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domingo, 8 de maio de 2011

A voz do nosso paróco

2º. Domingo da Páscoa – Ano A -  1 de maio de 2011

Textos:
At 2, 42-47; Salmo 117; 1Pd 1, 3-9; Jo 20, 19-31



Irmãos e irmãs:
           
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!


A primeira leitura da Sagrada Escritura nos revela alguns indícios do rosto das primeiras comunidades cristãs formadas pelos discípulos de Jesus após a sua morte e ressurreição. A essência de Deus está na comunidade. Ele próprio com sua Palavra e atos revelam que, em si mesmo, pessoas distintas. A comunidade nos remete justamente à Trindade Santa: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Parece ter sido essa, desde o início de seu ministério, a intenção de Jesus: a comunidade humana deve ser um reflexo da imagem de Deus. E para Jesus a comunidade humana não deve ser apenas um aglomerado de pessoas, mas, uma Igreja, uma «Ecclesia». A sua preocupação em constituir, formar lideranças e ampliar o seu grupo fazia parte de seu projeto, um projeto que revelava a vontade divina, o sinal de Deus no meio dos homens.
Coube a Lucas ao escrever os Atos dos Apóstolos deixar para as gerações futuras esses indícios, que servem como fontes, em todos os tempos da história vivida pelos homens. Pois bem, ele nos revela algumas características dessa comunidade organizada por Cristo.
A primeira grandiosa característica era a perseverança «em ouvir o ensinamento dos apóstolos» (v. 42a). Os primeiros cristãos faziam de tudo para não faltar em nenhuma atividade da comunidade. O próprio Pedro saíra de Jerusalém para visitar as comunidades, formadas por Paulo e seus seguidores, com o objetivo de narrar as suas experiências vividas com Jesus. É o que mais tarde os Santos Padres chamaram de «Didaché», o ensinamento mostrado, revelado. Os apóstolos aprenderam com Jesus que não bastava recitar a Lei, mas, era preciso praticar a Lei; não como Moisés mandava, mas, praticar segundo o coração de Deus. Por isso, os ensinamentos dos apóstolos eram bastante objetivos, diretos. «E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam» (v. 43).
A segunda magna característica era a «comunhão fraterna» (v. 42b), a chamada «Koinonia». Cristo ensinava que o ser humano deve repartir o que tem. Em muitas partes dos evangelhos mostram Jesus valorizando essas pessoas que eram capazes, mesmo tendo pouco, de repartir, de ajudar. «Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um» (v. 44-45).

No Evangelho de João o Senhor Ressuscitado encontra-se pessoalmente com Tomé que desejara apalpar o corpo do Ressuscitado para poder ter fé. O interessante é que Tomé apalpa o corpo do Crucificado que é o mesmo corpo Ressuscitado. «Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel"» (v. 27). Certamente Tomé não esperava por essa. Quando lhe contaram que Jesus tinha aparecido na reunião na Páscoa, reunião a qual faltara, com certeza pensara na possibilidade de tocar em algum fantasma. «Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei"» (v. 24-25).
Tomé proclama a fé e sua fidelidade a Cristo e à comunidade. Temos nesse episódio uma íntima ligação tanto com a primeira leitura quanto com a segunda. «Jesus lhe disse: "Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!"» (v. 29). O ensinamento de Pedro é um reflexo das próprias palavras de Cristo na segunda leitura. «Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação» (v. 8-9).

Neste segundo domingo da Páscoa – Dia da Divina Misericórdia -  nos preparamos para a grande festa de Pentecostes, celebrado 50 dias após a ressurreição do Senhor; a vinda do Espírito Santo para a sua presença definitiva na comunidade. Esse mesmo Espírito já estava presente nos ensinamentos dos apóstolos. «E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoarem os pecados, eles lhes será perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos"» (v. 22-23).
A nossa fé, a fé da Igreja é apostólica. É pela comunidade que nos tornamos participantes da fé em Cristo e da comunhão com Deus. 



(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 01/05/2011)

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