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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil

Ano C – 12 de outubro de 2010
Textos próprios

Irmãos e irmãs: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


«O Verbo se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1,14). Os Evangelhos narram o caminho realizado por Jesus na perspectiva de sua humanidade e divindade. A Boa-Noticia é o fato de que, em Cristo, não há mais uma separação entre humano e divino. «Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus» (Mc 1,1) dá inicio o Evangelho de Marcos. É, pois a Encarnação e seu mistério, a realização da vontade de Deus, o Pai, que oferece ao homem a salvação ou a condenação. « Jesus é verdadeiramente a realidade nova que supera tudo quanto a humanidade pudesse esperar, e tal permanecerá para sempre ao longo das épocas sucessivas da história. Deste modo, a encarnação do Filho de Deus e a salvação que realizou com a sua morte e ressurreição são o verdadeiro critério para avaliar a realidade temporal e qualquer projeto que procure tornar a vida do homem cada vez mais humana» (VER: João Paulo II. «Incarnationis Mysterium», n. 1).

Se a desobediência, o pecado original, causou um corte e uma separação do homem em sua divindade, como narra o livro dos inícios dos tempos, em Jesus Cristo a realidade antiga, anterior ao pecado, se refez de maneira conflituosa, mas, de certa forma bela e majestosa. Daí entendemos as palavras litúrgicas de Paulo em sua carta aos Efésios. «Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, do alto dos Céus, nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. Foi assim que n'Ele nos escolheu antes da constituição do mundo, para sermos santos e imaculados diante dos seus olhos. Predestinou-nos para sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus Cristo, por sua livre vontade. (...) [Deu-nos] a conhecer o mistério da sua vontade, segundo o beneplácito que n'Ele de antemão estabelecera, para ser realizado ao completarem-se os tempos: reunir sob a chefia de Cristo todas as coisas que há no céu e na terra » (Ef 1, 3-5.9-10)».

Agradeçamos e louvemos ao Pai por nos ter dado Maria, a Mãe santíssima de Jesus e, por consequência a «Mãe de Deus». No «sim» de Maria, Jesus Cristo nos alimenta com a sua vida, seu Evangelho no augusto sacramento da Eucaristia. Podíamos dizer que ao celebrar o Dia de Nossa Senhora Aparecida não só reconhecemos o seu papel importantíssimo para a salvação do homem, mas de certa forma nos sentimos acolhidos novamente pelo Deus da Criação. Sentimos o calor do abraço amoroso do Pai que, presente na Igreja, aguarda sempre a nossa chegada (cf. Lc 15, 1-32). Quando saímos de casa e vamos participar da paróquia, a «casa e a escola da comunhão» aceitamos o convite misericordioso do Pai que nos chama a celebrar. «Mas, é preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado» (cf. Lc 15, 32). Não ter respeito e nem fé na Mãe de Jesus é agir numa humanidade condenável, a humanidade de Caim, o fruto assassino da desobediência de seus pais; aquele que chuta, zomba e destrói a beleza da Criação de Deus.

A Bíblia destaca o papel de algumas mulheres; ora pelo heroísmo, ora pela firmeza na fé. Mas, toda Bíblia ao falar das mulheres de certa forma as apresenta como pessoas que, mesmo debaixo de leis sociais e religiosas opressoras, não se omitem em agir e transformar a realidade. Ao proclamar o livro de Ester, na primeira leitura, a Igreja quer o nosso reconhecimento às mulheres. Mas, a Igreja deseja que nossa inteligência não somente olhe para a história passada, mas que nossos olhos sejam capazes de contemplar a beleza da Mãe de Jesus no tempo de «Hoje» e também na Igreja.

«Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida», canta o povo amado de Jesus, o Povo de Deus. Nessas palavras simples e humildes, o povo sofrido nos dá um ensinamento de grande profundidade teológica, um «grito da alma, uma saudação, uma invocação de filial devoção e confiança para com aquela que, sendo a verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser a nossa Mãe» (VER: João Paulo II. «Homilia na Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida», 1980). É assim que João em seu Apocalipse, na segunda leitura, apresenta a Mãe de Jesus como um espelho da Igreja. A Igreja como Maria também sofreu, em seu trajeto histórico, perseguições de governos, de partidos políticos. Todos recordam que Maria, tendo Jesus ainda em seus braços, aquele frágil bebê, sofreu o desterro para salvar a vida do Menino. João dirá: «O dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o Menino» (v. 13-a). Mas, o Povo de Deus, nós que vivemos nesse mundo jamais abandonaremos a Mãe de Jesus. «A terra, porém, veio em socorro da mulher» (v. 15).

A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: «Fazei tudo o que ele vos disser» (v. 5). E é ela que numa festa de casamento, em Caná da Galiléia, encaminha a Jesus as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria. «Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida».
(texto: Pe Devair Carlos Poletto - 12/10/2010)

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