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sábado, 15 de outubro de 2011

A voz do nosso paróco

Dia de São Francisco de Assis 
Padroeiro da Paróquia em Vila Guilhermina

4 de outubro de 2011.

Textos:
Jn 3, 1-10; Salmo 129; Lc 10, 38-42.


Irmãos e irmãs:

JESUS MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO!


            A Palavra de Deus é dirigida a todos. Deturpada mentalidade considera que a Palavra de Deus é para somente os «filhos de Deus». Não é essa a vontade de Deus. Os profetas compreenderam bem o coração de Deus. E por causa dessa consciência, os profetas eram críticos e duros para com quem se considerava mais filho de Deus do que os outros. E a crítica era para dirigida com firmeza e clareza não importando a classe social e nem o cargo que a pessoa ocupava. Podia ser líder político, líder religioso ou líder de qualquer grupo social. O amor, a compaixão e a misericórdia de Deus são para com toda a humanidade.
Uma rápida leitura dos livros proféticos nos ajuda a interiorizar a espiritualidade bíblica, sobretudo a de Jesus, o Cristo, evitando que, em nosso tempo, tenhamos recaídas em nossa ação pastoral e evangelizadora. Frequentemente, de tempos em tempos, acabamos cometendo esses erros, pois não temos o mesmo «olhar de Jesus».

O profeta Jonas, na primeira leitura, chama a nossa atenção para essa realidade, no dia do padroeiro da nossa paróquia. Jonas revela o quanto Deus é sempre uma surpresa em nossa vida, pois Deus não é um Deus estático, inerte, parado no tempo e na História.
Para início de conversa, Deus chama Jonas para ser seu missionário; não pensemos que Deus facilitava para Jonas. Deus o chamou para ser missionário no território dos inimigos do povo. «Levanta-te e põe-te a caminho da grande cidade de Nínive e anuncia-lhe a mensagem quer eu te vou confiar» (v. 2). Deus não o chamou para ser missionário entre os seus amigos, nem para anunciar a mensagem Dele internamente na comunidade de Jonas. Como é atual a Palavra de Deus em nosso tempo. A Palavra de Deus revelada plenamente em Jesus, o Cristo, quer sempre nos tirar das paralisias, das estruturas engessadas que nos imobilizam, que arranca a inteligência e mata a criatividade, no cumprimento da missão a que fomos chamados pelo Batismo.
Diante da missão dada por Deus a cabeça de Jonas quase endoideceu. Sua primeira atitude foi fugir de medo. Não deu certo (cf. Jn 1-2). Finalmente confiando mais na promessa de Deus ele vai para Nínive. «Jonas pôs-se a caminho de Nínive, conforme a ordem do Senhor. Ora, Nínive era uma cidade muito grande; eram necessários três dias para ser atravessada» (v. 3).
Em Nínive, o profeta Jonas descobre o alcance da Palavra de Deus. Ele descobre que a Palavra não pode ficar «aprisionada» no interior de comunidades e muito menos na cabeça dos fiéis, quase sempre envoltos em suas próprias culturas.
Jesus, um dia, diante do povo de sua cidade que não acreditam Nele disse que não seria «sinal» para ninguém lá. Disse apenas que o único sinal para aquele povo deveria ser o profeta Jonas. Eles não entenderam porque, como nós nos tempos de hoje, também engessamos a nossa fé.

Na «subida para Jerusalém» Jesus nos revela as exigências para segui-Lo (cf. 9, 57-62). O Evangelho de hoje nos apresenta um episódio na caminhada que Jesus realizava. Duas mulheres, Marta e Maria, acolhem, recebem e hospeda Jesus.
Jesus chama a atenção para a atitude e o comportamento de ambas. As duas parecem ter apreço por Jesus, pois o chama de «Senhor». Entretanto, ambas demonstram de maneiras diferentes. Marta se preocupa com a beleza da casa. «Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!» (v. 40). A crítica de Marta para Maria, sua irmã, foi por causa de seu comportamento. «Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra» v. 39).
Através desse episódio Jesus quer nos ensinar que o mais importante é «dar» do que «receber» (cf. At 20,35). Marta quer receber a atenção de Jesus; Maria quer dar a sua atenção para Jesus.
A conclusão e a sentença de Jesus são claras: «Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada» (41-42).

Irmãos e irmãs:

            Se por qualquer razão, na cabeça de vocês, os ensinamentos de Jesus não tem importância nenhuma para suas vidas, lhes convido a relacionar Jesus com nosso padroeiro S. Francisco de Assis.
            Nosso padroeiro revelou para nós não só um conhecimento teológico do Evangelho, mas transformou essa teologia em prática. Chamado por Cristo foi, de certa forma, superior ao profeta Jonas. Este teve medo, São Francisco não; aliás, Francisco teve que enfrentar a incompreensão de sua família que era rica, sobretudo a do pai, que contava com netos e com a capacidade do filho em prosseguir com o comércio que realizava. Os amigos de seu grupo de jovem também demoraram em compreendê-lo.
            Somente os mais pobres, os lascados da vida, os que nada possuíam e os doentes foram os primeiros a compreendê-lo. Foram capazes porque perceberam que Francisco estava, com sua atitude radical, dando valor mais à vida do que aos bens materiais.
            Que belo ensinamento prático que deve enriquecer nossa fé em Jesus.

Caríssimos:

            Estamos celebrando os 62 anos de vida da nossa paróquia, embora ela tenha o seu início já na década de 30, com o empenho do Pároco da Igreja dos Olivetanos, na Vila Esperança. Nos teletransportemos aquele tempo e imersos naquele contexto histórico e geográfico. Como devemos nossa gratidão a esse religioso beneditino que semanalmente se deslocava para a nossa Vila Guilhermina formando pequenos grupos para a evangelização.
            Também como não ser gratos com as pessoas mais antigas de nossa paróquia, as primeiras lideranças leigas, que com esforço souberam dar atenção e dedicação para o progresso da paróquia e também do bairro, visto que a Igreja, ao longo do tempo sempre se torna sinal e referência importante.
            A todos nosso muito obrigado. Aos falecidos também nossa gratidão e roguemos: «que pela misericórdia de Deus descansem em paz!». Amém. 

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