de uma convicção e de uma certeza: Deus está comigo. «Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado» (v. 7). Isaías lembra que os planos de Deus só se realizam quando somos capazes de nos doar totalmente.

Na segunda leitura, o Apostolo Paulo ilumina o Domingo de Ramos indicando o caminho seguido por Jesus. O caminho de Jesus é o caminho do discípulo fiel. Jesus escolheu o caminho certo: fazer a vontade de Deus. «Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens» (v. 6 e 7). A humilhação e o sofrimento de Jesus são as consequências de seu total despojamento, humanamente falando, diante de Deus, o Pai. Para o homem, Cristo estava sendo humilhado; para Deus, o Pai, Ele estava sendo exaltado. «Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome» (v. 9). No seu íntimo, no seu coração, Cristo estava agindo conforme a vontade de Deus. Agir assim, ser assim, indica a possibilidade de que realmente é possível «um outro mundo» construído por nós.

Transportemo-nos espiritualmente agora ao Calvário. «Clamou Jesus com forte voz: ‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?’. Dando um forte grito, expirou». Sabemos que esta expressão é o início de uma oração, o Salmo 21, proferida por Davi num momento muito difícil da vida em que não podia sentir a presença de Deus. Davi como todos os outros heróis da fé passaram por momentos de quase perderem a fé. Há duas formas de ateísmo. O ateísmo ativo, ou voluntário, de quem rejeita Deus, e o ateísmo passivo, ou padecido, de quem é rejeitado (ou se sente rejeitado) por Deus. Em um e em outro existem os «sem Deus». O primeiro é um ateísmo de culpa, o segundo um ateísmo de pena e de expiação

Na cruz, Jesus expiou antecipadamente todo o ateísmo que existe no mundo; não só o dos ateus declarados, mas também o dos ateus práticos, aqueles que vivem «como se Deus não existisse», relegando-o ao último lugar na própria vida. «Nosso» ateísmo, porque, neste sentido, todos somos – uns mais, outros menos – ateus, «indiferentes» diante de Deus. Deus é também hoje um «marginalizado», marginalizado da vida da maioria dos homens.

Igualmente aqui se deve dizer: «Jesus está na cruz até o fim do mundo». Ele está em todos os inocentes que sofrem. Está pregado na cruz dos enfermos graves. Os pregos que ainda o atam à cruz são as injustiças que se cometem com os pobres. Em um campo de concentração nazista, enforcaram um homem. Alguém, assinalando a vítima, perguntou a um católico que tinha ao lado: «Onde está o teu Deus agora?». «Não o vês? – respondeu-lhe. Está aí, na forca».

Em todas as «deposições da cruz», sobressai a figura de José de Arimatéia. Representam todos os que também hoje desafiam o regime ou a opinião pública para aproximar-se dos condenados, dos excluídos, e se empenham em ajudar algum deles a descer da cruz. Para algum destes «crucificados» de hoje, o «José de Arimatéia» designado e esperado bem poderá ser eu, ou poderá ser você.

Iniciamos hoje com o que se chama Domingo de Ramos uma série de celebrações que deverá abrir mais as inteligências e os corações humanos. Somos a «Igreja – Povo de Deus – em movimento!» Aprendemos de Jesus e sobre Jesus – como ensina a amada e querida Igreja Católica, Mãe e Mestra – a ter um olhar diferenciado sobre a realidade que nos cerca. A Igreja Católica nos renova sempre em suas ações pastorais. Estamos imersos numa realidade com seus mais variados contextos, assim como Jesus de Nazaré. Mas, qual foi o olhar de Jesus de Nazaré sobre si mesmo e sobre a realidade que o cercava que o distinguiu, que o diferenciou de tantos homens tão santos e piedosos como Ele? Um mergulho em profundidade na espiritualidade da Semana Santa certamente provocará ânimo novo e uma inteligência nova. Temos de aprender com a experiência vivida.

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 17/04/2011)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

"Homens e Deuses" tem pré-estreia em São Paulo

Por Renato Papis

Com a sala do Reserva Cultural lotada, aconteceu nesta terça-feira (12), em São Paulo, a pré-estréia do filme "Homens e Deuses", do diretor Xavier Beauvois. O longa, vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes, conta a história real da comunidade de monges Trapistas Franceses assinados em Thibirine, na Argélia, no ano de 1996.

Na ocasião, o diretor da distribuidora Imovision - Jean Thomas Bernardini, e Laure Bacque - diretora do Reserva Cultural, agradeceram o apoio da CNBB, na pessoa de Dom Orani João Tempesta - Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura, Educação e Comunicação Social; da Arquidiocese de São Paulo entre outros.

O monge trapista, Bernardo Bonowitz, da abadia Nossa Senhora do Novo Mundo, em Campo do Tenente - PR, prestigiou o evento juntamente com Dom Luis Alberto, da Abadia Nossa Senhora de Hardehausen, em Itatinga - SP e Dom Matthias Tolentino Braga do Mosteiro de São Bento de São Paulo .

Pouco antes da exibição, Dom Bernardo conversou com a platéia e contou um pouco da história desta Ordem Religiosa que ele também pertence, e a trajetória daquela comunidade que tinha profundo respeito com o povo daquele vilarejo. Enfim, mostrando muito satisfeito com a obra cinematográfica, ele ainda finalizou dizendo que “assistir a adaptação para o cinema e a história desses monges, que tinham apenas Jesus e o Evangelho no meio deles, é uma grande aventura humana e espiritual. Com certeza o filme será uma mensagem de paz entre cristãos e muçulmanos", elogiou Dom Bernardo.

A estréia do filme acontece nesta sexta-feira (15), nos cinemas brasileiros. Em São Paulo, ocorrem sessões nos cinemas: Cine Livraria Cultura; Reserva Cultural; Espaço Unibanco - Augusta; Cine Lumière e Espaço Unibanco - Shopping Bourbon.

