Por: Rosangela Molina
No último dia 6 de junho, aconteceu a 1ª fase da Assembléia Geral de Patoral em nossa paróquia - São Francisco de Assis, Vila Guilhermina - que contou com a participação de representantes de diversas pastorais e movimentos. O MEJ também está participando deste processo.
De forma pedagógica, nosso paroco - Pe Devair, dividiu a Assmbléia em 4 etapas que possibilitarão uma participação mais efetiva dos membros das equipes, pastorais, movimentos e leigos no geral (paroquianos) que se dispuserem à este desafio de pensar as ações pastorais da paróquia nos próximos 4 anos.
1ª etapa (6/6/2010): Reflexão com os agentes de pastoral paroquial sobre o 5º Plano Diocesano de Pastoral;
2ª etapa (7 a 30/6/2010 - veja a data do seu grupo na paróquia): Estudo do 5ºPlano Diocesano de Patoral - em grupos, todos os envolvidos deverão ler e aprofundar-se neste documento;
3ª etapa (3/7/2010 - 9h na paróquia São Pedro): Assembléia do Setor Vila Esperança;
4ª etapa (data a definir): Avaliação do 4º Plano de Pastoral Paroquial, elaboração de projetos novos e calendário de 2011.
Segue conteúdo refletido na 1ª fase.
Não compareceu?
Aproveite para inteirar-se do assunto e se preparar para as próximas etapas.
Forte abraço,
Rosangela.
Diocese de São Miguel Paulista
Paróquia São Francisco de Assis
Vila Guilhermina
Setor Vila Esperança
«O 5º Plano Diocesano de Pastoral – uma reflexão com os agentes de pastoral paroquial»
Roteiro e texto:
P. Devair Carlos Poletto
Cumprindo o que nos pede o 5º Plano Diocesano de Pastoral, em sua terceira parte do texto – a de divulgar, acompanhar e avaliar – pretende-se buscar uma «conversão pastoral e renovação missionária das comunidades», iluminando todas as unidades e estruturas pastorais da Diocese (Equipes Diocesanas – Regiões Episcopais – Setores Pastorais e as paróquias e comunidades). É sempre bom pedir ao Espírito Santo que nos ajude e realize como sabemos e experimentamos que Ele, faça acontecer sempre novos e mais fortes Pentecostes na vida da Igreja:
«Vem, Espírito!»[1]
Vem,
ou melhor vamos:
Faze que nós vamos
aonde Tu nos levas.
Tu nunca Te ausentas,
ar que respiramos,
vento que acompanhas,
clima que aconchegas.
Vem,
para levar-nos
por esse Caminho,
o Caminho vivo
que conduz ao Reino.
Vem,
para arrancar-nos,
numa ventania
de verdade e graça,
de tantas raízes
de mentira e medo
que nos escravizam.
Vem, feito uma brisa,
para amaciar-nos,
feito um fogo lento,
um beijo gostos,
a paz a justiça,
o dom da ternura,
a entrega sem cálculos,
o amor sem cobrança,
a Vida da vida.
Vem,
pomba fecunda,
sobre o mundo estéril
e suscita nele
a antiga esperança,
a grande utopia
da Terra sem males,
a antiga,
a nova,
a eterna utopia!
Vem,
vamos,
Espírito!
Conversão pastoral
Os elementos para essa conversão pastoral foram extraídos do documento de Aparecida, números 42, 44 e 367. Essa «conversão pastoral» deve ser o resultado de um olhar dos discípulos missionários sobre a realidade, pois essa desafia o agir pastoral.
Esse olhar dos discípulos – o VER – supõe uma compreensão da realidade que passa pelo aspecto social e cultural, pela situação economica, pela dimensão social e política. Esse momento metodológico é importante e até atraente, porém, não deve ser aquele que motiva a conversão; mas, sim um olhar na mesma perspectiva de Jesus sobre a realidade e consequentemente o agir.
Por isso, na capa do 5º Plano de Pastoral, Jesus está reunido com os apóstolos e aponta o caminho em direção à cidade grande, a megalópole Jerusalém. Embora a inspiração do lema do 5º Plano esteja em Mateus, que houvera inspirado os difíceis anos iniciais do Terceiro Milênio – o 3º Plano de Pastoral -, a imagem da capa nos remete ao evangelista Lucas onde em seu evangelho, estruturalmente, a mensagem e os atos de Jesus são narrados, do ponto de vista literário, durante um itinerário geográfico: de Nazaré para Jerusalém. No olhar atual também somos desafiados: precisamos conservar e fazê-las funcionar bem certas estruturas, mas, não podemos nos acomodar. É preciso se colocar sempre a caminho, em marcha, num Êxodo permanente, espiritual e transformador de vidas. É um diálogo permanente entre a potencialidade que temos na fraqueza e na fragilidade a que vivemos, mas, que segundo o próprio Senhor é profícuo para o nosso crescimento pessoal e comunitário.
