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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO

por Rosangela Molina

Ó Maria concebida sem pecado!
Rogai por nós que recorremos a vós!

Neste importante dia para todos nós, cristãos, lembremos o grande exemplo de fidelidade de Maria que diz o seu SIM a Deus!

Numa época como a dela, não deve ter sido fácil, mas ela disse o seu SIM!
Quantas vezes deve ter se sentido sozinha, com medo? Mas ela disse o seu SIM!
Por quantos sofrimentos passou? Mas permaneceu firme no seu SIM!
Acompanhou, com seu amor maternal, o projeto, a missão que Deus lhe confiou, até o fim e sempre dizendo SIM para Deus!

E nós? Estamos dizendo o nosso SIM pra Deus?
Assumimos com amor e compromisso a missão que o Senhor nos confiou!

Precisamos renovar todos os dias o nosso SIM à vontade do Pai!

Que Maria Mãe de Deus, a mais fiel serva do Senhor, nos ajude a cada dia dizer SIM pra Deus!
Mesmo com as dificuldades, mesmo quando nos sentimos sozinhos, mesmo quando bater o desânimo, o cansaço, as angustias, vamos voltar o nosso coração para Deus e mirar nosso olhar em Maria, nos espelhar em seu exemplo e no seu SIM!

Deus precisa de cada um de nós! O mundo precisa de nós!
Os jovens precisam de nós e do nosso SIM!

Rogai por nós Santa Mãe de Deus!
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Amém.

A seguir, texto da homilia da Missa de hoje!
Aproveitem!


Solenidade da Imaculada Conceição – 8 de dezembro de 2010
Textos: Gn 3,9-15.20; Ef 1,3-6.11-12; Lc 1,26-38

Irmãos e irmãs:

ROGAI POR NÓS SANTA MÃE DE DEUS!

Celebrando a Solenidade da Imaculada Conceição neste ano de 2010 a ela elevemos o pedido para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Vivemos num mundo complicado e difícil; mundo marcado pelo egoísmo, individualismo e subjetivismo. O homem busca por esses meios felicidade a qualquer preço. A vida comunitária, sobretudo a família vai sendo desconstruída pelo Estado, por meio de leis das mais absurdas dando-nos a impressão que, existem alternativas melhores do quê o ambiente do Genesis vital. É o retorno de certas filosofias existencialistas antigas, onde o desejo individual se sobrepõe os valores sociais e religiosos. Poderíamos dizer que vivemos numa espécie de «mar revolto da história»; a cena do Evangelho em que Cristo, após a demonstração de medo e falta de fé dos discípulos, acalma a tempestade ilustra bem o tempo histórico em que vivemos (Cf. Mc 4,35-41; Mt 8, 18.23-27;Lc 8, 22-25). Tagore, escritor, poeta e músico indiano, ganhador do Premio Nobel de Literatura, em 1913, ensinou ao mundo de então que o ser humano deve ter mente e atitude como o sândalo, que perfuma o machado que o fere. Esse tipo de pensamento, que alguns antropólogos do Ocidente chamaram de «ideologia» fora chamado mais tarde de «não violência». Esse pensamento popular da cultura indiana, especificamente da cultura «bengali» e hinduísta, vai de encontro ecumenicamente com o Cristianismo, pois bem expressa o jeito e o modo de ser cristão. O sândalo é uma árvore pequena que produz, só quando ferida, um óleo perfumado que se propaga. Foi Tagore que nos inícios do século XX ao se deparar com Gandhi, o chamou de «Mahatma», ou seja, «grande alma», expressão que passou para o registro histórico das elites pensantes à época associado ao nome civil de Gandhi e Gandhi ficou conhecido mundialmente como «Mahatma Gandhi». O povo o saudava nas ruas de Calcutá [«Kolkata»]: «Viva o Mahatma Gandhi!».

Em tempos de mar revolto caímos facilmente na tentação de pensar que não vale a pena amar, trabalhar, empenhar-se e fazer sacrifícios para uma vida de qualidade em comunidade. Deus não nos quer isolados nem abandonados. «Não é bom que o homem esteja só» (Gn 1,18-a). Essa palavra revela a profunda e infinita solidão de Deus: um «vazio» como dizem os filósofos; o «nada» como dizem os cientistas; «Deus é desnecessário para o homem» disse o cientista e físico inglês, aos 68 anos de idade, vítima de uma doença degenerativa, Dr. Stephen Hawking, na semana passada ao publicar seu livro «The Grand Design», professor emérito de Cambridge, na Inglaterra.

Deus ao dizer que não é bom ao homem ficar «sozinho» transmite a sua própria e reveladora experiência da infinita e longínqua solidão experimentada por Ele mesmo. É a tal «solidão» experimentada pelos santos e santas da Igreja. «Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor» (Ef 1,4).

A vida é um caminho; a vida é como uma viagem no mar da História, com frequência enevoada e tempestuosa. Os santos e santas são pessoas que são verdadeiras luzes de esperança para o nosso caminhar. «E quem mais do que Maria poderia ser para nós estrela de esperança? Ela que, pelo seu «sim», abriu ao próprio Deus a porta do nosso mundo; Ela que Se tornou a Arca da Aliança viva, onde Deus Se fez carne, tornou-Se um de nós e estabeleceu a sua tenda no meio de nós (cf. Jo 1,14)» (cf. Spes Salvi, 49). Maria, a mãe santíssima de Jesus, com certeza experimentou muitos momentos de profunda solidão na vida, ao ver a vida de seu Filho Bendito ameaçada antes mesmo do seu nascimento. Jesus – o Sol do Oriente – que nos veio visitar.

