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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tríduo de São Francisco de Assis - 1º dia

Por Rosangela Molina

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - VILA GUILHERMINA
61 ANOS EVANGELIZANDO
1949 - 2010

Tríduo de São Francisco de Assis - 1º dia


"Como ser discípulo e missionário de Jesus Cristo nesta mudança de época?"


Com essa pergunta iniciamos hoje, o Tríduo em louvor ao nosso padroeiro - São Francisco de Assis.

"Jesus, o Missionário de Pai, constituiu por sua vontade, a comunidade de cristãos: a Igreja Católica. O Filho de Deus, durante sua caminhada nesse mundo, chamou pessoas para formarem a primeira comunidade conduzida pelo próprio Deus. Num primeiro momento Ele chamou os 12. Mas, quando já estava no fim de sua vida, no caminho para Jerusalém, Ele chamou outros 72 discípulos, ampliando as lideranças da comunidade inicial para realizar a missão no mundo."

"Os povos da América Latina e do Caribe vivem hoje uma realidade marcada por grandes mudanças que afetam profundamente suas vidas. Como discípulos de Jesus Cristo, sentimo-nos desafiados a discernir os , à luz do Espírito Santo, para nos colocar a serviço do Reino, anunciado por Jesus (...). A novidade dessas mudanças, diferentemente do ocorrido em outras épocas, é que elas têm alcance global que, com diferenças e matizes, afetam o mundo inteiro. Habitualmente são caracterizadas como o fenômeno da globalização. (...) Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural." (Cf. Documento de Aparecida. Texto Conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 13-21 maio 2007, Paulus/Paulinas, 2007, nºs 33, 34, 44).
(Trechos do subsídio "Tríduo de São Francisco de Assis - 1º dia", elaborado por Poletto, Pe. D. C., São Paulo, 2010 página 1 e 2).

Mudanças econômicas e sociais provocadas pelo processo de "globalização" mas, principalmente uma mudança cultural, marcam uma "mudança de época" pela qual atravessa a sociedade atual.

"Não há dúvidas: vivemos numa «mudança de época» e não numa «época em mudança». A Igreja no Brasil e no mundo, há tempos tem chamado a nossa atenção para essa movimentação das diversas e poderosas forças econômicas e políticas, desde o Papa Leão XIII. Essa «mudança de época» é resultado da implantação de uma agenda economica e política, imposta e elaborada pelos países ricos do planeta. Uma característica dessa mudança de época é o chamado fenômeno da «globalização». Ele tem sido objeto de reflexão por parte da Igreja, mais recentemente, sobretudo no pontificado do Papa João Paulo II.

O projeto de globalização já estava na agenda das potencias econômicas do planeta desde o final do século 19 - com a Revolução Industrial - que aperfeiçoou o chamado «sistema capitalista de mercado» que vinha sendo gestado nas entranhas da Revolução Francesa no século 18. A Revolução Francesa provocou a ascensão revoltosa dos grandes comerciantes que residiam nos chamados «burgos», daí a formação de uma classe social que ficou conhecida e chamada de «burguesia». Na essência do projeto de globalização está o que se chama de «ampliação de mercados consumidores». Funciona mais ou menos assim: quando o mercado consumidor de um país europeu ou americano fica desgastado os ricos daquele país migram suas empresas para outro país mais populoso por conta de um acordo e conveniência políticos nos países de destino. A globalização é uma espécie de salvação financeira dos poderosos do mundo, um fenômeno que deseja manter o padrão de vida da classe rica dos países ricos. Ela possui aspectos positivos, entre eles a transferência de novas tecnologias e um novo modo de vida moderno. Mas, há também aspectos negativos. Um desses aspectos é a dominação e quebra, no país-mercado colonizado, das pequenas e médias empresas que não se adaptem às exigências impostas pelos grupos poderosos. Isso provoca o desemprego e grandes problemas sociais." (*)


Com essas mudanças, cada vez mais, as pessoas são obrigadas a deixar sua cidade natal, suas comunidades e até mesmo suas famílias, em busca de oportunidades de emprego nas grandes cidades e centros urbanos, gerando um movimento migratório no país. Porém, cada um leva consigo suas experiências de vida, seus costumes, sua religião.
Essa diversidade cultural vem acompanhada de sérios problemas, tornando nossa sociedade uma sociedade marcada pela mistura e perda de valores, intolerância e muitos conflitos/ choques culturais.
As pessoas, aos poucos vão perdendo sua identidade, passando a ser consideradas apenas com força de trabalho, motor da economia.

Na reflexão deste primeiro dia do Tríduo, fomos chamados a pensar esta realidade e re-pensar nossa atuação na paróquia. Estamos muito longe de realizar um serviço pastoral com os pés na atualidade. "Nossas lideranças paroquiais precisa tomar consciência dessa realidade, pois corremos o risco de propor uma reflexão e atividades que não atendem mais as demandas dessa nova realidade. Estamos com um pé no século 21 e outro no século 16, essa é a realidade que se vislumbra nos tempos de hoje, em nosso contexto de paróquia."

"Jesus, no Evangelho de hoje (Lc 10,1-12) parece ter percebido essa problemática em seu contexto histórico. «A messe é grande, mas os operários são poucos» (v. 2). Jesus nos orienta para enfrentarmos essas novas realidades. Ele nos pede atitudes de «conversão»: 'Convertei-vos e crede no Evangelho' "(cf. Mc 1,15). (*)

É preciso parar de se contentar com pouco. É hora das lideranças de pastoral formar novas lideranças. Deixar este estado de comodismo e mudar a realidade, lembrando o grande exemplo de missionariedade de Jesus, que sempre esteve a caminho, indo ao encontro dos irmãos. Precisamos parar de querer evangelizar apenas entre os nossos.
O mundo é bem maior e a sociedade precisa do nosso exemplo e ajuda para que os valores cristãos sejam resgatados e a Palavra de Deus chegue àqueles que não a buscam.

"Nosso padroeiro São Francisco de Assis tomou consciência da realidade do seu tempo e abraçou a mensagem de Jesus anunciando-a com a simplicidade; resgatou as raízes do Evangelho, num mundo afastado da essência do Evangelho de Jesus. Por isso, em sua oração a insistência de levar em atitude missionária: levar o amor, o perdão, a união, a fé, a verdade, a esperança, a alegria e a luz. Anúncio e atitude com consciência de ser um «instrumento da paz», por isso, nós devemos consolar, compreender, amar, dar e perdoar." (*)

Pensem nisso jovens (e todos vocês envolvidos com a evangelização), e assumam com responsabilidade sua missão. Mas não esqueçam que existem também algumas exigências impostas por Jesus para realizarmos essa missão: mansidão, simplicidade, espírito de paz, amor aos mais pobres!

São Francisco de Assis!
Rogai por nós!
(*) trechos extraídos do texto homilético - Pe Devair Carlos Poletto - 30/09/2010

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