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domingo, 19 de junho de 2011

A voz do nosso paróco


Festa da Santíssima Trindade – Ano A – 19 de junho de 2011.

Textos: Ex 34,4-b-6.8.9; Ct Dn 3,52-56; 2Cor 13,11-13; Jo 3,16-18.

Amados irmãos e irmãs:

«Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!»
(Antífona de Pentecostes)


                        Essas palavras do salmo 103 que a Igreja reunida proclamou e repetiu no mundo inteiro, na perene Páscoa do Senhor e nossa, sobe aos céus. É uma oração que traz consigo um pedido sempre atual de renovação da esperança na caminhada da «Igreja – Povo de Deus – em movimento». «Hoje lhe seja agradável o meu canto, pois o Senhor é a minha grande alegria!» (Salmo 103).  Nós fomos chamados a formar e a ser Evangelho; nós que fomos integrados e membros do Povo de Deus pelo Batismo; formamos uma família, uma comunidade, a Igreja - reflexo de Deus Uno e Trino.

            A festa de Pentecostes – a festa do Divino – que celebramos domingo passado é consequência da vitória de Jesus de Nazaré, o Cristo, sobre a cultura da morte. É o desdobramento da Páscoa do Senhor, pois a rogação do salmista é sempre atual na caminhada do Povo de Deus.

            De fato, impera no mundo a cultura da morte, resultado de uma insistente negação dos poderosos deste mundo diante do valor inegociável da vida criada por Deus. Nós  que, convivemos e  não vivemos separados dos poderosos deste mundo – ao contrário deles – bendizemos a Deus, pedimos que Ele abençoe a nossa caminhada. «Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! Encheu-se a terra com as vossas criaturas!» (Salmo 103). Digamos «sim» para a cultura da vida e um «não» para a cultura da morte. Ao contrário dos poderosos deste mundo, conseguimos enxergar a Presença de Deus no mundo; os poderosos têm dificuldades de fazer o mesmo, pois transferem o poder de Deus em seus sistemas econômicos e políticos. Os poderosos do mundo perderam a fé em Deus, pois não conseguem caminhar com o Povo de Deus, mas separados do Povo de Deus. Os poderosos do mundo acreditam que Deus está ainda naquele momento sem esperança, na dura caminhada pelo deserto, quando o povo adorou o bezerro de ouro. Até hoje muitos, ricos e pobres, se encontram paralisados naquele momento da história do povo de Israel e não conseguem avançar. Mas, a Igreja Católica está presente sempre para ajudar e para colaborar para que neste mundo possamos enxergar os sinais do Reino, anunciado por Jesus de Nazaré.

            É o que aprendemos do Senhor Ressuscitado em sua Páscoa, no Tempo de convivência e diálogo Dele para com a Igreja e a humanidade. Assim, também ascendemos nossa humanidade com a do Cristo, Jesus de Nazaré. «Foi a eles que Jesus se mostrou vivo, depois de sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias apareceu-lhes falando do Reino de Deus» (At 1,3). Não por acaso a Igreja nos remete sempre a olhar o significado profundo da ressurreição de Jesus no ato essencial e vital do Pai, mas utilizando os óculos do profetismo. «Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”» (At 1,8).

Irmãos:

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

            Hoje celebramos a Festa da Santíssima Trindade. É a partir da fé pascal, experimentada e testemunhada pela Igreja Católica, em Jesus, o Cristo, ascendido aos céus e realizador das promessas do Pai, em Seu Espírito, que iremos ao longo da vida e da caminhada, aprofundar sempre mais a pergunta fundamental: quem é Deus? Logo de início ouvimos uma revelação. A revelação é esta: «Deus é amor» (1Jo 4,8). É a partir dessa consciência que deveremos meditar a Palavra de Deus por todo o Tempo Comum e conhecer mais profundamente Deus, em Seu Filho, Jesus de Nazaré, no Espírito do Pai.

            Na primeira leitura do Livro do Êxodo, cap. 34 Moisés faz uma importante declaração enquanto Deus se aproximou dele no Monte Sinai. «Senhor, Senhor! Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel!» (v. 6). O cap. 34 do Livro do Êxodo narra um encontro entre Moisés e Deus, após o triste episódio do bezerro de ouro que revelou a infidelidade do antigo Povo e sua incapacidade de amar diante das grandes dificuldades do mundo. A declaração de Moisés revela sua experiência mais profunda do contato com Deus. Para Moisés e todo o Antigo Testamento Deus revelou-Se como pessoa e uma manifestação da sua pessoa é a Lei, o Decálogo, os Dez Mandamentos; e é absolutamente verdadeira a experiência ressuscitante vivida por Moisés.

            Porém, Deus caminha com seu povo. Deus é dinâmico e não paralisante. Por isso, Paulo na segunda leitura, faz rigorosa e sofrida reflexão com o povo da comunidade de Corinto. Paulo - discípulo e missionário de Jesus Ressuscitado – supera a manifestação antiga da presença de Deus, no encontro transformador no caminho para Damasco, na Síria. Paulo consegue compreender que o Senhor está no meio de nós. «A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós» (v. 13).  Paulo consegue compreender que Deus está presente na vida da comunidade reunida. E ele nos dá pistas para cultivarmos certos sentimentos fundamentais na caminhada. Por isso, insiste nas recomendações: é preciso ter alegria, coragem na caminhada porque tudo é para o melhor de nós; tudo é para nosso aperfeiçoamento. «Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, cultivai a concórdia, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco» (v. 11).  Para Paulo, Deus está presente na «Igreja – Povo de Deus – em movimento!».

            No Evangelho, Jesus após uma conversa pessoal com Nicodemos, clareou mais ainda a visão daquele importante homem, negociante rico e muito religioso, membro do Sinédrio. João relata a declaração feita por Jesus. «Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna» (v.16). O amor de Deus é tão gigantesco que supera todo tipo de sofrimento e até a morte. É uma síntese que Jesus faz olhando para a experiência antiga vivida pelo povo de Israel no deserto. O amor de Deus por nós é tão grande que revela sua vontade e objetivo: salvar o ser humano, às vezes, de si mesmo e de seus sistemas. «De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele (v. 17).

(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 19/06/2011)

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