Entretanto, uma verdadeira conversão pastoral supõe a realização de uma caminhada ou um itinerário no seguimento a Jesus Cristo e na vida pessoal dos agentes pastorais e sua vida e em comunidade[2]. Trata-se assim, de uma «firme decisão» em aderir ao mandado do Senhor Ressuscitado que inspira todo o 5º Plano sintetizado em Mt 28, 19: «Ide e fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos».
Portanto, é a partir das palavras do Ressuscitado no domingo de Páscoa e no momento de sua Ascensão (cf. Mt 28,5 e Lc 24,5) e a partir dos sinais do Cristo Ressuscitado presentes na Igreja, ela mesma mergulhada naquele tempo-espaço kairológico - que ela roga a graça da conversão para manter viva a esperança.
A conversão é uma exigência para todos. A realidade do mal, do pecado habita no coração de todos, estragando e prejudicando; ninguém está livre deste perigo. A concretização do 5º Plano na vida dos agentes pastorais e nas paróquias e comunidades supõem ver a conversão como uma graça especial. Todos nós precisamos «nascer de novo» como ensina Jesus. A conversão é uma das experiências mais bonitas e transformadoras; ela traz humanidade e divindade em nossa vida. Mas, é preciso ter vontade, pois a Palavra do Senhor permanece para sempre. Ora, esta palavra é a que vos foi anunciada no Evangelho (cf. 1Pd 1,25).
O Apóstolo Paulo ensina: «Sabeis em que momento estamos: já é hora de despertardes do sono. Agora, a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noite está quase passando, o dia vem chegando; abandonemos as obras das trevas e vistamos as armas da luz» (cf. Rm 13,11).
O qué a missão no 5º Plano de Pastoral?
Partindo da reflexão que já fizemos anteriormente, num Retiro da Paróquia Sagrada Família, Setor Ponte Rasa [3], podemos definir a missão da Igreja e a consequente renovação da comunidade, a partir do que ela não é:
1. Ela não é uma «técnica pastoral» para atrair massas;
2. Ela não é um movimento à parte, em conflito com a caminhada da Diocese, com os setores pastorais e a história da paróquia;
3. Ela não é um trabalho pastoral paralelo, uma coisa a mais que realizamos;
4. Ela não é um conjunto de iniciativas pastorais decididas por um pequeno grupo;
5. Ela não é o resultado de pesquisas religiosas;
6. Ela não é um conjunto de palestras para corrigir idéias erradas ou para divulgar normas morais;
7. Ela não é uma solução mágica de todos os problemas pastorais e sociais do lugar onde ela acontece;
8. Ela não é uma demonstração de poder e de força em relação às outras comunidades cristãs;
9. Ela não é uma tropa de assalto de pregadores fanáticos;
10. Ela não é uma espécie de supermercado de produtos religiosos com promoções especiais;
11. Ela não é uma fábrica de milagres poderosos e ostensivos;
12. Ela não é um conjunto de ritos e práticas religiosas com muita gritaria e barulho;
13. Ela não é uma moda pastoral.
A missão não tem tempo certo. Se nós observamos a caminhada pastoral de nossa Diocese, a partir dos Planos Pastorais, podemos perceber que o eixo fundamental é a «missionariedade» [4]:
• o primeiro (1992-1995): «Nossa missão é evangelizar: lançai-vos em águas mais profundas (Lc 5,4)»;
• o segundo (1996-1999): «Nossa missão é evangelizar: com Maria rumo ao novo milênio»;
• o terceiro (2000-2003): «Ide evangelizar! Fazei de todos os meus discípulos (Mt 28, 19)»;
• o quarto (2004-2007): «Vai dizer aos meus irmãos (Jo 20,17)».
A missionariedade sempre esteve presente como «princípio natural» nas atividades dos grupos paroquiais e na história da Diocese desde os tempos da antiga Região Episcopal São Miguel, quando ainda estávamos ligados à Arquidiocese de São Paulo, sob as diretrizes pastorais e espirituais do grande pastor e arauto da esperança, S.Ema. Dom Paulo Evaristo Arns e seus bispos-auxiliares que tinham uma consciência magnânima sobre a realidade da grande cidade. «A constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; e a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5, 4-5), já lembrava o Apóstolo das Gentes.