Assista ao trailer do filme: http://youtu.be/J3J1lIyKKGc

De São Paulo, Renato Papis, Mtb 61012

domingo, 10 de abril de 2011

Padre Cantalamessa sugere “proibir” a fofoca

Inocula veneno dentro da Igreja

CIDADE DO VATICANO, domingo, 10 de abril de 2011 (ZENIT.org) - "Aqui não se fofoca!". Esse aviso deveria ser colocado em muitos ambientes de convivência, segundo sugeriu na sexta-feira o padre Raniero Cantalamessa OFM cap, na meditação de Quaresma que dirigiu a Bento XVI e seus colaboradores da Cúria Romana.

Ao discutir a frase da Carta de São Paulo aos Romanos, que "a caridade não seja fingida", o frade capuchinho considerou que no campo da caridade na Igreja há um aspecto que precisa de conversão: o ato de ficar julgando uns aos outros.

O fato de julgar não é em si algo mau, esclareceu, o que é verdadeiramente mau é "o veneno do nosso julgar": "o rancor, a condenação".

Perante o Papa, cardeais, bispos, sacerdotes e religiosos presentes na capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, Cantalamessa explicou que, "em si, julgar é uma ação neutra"; "o juízo pode terminar tanto em condenação quanto em absolvição e justificação".

"São os juízos negativos os que a palavra de Deus reprime e elimina, aqueles que condenam o pecador junto com o pecado, aqueles que olham mais para a punição do que para a correção do irmão", disse.

"Para estimar o irmão, é preciso não estimar demais a si mesmo - prosseguiu -; é necessário ‘não ter uma visão alta demais de si próprio'". "Quem tem uma ideia muito alta de si mesmo é como um homem que, à noite, tem diante dos olhos uma fonte de luz intensa: não consegue ver nada além dela; não consegue ver a luz dos irmãos, seus dotes e seus valores."

"‘Minimizar' deve se tornar o nosso verbo preferido nas relações com os outros: minimizar os nossos destaques e minimizar os defeitos alheios. Não minimizar os nossos defeitos e os destaques alheios, como somos tantas vezes levados a fazer; é diametralmente o oposto!"

A fofoca

A fofoca mudou de nome, chama-se ‘gossip', afirmou Cantalamessa. "Parece ter virado coisa inocente, mas é uma das que mais poluem a vida em grupo".

"Não basta não falar mal dos outros; precisamos também impedir que os outros o façam em nossa presença; fazê-los notar, mesmo que silenciosamente, que não estamos de acordo."

"Em muitos locais públicos está escrito ‘Aqui não se fuma'. Antigamente havia até alguns avisos de ‘Aqui não se blasfema'. Não faria mal acrescentar, em alguns casos, ‘Aqui não se fofoca'".

Na internet, terceira prédica de Quaresma: http://www.zenit.org/article-27696?l=portuguese

Fonte: ZENIT - http://www.zenit.org/article-27697?l=portuguese (Acesso em 10/04/2011)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aos Pequeninos e Pequeninas de Realengo - RJ

O Movimento Eucarístico Jovem da Paróquia São Francisco de Assis presta suas condolências a todas as vítimas do massacre praticado na escola do Realengo – RJ, na manhã deste trágico dia, dia 07 de Abril de 2011.

Crianças e Adolescentes que saíram de suas casas para aprender, estudar e estar com seus amigos tiveram suas vidas sacrificadas e interrompidas por um ato extremamente insano e repudiável.

Rezaremos pelas vítimas e seus familiares para que o Sagrado Coração de Jesus lhe forneça o consolo e a paz interior neste momento tão doloroso.

Exatamente no mesmo mês que o Papa Bento XVI pede ao Apostolado da Oração e MEJ reze para que a “Igreja saiba oferecer às novas gerações razões sempre novas de vida e esperança...”. Rezemos também pelas pessoas deste mundo, para que possam propagar a vida às novas gerações. Com exemplos e práticas significativas de amor ao próximo, respeito e principalmente compreensão.

Nada justifica a vida retirada desses pequeninos e pequeninas neste fatídico episódio, mas deixamos a seguinte mensagem: Cristo, morrendo, destruiu a morte e ressuscitando deu-nos a Vida Eterna! Que na esperança da Vida Eterna encontremos, na morte, a força de estarmos sempre um dia juntos Dele.

Terminamos com a Oração do Salmo 129:

Das profundezas, Senhor, a vós eu clamo, Senhor, escutai o meu apelo;
vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor de minha súplica.
Se levardes em conta, Senhor, as nossas faltas, Senhor, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, em vós temo e espero.
Minha alma espera no Senhor, em sua palavra tenho confiança;
minha alma espera no senhor, mais confiante do que o vigia esperando pela aurora. Que o vigia espere pela aurora e Israel pelo Senhor!
Porque no Senhor encontra-se a graça copiosa redenção,
é ele quem redimirá Israel de todas as suas faltas.

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
- Assim como era no princípio agora e sempre.
AMÉM

Movimento Eucarístico Jovem - MEJ
Vila Guilhermina - São Paulo - SP

Autor: Everson Lima

domingo, 3 de abril de 2011

PARABÉNS MEJ!!!

O MEJ São Francisco parabeniza o MEJ Santo Antonio de Pádua - Vila Talarico/SP que hoje celebra mais um ano de vida e atuação! Que Nosso Senhor Jesus Cristo, derrame a cada dia Seu amor e Sua graça sobre cada um dos membros deste belo grupo! Deus conceda a força, o ânimo e a coragem de seguir em frente nesta nossa missão de evangelizar a Juventude! Parabéns MEJ Santo Antonio!

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