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domingo, 16 de janeiro de 2011

A voz do nosso pároco

Tempo Comum é um tempo propício para conhecermos melhor e nos aprofundar na História da Salvação, nas maravilhas que Deus realizou e realiza até hoje na vida da humanidade, de refletir e sentir o Seu grande amor por cada um nós.

No decorrer do Tempo Comum também celebramos diversas Solenidades e Festas Litúrgicas, marcadas pela experiência profunda da fé de pessoas simples que marcaram sua época e servem de exemplo de vida para nós cristãos - os Santos e Santas de Deus.

Vamos aproveitar essas reflexões dominicais!
Sempre à luz do Evangelho, nosso pároco ilumina nossa realidade, o contexto sócio-economico em que vivemos, enriquecido de conhecimentos teológicos, filosóficos e literários.

Vamos lá!
Prepare-se para ir a Santa Missa!
Pegue sua bíblia, leia os textos do dia e acompanhe essa reflexão!
Vale a pena esta leitura!

Rosangela Molina
_________________________

2º. Domingo do Tempo Comum – Ano A – 16 de janeiro de 2011.
Textos:
Is 49, 3.5-6; Salmo 39; 1Cor 1,1-3; Jo 1, 29-34.



Meus irmãos: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Estamos reunidos em torno da Mesa da Palavra e da Mesa Eucarística com alegria para celebrar a Páscoa do Senhor.

Deus, nosso Pai, insiste e sempre está a nos chamar para que participemos ativamente da Sua Palavra e nos alimentemos do pão eucarístico, o Filho Amado, Ungido pela Palavra do Pai. Cremos firmemente que o alimento da Eucaristia que veio do Alto, pelo «sim» de Maria, nos revigora na Ressureição do Senhor.

Abrimos o «Tempo Comum» festejando o Batismo de Jesus realizado pelas mãos do maior profeta que existiu: João Batista.


A primeira leitura é do Segundo Isaías, capítulo 49 que se inicia com um chamado profético de Deus para que seu povo se transforme também em profetas neste mundo. «O Senhor me disse: Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado» (v. 3). É um convite especial para que o Seu Povo abrace com o braço forte da fé o Evangelho do Reino. «Ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo» (v. 6-a). Para Isaías que anuncia na leitura hodierna (dos dias de hoje; atual) o «Segundo Cântico do Servo» ser uma comunidade de profetas é restaurar o mundo com consciência; mas, sobretudo com uma forte espiritualidade - advinda de uma experiência íntima com Deus – que ilumina. « Que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória» (v. 6-b). Fomos destinados por Deus a ser «luz das nações». «Eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra» (v. 6-c). A mesma missão Deus fizera no passado como podemos constatar pelo profeta Jeremias: «Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia, antes de saíres do ventre, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações» (Cf. Jr 1,5). Bem mais tarde Paulo já inserido na Igreja de Cristo, como Apóstolo, pois fora «arrancado» do mundo pelo Senhor Ressuscitado, nos lembra de que somente pela graça de Deus podemos ser e agir como comunidade de profetas neste mundo marcado por tantas divisões sociais, econômicas e religiosas. «Deus, porém, tinha me posto à parte desde o ventre materno; quando então ele me chamou por sua graça» (Cf. Gl 1,15).

Assim, é pela graça de Deus, em seu Filho Jesus Cristo que na segunda leitura, dirigida aos coríntios, que Paulo reforça o convite a uma vida de santidade; porém uma vida de santidade que é fruto de uma prática profética que se consolida na medida em que ouvimos com atenção o Evangelho do Reino anunciado por Cristo. «Aos que foram santificados no Cristo Jesus, chamados a serem santos, junto com todos os que, em qualquer lugar, invocam o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso» (v. 2). Paulo lembra a comunidade dos coríntios, marcada por divisões internas tanto do ponto de vista econômico como religioso para que retome em sua vida «o chamado». Ainda que a sofrer com aquela realidade vivida pela comunidade ele deseja a graça e a paz. «Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (v. 3). Quando não vivemos em comunhão, que vem do Espírito Santo é porque rejeitamos a graça e a paz que nos foram destinadas por Deus.

O Evangelho segundo João é chamado de o «Evangelho dos Sinais», pois narra os grandes episódios ocorridos com Jesus de Nazaré. João também utiliza a geografia e a cronologia, mas faz uma leitura altamente teológica e profunda, misturando vários estilos como narrativa, diálogo e discursos. Em muitos momentos narrativos João introduz em seu Evangelho versículos autoexplicativos, espécie de pensamentos do próprio Jesus e de como Ele enxergava a realidade do seu tempo.

Jesus é apontado por João Batista como o Cordeiro de Deus. «João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”» (v. 29). O Evangelho de João é o único que utiliza essa expressão, embora Paulo também a utiliza a partir da sua teologia: «Cristo nossa Páscoa, foi imolado» (cf. 1Cor 5,7). Trata-se, portanto de um termo oriundo de uma reflexão sobre o Cristo. Ambos completam o título ligando a revelação da identidade de Jesus como aquele que «imolado» «tira o pecado do mundo». É quase possível que a origem dessa reflexão venha do judaísmo primitivo instituído por Moisés que prescrevendo a liturgia cultual da Páscoa antiga instituiu a oferta da família reunida: um cordeiro. A imolação do cordeiro estava ligada ao perdão dos pecados (ver: Is 53, 6-8). Acreditava-se que o Espírito de Deus, na noite da Páscoa, habitaria o cordeiro que após o sacrifício servia de refeição para todos da família. No judaísmo primitivo como em muitas religiões antigas acreditava-se que ao comer a carne de certos animais a força e o poder deles entravam no corpo dos comensais.

O capítulo primeiro do Evangelho, após uma introdução belíssima, nos apresenta o chamado «Tempo dos Sinais». Antes de narrar o primeiro sinal (as Bodas de Caná), o evangelista nos introduz no «testemunho de João Batista». «E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”» (v. 32-34).

A Igreja também nos convida a caminhar na estrada de Jesus e assim como Ele deseja que entremos sempre em estado de conversão para que todos nós sejamos também suas testemunhas.

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 16/1/2011)

Pe Devair é pároco na Paróquia São Francisco de Assis -Vila Guilhermina/SP
Entre em contato com Pe Devair, também através do nosso blog, comentando seus textos e deixando email para contato.

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