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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pequeninos


O amor de Jesus para com os pequeninos mostra-nos a necessidade de vermos o semelhante a partir dele, com sua ótica do amor aos mais fragilizados. Não vemos isso acontecer por parte de quem tem o enfoque da vida no fechamento de si mesmo. A sociedade de consumo coloca o valor maior na busca de vantagens pessoais, sem muito levar em conta as necessidades do semelhante, esquecendo-se de que, quanto mais dermos de nós mesmos em bem de uma sociedade justa e fraterno, mais temos efeito positivo para nós também. Caso contrário, continuaremos a ver grandes parcelas deixadas de lado na caminhada da vida e na justa promoção da dignidade para todos.
Nessa perspectiva, vale a pena considerar o exemplo de Jesus e seu ensinamento: “Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa” (Mateus 10, 42). Muitos na história humana foram e outros ainda são obedientes a Jesus, com sua vida de total dedicação à causa da promoção da vida, a partir dos mais empobrecidos e carentes. Além de darem mais do que um prato de comida, lutam por sua dignidade, com ações sociais, políticas e união de esforços para a implantação de mais justiça  inclusão social dos pequeninos. Em nossas Igrejas e em grupos de promoção humanitária vêem-se pessoas de ideal e amor, que não medem esforços para a preservação da vida, do meio ambiente e na luta por políticas públicas de serviço à causa dos mais indefesos e agredidos em sua vida.

Hoje, mais do que nunca, precisamos trabalhar pela base da sustentação e da formação da dignidade humana que é a família. Bem preparada, formada e com meios suficientes para viver com o mínimo de estrutura humana, pode dar mais sustento ao tecido social. Quanto mais condições educativas com valores éticos, materiais e religiosos tiver, mais dará base para uma convivência equilibrada da interação, justiça e paz na sociedade. Caso contrário, vamos eternamente trabalhar com os efeitos danosos da droga e da dissolução dos elos familiares, com seus transtornos sociais. Muitas vezes o enfoque de defesa dos direitos das pessoas barra com suas carências de formação do caráter e dos valores da cidadania. Na família bem estruturada a formação para a alteridade, a contribuição para o respeito e a promoção de quem é mais fragilizado em todos os aspectos são fatores determinantes para um convívio de mais felicidade para todos. Onde há alguém sofrendo, a pessoa bem formada olha por sua causa. Caso contrário, viveremos com a verdadeira lei injusta do predomínio do mais forte sobre o fraco. Na sociedade marcada profundamente pela busca desenfreada do ter, Jesus nos ensina o valor maior da busca do amor, em vista do tesouro definitivo do Reino do Céu.

Não é à toa que ele nos apresenta o Evangelho do amor, com seus diversos graus, como: amar o próximo como a si mesmo; amá-lo retribuindo o amor recebido; amá-lo com o amor de Deus e por causa dele.
Paulo nos lembra o compromisso assumido por quem é batizado: o de morrermos para nós mesmos, à semelhança do Divino Mestre, que o fez para nos dar vida. Assim daremos também a nossa para retribuirmos o amor dele, dando de nossa vida a quem a tem fragilizada (Cf. Romanos 6,8-11).

Dom José Alberto Moura, CSS
Arcebispo de Montes Claros, MG


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