Assim, o 5º Plano Diocesano quer ser uma continuidade da caminhada da Igreja, a partir de um modo novo de ser Igreja, portanto de uma Igreja sinal e sacramento de comunhão [5], exaustivamente refletido pelas Conferências Episcopais realizadas na América Latina (Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida) e pela CNBB – a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
O 5º. Plano Diocesano quer ser continuidade, mas, uma continuidade em comunhão com a caminhada histórica da Igreja no mundo, mas, sobretudo, no Brasil.
Um roteiro para um despertar missionário
Resgatar as nossas raízes: ter sempre em mente a história da paróquia, lembrar sempre os fatos mais significativos e positivos que a marcou. Valorizar as pessoas que na sua história ajudaram a construí-la entregando com simplicidade seu tempo, seu esforço, sua dedicação. A história não começou com nós. É sempre bom lembrar: «Anchieta chegou aqui há 500 anos». A nossa Diocese tem um passado de intensa atividade pastoral e de intervenção e ação organizada na realidade social local. «A pastoral da Igreja não pode prescindir do contexto histórico onde vivem seus membros. Sua vida acontece em contextos sócio-culturais bem concretos», nos ensina o documento de Aparecida (367-a). Isso significa que precisamos ter sempre os «pés no chão» da realidade da vida da comunidade e da paróquia. O presente não existe sem o passado; o presente não existe sem olhar o caminho já percorrido. O DA aponta também que as «transformações sociais e culturais representam naturalmente novos desafios para a Igreja em sua missão de construir o Reino de Deus. Daí nasce, na fidelidade ao Espírito Santo que a conduz, a necessidade de uma renovação eclesial que implica reformas espirituais, pastorais e também institucionais» (DA, 367-b). O Apóstolo Pedro na sua primeira carta insiste para que nunca nos esqueçamos das nossas origens e da fidelidade ao Evangelho e à caminhada da comunidade. «Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória, no dia da manifestação de Jesus Cristo» (1Pd 1,7).
Lembrar sempre que somos membros do Povo de Deus e que estamos sempre a caminho. É sempre oportuno em nossas Assembléias de Pastoral na paróquia fazer a «memória da caminhada». Como Povo de Deus somos todos protagonistas no agir missionário. «Os leigos devem participar do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da execução» (DA, 371 apud NMI, 29).
Valorizar sempre o dom e a dignidade da vida. No agir missionário levar sempre para as pessoas o anúncio evangélico que dá sentido à nossa vida e à vida das pessoas, através do testemunho de fé e vida dos participantes da comunidade; mostrar a beleza e a importância da vida em comunidade, mas, também da família[6]. Mas para isso é preciso superar o isolamento, o individualismo e favorecer mais o entrosamento, o encontro. Sobre esse assunto muito ainda temos por fazer visto os avanços, mas, também os retrocessos da caminhada da humanidade, sobretudo, nos seus aspectos científicos.
Tomar consciência da realidade. Se nós devemos valorizar a vida em comunidade e vida em família, sempre é útil e necessário realizar análises de conjuntura tanto eclesial como social, tendo como ponto de partida a Palavra e os Atos de Jesus Cristo; é a partir Dele e só Dele que podemos olhar a realidade e observar as dificuldades, as aflições a que passam o Povo de Deus propondo ações novas e projetos pastorais novos. Devemos sempre nos posicionar ao lado de quem sofre mais e isso nos remete novamente à reflexão sobre a necessidade de conversão. Tomar uma posição em favor de quem sofre pode trazer conflitos. Assim também aconteceu com Jesus na sua Palavra e na sua prática (cf. Mt 9,35-38).
Três prioridades interligadas na ação pastoral
O 5º Plano Diocesano de Pastoral propõe três grandes prioridades: a Família, a Missão e a Formação. Essas prioridades devem estar sempre presentes no pensar e no agir na pastoral paroquial. Por serem «prioridades» diocesanas a indicação do plano sugere que não abandonemos os projetos pastorais da paróquia que já realizamos, mas, que as coloquemos sempre no nosso agir na paróquia. Assim, todas as equipes da paróquia devem passar por um processo novo e criativo.
Esse processo novo e criativo deve ser assumido pelo agente de pastoral como um compromisso ou um ministério necessário que anima e esquenta as ações pastorais na paróquia.
Na prática, significa que precisamos agir como comunidade de pessoas, em forma paroquial, tendo em vista sempre uma melhor formação. A paróquia deve oferecer aos seus agentes «oportunidades» e atividades que acrescentem elementos importantes para a formação espiritual e racional de seus membros [7]. Não podemos esquecer nunca que estamos num momento histórico difícil, uma «mudança de época». Olhando para esse fenômeno na História podemos detectar que nesses momentos há uma espécie de reordenamento em todos os campos: na religião, na ciência, nos costumes, na geopolítica. A comunidade não está isolada na e da realidade em que vivemos.
