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sábado, 2 de outubro de 2010

Tríduo de São Francisco de Assis - 3º dia

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - VILA GUILHERMINA


61 ANOS EVANGELIZANDO
1949-2010


TRÍDUO DE SÃOFRANCISCO DE ASSIS - 3º DIA

"Como ser discípulo e missionário de Jesus Cristo diante da desestruturação da família?


Neste terceiro e último dia do Tríduo de São Francisco, fomos convidados a refletir sobre a realidade da família e nossa atuação missionária diante desta realidade.

O temário desse ano quer nos apresentar os grandes assuntos de nosso tempo imersos num processo e num projeto desencadeado pelas forças políticas e econômicas desde a década de 90. Trata-se do fenômeno da «globalização». São temas que afetam profundamente no nosso ser e agir enquanto comunidade seguidora do Senhor Jesus Cristo. São os grandes temas que deverão nortear a nossa formação intelectual e espiritual nos próximos anos. Tendo consciência de que estamos em «mudança de época» nos defrontamos com novas características que vão compondo o retrato do mundo em que vivemos. Uma dessas características é o «pluralismo» em todas as áreas que traz consequências sérias; uma dessas consequências é a desestruturação da família. Olhamos para esses desafios com os olhos da razão, mas também com os olhos da fé. Mas, queremos que uma fé profética nos ajude, com gestos concretos, a compreender melhor a realidade.

A «desestruturação da família» ocorre na medida em que surgem «novos» modelos de comunidade e de relacionamentos. Não podemos encarar o «novo» como algo absolutamente inatingível e incompreensível. Trata-se de um desafio, pois a «a realidade traz inseparavelmente uma crise de sentido» (DA, 37). Por isso, somos condicionados a buscar outra realidade, a «realidade virtual». A realidade virtual é uma ficção da realidade em todas as suas áreas. Ela é mais atrativa e imaginativa; ela nos enche de fantasia e preenche certo «vazio produzido em nossa consciência» (cf. DA, 38). Com os olhos voltados para o virtual desviamos o nosso pensar sobre a «verdade real» que nos envolve. É uma tragédia, pois perdemos o sentido de unidade da humanidade: resultado de um estilo de vida positivista.

Um fato desconcertante e que causa profunda insegurança é o de que as tradições culturais já não se transmitem de uma geração à outra. Isso afeta diretamente o núcleo familiar que fora construído a partir da experiência religiosa. A família, antes lugar do diálogo, da educação e da solidariedade entre as gerações encontra agora dificuldades. Os meios de comunicação social e as novas tecnologias invadiram todos os espaços e todas as conversas no interior da família.

Entre os pressupostos que enfraquecem e menosprezam a vida familiar encontramos a «ideologia de gênero», segundo a qual cada um pode escolher sua orientação sexual, sem levar em consideração as diferenças dadas pela própria natureza. Isso tem provocado modificações legais que ferem gravemente a dignidade do matrimônio, o respeito à vida e a identidade da família.

O Evangelho de Lucas apresenta-nos o resultado da missão empreendida pelos 72 discípulos enviados por Jesus. Eles retornam «muito contentes» (v. 17), pois conseguiram ter ações que, na compreensão deles foram ações que manifestaram o grande poder de Jesus. «Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa de teu nome» (v. 17-b). Paradoxalmente, a alegria e o contentamento dos discípulos não consegue atingir Jesus. «Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago» (v. 18). O foco da alegria para os discípulos é a manifestação do poder de suas ações; no entanto, Jesus diz que a verdadeira alegria não está no sucesso das ações, mas, no fato de que foram chamados para fazer parte da comunidade e do grupo dele. «Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu» (v. 20).

Decepcionado com os Doze, decepcionado com os 72, Jesus volta-se agora para outro grupo que Ele chama para realizar a missão: os «pequeninos» (v. 21-c). O discípulo como Jesus, sendo grande deve ter a simplicidade dos pequenos. «Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre por amor; para que sua pobreza nos assim enriquecesse» (cf. 2Cor 8,9). O discípulo tem que realizar em sua vida o mesmo processo realizado por Cristo. «O Filho do Homem veio ao mundo para servir e dar a sua vida em resgate de muitos» (Mc 10, 45). Paulo na sua carta aos Filipenses desenvolverá essa espiritualidade exigida por Jesus aos seus discípulos radicalmente. Ele chegará a afirmar que tudo para ele é considerado «perda e lixo» (Fl 3, 8).

Nosso padroeiro S. Francisco de Assis conseguiu desenvolver essa espiritualidade em sua vida. Ele conseguiu agir no mundo sendo discípulo e missionário de Jesus Cristo, na verdadeira alegria.


(Texto: Pe Devair Carlos Poletto)


São Francisco de Assis!
Rogai por nós!


Participem, nesta segunda-feira da missa em louvor à São Francisco de Assis, às 20h.

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