«Por isso, a Ela nos dirigimos: Santa Maria, Vós pertencíeis àquelas almas humildes e grandes de Israel que, como Simeão, esperavam « a consolação de Israel » (Lc 2,25) e, como Ana, aguardavam a « libertação de Jerusalém » (Lc 2,38). Vós vivíeis em íntimo contato com as Sagradas Escrituras de Israel, que falavam da esperança, da promessa feita a Abraão e à sua descendência (cf. Lc 1,55). Assim, compreendemos o santo temor que Vos invadiu, quando o anjo do Senhor entrou nos vossos aposentos e Vos disse que daríeis à luz Àquele que era a esperança de Israel e o esperado do mundo. Por meio de Vós, através do vosso « sim », a esperança dos milénios havia de se tornar realidade, entrar neste mundo e na sua história. Vós Vos inclinastes diante da grandeza desta missão e dissestes « sim ». « Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra » (Lc 1,38). Quando, cheia de santa alegria, atravessastes apressadamente os montes da Judeia para encontrar a vossa parente Isabel, tornastes-Vos a imagem da futura Igreja, que no seu seio, leva a esperança do mundo através dos montes da história. Mas, a par da alegria que difundistes pelos séculos, com as palavras e com o cântico do vosso Magnificat, conhecíeis também as obscuras afirmações dos profetas sobre o sofrimento do servo de Deus neste mundo. Sobre o nascimento no presépio de Belém brilhou o esplendor dos anjos que traziam a boa nova aos pastores, mas, ao mesmo tempo, a pobreza de Deus neste mundo era demasiado palpável. O velho Simeão falou-Vos da espada que atravessaria o vosso coração (cf. Lc 2,35), do sinal de contradição que vosso Filho haveria de ser neste mundo. Depois, quando iniciou a atividade pública de Jesus, tivestes de Vos pôr de lado, para que pudesse crescer a nova família, para cuja constituição Ele viera e que deveria desenvolver-se com a contribuição daqueles que tivessem ouvido e observado a sua palavra (cf. Lc 11,27s). Apesar de toda a grandeza e alegria do primeiro início da atividade de Jesus, Vós, já na Sinagoga de Nazaré, tivestes de experimentar a verdade da palavra sobre o « sinal de contradição » (cf. Lc 4,28s). Assim, vistes o crescente poder da hostilidade e da rejeição que se ia progressivamente afirmando à volta de Jesus até à hora da cruz, quando tivestes de ver o Salvador do mundo, o herdeiro de David, o Filho de Deus morrer como um falido, exposto ao escárnio, entre os malfeitores. Acolhestes então a palavra: « Mulher, eis aí o teu filho » (Jo 19,26). Da cruz, recebestes uma nova missão. A partir da cruz ficastes mãe de uma maneira nova: mãe de todos aqueles que querem acreditar no vosso Filho Jesus e segui-Lo. A espada da dor trespassou o vosso coração. Tinha morrido a esperança? Ficou o mundo definitivamente sem luz, a vida sem objetivo? Naquela hora, provavelmente, no vosso íntimo tereis ouvido novamente a palavra com que o anjo tinha respondido ao vosso temor no instante da anunciação: « Não temas, Maria! » (Lc 1,30). Quantas vezes o Senhor, o vosso Filho, dissera a mesma coisa aos seus discípulos: Não temais! Na noite do Gólgota, Vós ouvistes outra vez esta palavra. Aos seus discípulos, antes da hora da traição, Ele tinha dito: « Tende confiança! Eu venci o mundo » (Jo 16,33). « Não se turve o vosso coração, nem se atemorize » (Jo 14,27). « Não temas, Maria! » Na hora de Nazaré, o anjo também Vos tinha dito: « O seu reinado não terá fim » (Lc 1,33). Teria talvez terminado antes de começar? Não; junto da cruz, na base da palavra mesma de Jesus, Vós tornastes-Vos mãe dos crentes. Nesta fé que, inclusive na escuridão do Sábado Santo, era certeza da esperança, caminhastes para a manhã de Páscoa. A alegria da ressurreição tocou o vosso coração e uniu-Vos de um novo modo aos discípulos, destinados a tornar-se família de Jesus mediante a fé. Assim Vós estivestes no meio da comunidade dos crentes, que, nos dias após a Ascensão, rezavam unanimemente pedindo o dom do Espírito Santo (cf. At 1,14) e o receberam no dia de Pentecostes. O « reino » de Jesus era diferente daquele que os homens tinham podido imaginar. Este « reino » iniciava naquela hora e nunca mais teria fim. Assim, Vós permaneceis no meio dos discípulos como a sua Mãe, como Mãe da esperança. Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe nossa, ensinai-nos a crer, esperar e amar convosco. Indicai-nos o caminho para o seu reino! Estrela do mar, brilhai sobre nós e guiai-nos no nosso caminho! » (cf. SS, 50).
(Texto: Pe. Devair Carlos Poletto - 8/12/2010)

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