Agentes de pastorais melhores e mais preparados são capazes de entender a realidade das pessoas e, a partir dela, anunciar o Evangelho de Jesus. Mas, essa formação deve se dar na e durante a caminhada.
Oração (cf. DA, 554)
«Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já declina» (Lc 24,29).
Fica conosco, Senhor, acompanha-nos, ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-te.
Fica conosco, porque ao redor de nós as sombras vão se tornando mais densas, e tu és a Luz... Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fração do Pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu ressuscitaste e que nos deste a missão de ser testemunhas de tua ressurreição.
Fica conosco, Senhor, quando ao redor de nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina nossas mentes com a Tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti.
Fica, Senhor, em nossas famílias, ilumina-as em suas dúvidas, sustenta-as nas dificuldades, consola-as em seus sofrimentos e no cansaço de cada dia... Tu que és a Vida, fica em nossos lares, para que continuem sendo ninhos onde nasça a vida humana abundante e generosamente, onde se acolha, se ame, se respeite a vida desde a sua concepção até seu término natural.
Fica, Senhor, com aqueles que em nossas sociedades são os mais vulneráveis; fica com os pobres e humildes, com os indígenas e afro-americanos, que nem sempre encontram espaços e apoio para expressar a riqueza de sua cultura e a sabedoria de sua identidade.
Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são esperança e a riqueza do nosso Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças.
Ó Bom Pastor, fica com nossos anciãos e com nossos enfermos. Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!
Amém!
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[1] VER: CASALDÁLIGA, Dom Pedro. Bispo emérito da Prelazia do Araguaia apud KONINGS, Johan. Espírito e Mensagem da liturgia dominical. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia, 1981.
[2] Cf. DA 366: «A conversão pessoal desperta a capacidade de submeter tudo ao serviço da instauração do Reino da vida. Os bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir atitude de permanente conversão pastoral, que implica escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas” (Ap 2,29) através dos sinais dos tempos em que Deus se manifesta».
[3] Cf. POLETTO, Pe. Devair Carlos. « A Paróquia: casa e escola de comunhão para ser rede de comunidades». Março de 2010. Texto mimeo.
[4] Cf. «5º Plano Diocesano de Pastoral», 1ª. Parte – Memória e perspectivas – página 13.
[5] Cf. Concílio Vaticano II. «Constituição Dogmática Lumen Gentium» (Luz dos Povos). Editora Vozes.
[6] Cf. «5º Plano Diocesano de Pastoral», 2ª Parte – Prioridades, páginas 24 a 27. Nessa parte encontramos um roteiro de reflexão sobre a prioridade «Família» que se encerra com as «Pistas de Ação» como sugestões para o desenvolvimento de atividades pastorais na paróquia.
[7] Improvisar é pecado na ação pastoral e evangelizadora. O Pároco, bem como os agentes pastorais leigos da comunidade, ao falar em público e para o público deve sempre comprometer-se consigo mesmo, em preparar um roteiro a partir da realidade em que vive. Homilias bem preparadas, inteligíveis, que sejam capazes de cativar e acender a chama do entendimento e do discernimento produz muitos frutos para a comunidade. Assim, todas as pessoas que, por delegação do Pároco estão autorizadas a ensinar e a fazer uso da Palavra, devem ter essa postura disciplinatória. Quando nos disciplinamos, percebemos que vamos além da chamada «boa-vontade». Tomar sempre cuidado com o perigo da «mesmice». Por isso, é importante sempre estar aberto ao que o outro tem a falar. O Apóstolo Paulo, com toda a sua experiência, nos alerta que o primeiro órgão do corpo humano a ser convertido é o nosso ouvido... E temos 2! Interessante quando lemos o relato da sua conversão (cf. At 9, 1-31) ; diante do Corpo do Ressuscitado, que lhe rendeu a cegueira, é pelo som da voz de Jesus que ele se guia e o coloca a e no «Caminho» da comunidade cristã. Diante da presença do Ressuscitado os sentidos humanos entram em ebulição e mutação. Os colegas cavaleiros ficam mudos e cegos. Os sentidos humanos perdem a razão e desafiam a ciência natural. Ananias, aquele que acolhe e acredita em Paulo, uma pessoa simples da comunidade, com medo, está a quilômetros de distância, mas, sente que vai encontrar-se com ele. A primeira palavra de Ananias para Paulo é essa: «Saul, meu irmão!» (cf. At 9, 17-c).