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quinta-feira, 21 de abril de 2011

A voz do nosso pároco - ESPECIAL TRÍDUO PASCAL

Tríduo Pascal – Quinta-Feira Santa – Missa da Ceia do Senhor
21 de abril de 2011.

Textos:
Ex 12, 1-8.11-14; Salmo 115; 1Cor 11,23-26; Jo 13, 1-15


Meus irmãos e minhas irmãs:


NÓS VOS ADORAMOS SENHOR JESUS CRISTO E VOS BENDIZEMOS!


Paulo na carta aos gálatas, capítulo 6, nos convida a olhar para a realidade em que vivemos com os olhos de Cristo. «A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa Glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou» (Gl 6, 14). Somos a Igreja – Povo de Deus – em movimento. Assim como o bendito apóstolo construímos nossa caminhada de fé inserida no Tempo e na História, no Senhor Jesus Crucificado e Ressuscitado; colocamo-nos a caminho, em marcha, por esse mundo. Somos discípulos e missionários de Cristo com alegria. Como missionários anunciadores do Evangelho da Vida, membros da Igreja que se renova sempre revelando os sinais, os sacramentos, de Cristo Jesus, rogamos: «Fica conosco, Senhor» (cf. Lc 24, 28).

Na primeira leitura do livro do Êxodo Deus ordena a Moisés para que o Povo de Deus tenha um olhar missionário em meio à realidade do mundo. Uma realidade difícil e conturbada; às vezes, difícil de aceitar. «Convidará também o vizinho» (v. 4). Deus oferece pistas de como não perder o sentido libertador da Páscoa. A primeira pista refere-se à fidelidade ao fato acontecido, ao «memorial». «Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua» (v. 14). Deus realmente no libertou da escravidão e do pecado; essa «libertação» festiva deve ser celebrada não como um povo fechado em si mesmo, mas, aberto a todos. Casa aberta, inteligência e coração abertos! A Páscoa deve ser o gênesis novo, o começo novo da caminhada. «Este mês será para vós o começo» (v. 2). A segunda pista é o encontro de todos ao redor da mesa. «O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano...» (v. 5-8). Missionários de Cristo que somos – Igreja – Povo de Deus – sempre devemos estar alertas e preparados e jamais nos afastarmos do Evangelho de Cristo. «Rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão» (v. 11).

«Caminhamos à Luz da Palavra de Deus –alimento na vida de milhões de cristãos. A 12 de abril de 1961, há cinquenta anos, Yuri Gagarine, o cosmonauta da ex-União Soviética, tornou-se o primeiro homem a completar, no espaço, uma órbita terrestre. Acima da atmosfera, anunciou ao mundo a cor do planeta: `A terra é azul!´. Ela é nossa casa comum» (VER: P. Paulo Sérgio Bezerra. «Roteiro paroquial e litúrgico para a Semana Santa». 2011. Mimeo.).Como todos os seres vivos, a Terra também chora e, chora em dores de parto... Um choro que testemunhamos a cada dia – não de alegria – mas, de agonia. «Considerando as intempéries climáticas que estão sistematicamente assolando as populações, de forma cada vez mais intensa e em quantidade sempre crescente, é justificável uma Campanha da Fraternidade abordando o tema do aquecimento global e das mudanças climáticas» (cf. CNBB. «Manual da CF 2011», 1). Em fevereiro deste ano nós assistimos horrorizados o Povo de Deus chorando seus mais de 900 mortos na região serrana do Rio de Janeiro. Massas de terra a uma velocidade de 180 km/h; a cada 20 segundos, mais de 1 km de terra desabava sobre o Povo de Deus. O Povo de Deus vítima de políticas públicas fantasiosas e maquiadas que os empurra para a ocupação irregular do solo. «A história dos seres humanos se estabelece onde há água, terra para o cultivo, portanto, comida, e escolhem um lugar para morar. Na verdade, todo ser humano em gestação, ao ser dado à luz, já deveria ter garantidos tais primários e básicos direitos: comida, habitação e água. Onde há um curso d´água passa, ali se formam povoados» (VER: P. Paulo Sérgio Bezerra. «Roteiro paroquial e litúrgico para a Semana Santa». 2011. Mimeo.). No mundo, 50 milhões de pobres caminham pelo mundo vítimas dos flagelos naturais e econômicos. Não encontramos por parte do Estado uma resposta básica e fundamental; deparamo-nos com uma estrutura estatal que abandona e se torna, cada vez mais, indiferente, aos sofrimentos do povo. A primeira leitura ensina à Igreja – Povo de Deus – em movimento: não abandone as suas raízes de fé: não abandone a cultura da partilha, da solidariedade e do amor. «Vou cumprir minhas promessas ao Senhor, na presença de seu povo reunido» (Salmo 115, 18).

Na segunda leitura, Paulo – o Apóstolo que anuncia o Evangelho de Deus no ambiente das grandes cidades – reporta e relembra a importância da vida cristã formada por comunidades de base, ao redor da pessoa de Cristo Jesus à mesa Eucarística, na pluralidade e na diversidade dos ambientes culturais. «Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus!». A leitura da carte de Paulo à comunidade dos cristãos urbanos de Corinto e associada ao Evangelho de João nos conduz à reflexão não só da fé, mas de uma fé de atitudes. «Para que façais a mesma coisa que eu fiz» (v. 15). O Papa João Paulo II que será beatificado no próximo dia 1º. de maio de 2011, dizia: «Para a fé da Igreja, é essencial e irrenunciável afirmar que verdadeiramente o Verbo se fez carne e assumiu todas as dimensões do ser humano, exceto o pecado» (VER: JOÃO PAULO II. NMI, 22). Ele sempre nos lembrava de Jesus que nos deu o exemplo. «Dei-vos o exemplo» (v. 15-a). Renovemos no início do Tríduo da Páscoa os gestos e as palavras de Jesus. Nossa Igreja – Povo de Deus – em movimento, povo de sacerdotes configurados pelo Batismo N´Ele, por Ele e com Ele, sejamos lideranças perseverantes. Jesus de Nazaré, o Cristo Ressuscitado nos encoraje na caminhada. Ele - o Ressuscitado – nos reuniu num só corpo em seu Amor. Exultemos e festejemos!

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 21/04/2011)

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