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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A voz do nosso pároco

Festa do Batismo do Senhor – Ano A - 9 de janeiro de 2011.
Textos: Is 42, 1-4.6-7; Salmo 28; At 10, 34-38; Mt 3, 13-17


Irmãos: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Festejar o Batismo do Senhor é recordar o significado especial que esse sacramento tem na vida humana. O batismo nos insere na vida da fé; ele nos dá uma vida espiritual. A vida biológica nós recebemos de um homem e de uma mulher, mas, a vida espiritual nós a recebemos de Deus, o Pai Criador, no seu Filho Jesus Cristo. Pelo Batismo há um chamado de Deus para ser discípulo e missionário de Jesus Cristo. Discípulo e missionário de Jesus é aquele que o encontrou pessoalmente na lida do dia-a-dia, na história pessoal e social. Assim, na comunidade formada de membros batizados, todos os seus membros possuem uma única missão e mesmo objetivo: defender e alimentar a fé cristã na Igreja e no mundo.

O profeta Isaías nos dizia domingo passado de que o fiel perseverante tem de agir no mundo como profeta. O profeta vê o Cristo – a Luz - que o mundo não consegue ver. «Chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor» (v. 1 de Is 60). Por isso, a primeira leitura da Sagrada Escritura de hoje nos remete ao Isaías dos tempos do exílio, período de terrível e grande sofrimento espiritual do povo hebreu. O fiel verdadeiro traz em si a certeza do chamado de Deus. «Eis o meu servo — eu o recebo; eis o meu eleito — nele se compraz minh'alma; pus meu espírito sobre ele» (v. 1). O fiel verdadeiro tem consciência e razão, mas, movidas pelo Espírito de Deus. O Espírito de Deus sempre esteve presente em toda a ação de Deus, descreve o livro do Gênesis. Mas, o pecado original trouxe uma confusão e uma desorientação no mundo. Isaías ao dizer que Deus pôs sobre nós o Espírito dele está querendo dizer que em nós já há a semente do julgamento final. Os evangelistas viram nessa passagem profética a pessoa deles próprios e a de Jesus. Através de um poema chamado «Cântico do Servo Sofredor» que vai aparecendo no conjunto de sua obra, o profeta Isaías nos dá pistas da identidade do Servo Fiel, o Cristo Messias e de seus seguidores. Poderíamos sintetizar essa identidade em três aspectos fundamentais que determinam o agir cristão que se originam na vinda do Espírito Santo sobre nós. Com eles também podemos observar e separar o joio do trigo na confusão e desorientação promovidas pelo pecado. O primeiro aspecto é a realeza. «Ele promoverá o julgamento das nações» (v. 1b). O cristão autêntico é defensor dos direitos da pessoa humana, sobretudo dos mais fracos e pobres, em qualquer cenário político e econômico. Sempre bom lembrar: quando se fala em «pessoa humana», quer-se verdadeiramente dizer «ser vivo e humano». O segundo aspecto é o sacerdócio. Para realizar a sua missão o fiel verdadeiro precisa de um método e de uma pedagogia de como fazer uma realidade espiritual ser visível aos olhos de todos. O profeta Isaías nos fala que Deus utiliza o método e a pedagogia sacerdotal; o sacerdote é um homem chamado por Deus para ser aquele que no lugar de todos os seres humanos apresenta e oferece a Deus as ofertas humanas. Deus instituiu um sacerdócio profético no Antigo Testamento começando por Moisés. Toda a comunidade pode falar o que quiser com Deus; mas, o que o sacerdote falar e não só falar, apresentar as ofertas a Deus este o ouvirá e agirá segundo o seu tempo e a sua vontade. «Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo» (v. 6). O sacerdote sofre em sua humanidade porque ela é igual à de todos os seres humanos. Esse sofrimento cresce na medida em que em sua vida ele vai conhecendo e experimentando a divindade que vem de Deus. Ele tende num primeiro momento a negar a sua humanidade, mas, depois com a intimidade maior com Deus ele vai descobrindo que ele não precisa destruir sua humanidade, mas, ver na divindade de Deus a sua própria humanidade. «Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade» (v. 2-3). E o terceiro e último aspecto: a profecia. Esse aspecto é o resultado e o processo conflitivo vivido dos dois aspectos anteriores, rei-sacerdote. «Os fiéis leigos são ´os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Eles realizam segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo´. São ´homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja´» (n. 209, do DA).

(texto: Pe Devair Carlos Poletto - 9/1/2011)

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