Natal do Senhor
Missa da noite - 24 de dezembro de 2010
Textos:Is 9,1-6; Salmo 95; Tt 2,11-14; Lc 2,1-14 (O nascimento de Jesus)
Irmãos e irmãs:
«Eu vos anuncio uma grande alegria: nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor»
Textos:Is 9,1-6; Salmo 95; Tt 2,11-14; Lc 2,1-14 (O nascimento de Jesus)
Irmãos e irmãs:
«Eu vos anuncio uma grande alegria: nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor»
(Lc 2,11).
O Natal do Senhor é um convite de Deus nosso Pai para que nós também caminhemos e nos voltemos para Ele. Deus veio ao encontro da nossa humanidade.
Desde o «gênesis» da caminhada do homem, Deus tem sido o «rochedo, onde encontramos a salvação» (Salmo 88,27).
«Cantai ao Senhor um cântico novo» com anúncios de salvação a todos os povos e nações. O anúncio da salvação e a manifestação da glória de Deus é nossa missão, como Igreja, nesse mundo.
Caríssimos irmãos e irmãs:
O Natal do Senhor é um convite de Deus nosso Pai para que nós também caminhemos e nos voltemos para Ele. Deus veio ao encontro da nossa humanidade.
Desde o «gênesis» da caminhada do homem, Deus tem sido o «rochedo, onde encontramos a salvação» (Salmo 88,27).
«Cantai ao Senhor um cântico novo» com anúncios de salvação a todos os povos e nações. O anúncio da salvação e a manifestação da glória de Deus é nossa missão, como Igreja, nesse mundo.
Caríssimos irmãos e irmãs:
«Hoje nasceu o nosso Salvador».
O Verbo chora numa manjedoura. Chama-se Jesus, que significa «Deus salva», porque Ele «salvará o povo dos seus pecados» (Mt 1,21). Não é num palácio no que nasce o Redentor, que vem a instaurar o Reino eterno e universal. Nasce num estábulo e, permanecendo entre nós, acende no mundo o fogo do amor de Deus (cf. Lc 12,49). Este fogo nunca mais se apagará.
Possa este fogo arder nos corações como chama de caridade ativa, que dê acolhimento e apoio a tantos irmãos provados pela necessidade e pelo sofrimento! Senhor Jesus, que contemplamos na pobreza de Belém, fazei-nos testemunhas do vosso amor, daquele amor que Vos levou a despojar-Vos da glória divina, a fim de nascer entre os homens e morrer por nós.
Senhor Jesus, infundi em nós o Vosso Espírito, para que a graça da Encarnação suscite em toda pessoa de fé o empenho por uma correspondência mais generosa à vida nova recebida no Batismo.
Fazei que a luz desta noite, mais brilhante que o dia, se difunda no futuro e oriente os passos da humanidade no caminho da paz.
Vós, o Príncipe da paz, Vós, o Salvador nascido hoje por nós, caminhai com a vossa Igreja pelas estradas da vida.
O Verbo chora numa manjedoura. Chama-se Jesus, que significa «Deus salva», porque Ele «salvará o povo dos seus pecados» (Mt 1,21). Não é num palácio no que nasce o Redentor, que vem a instaurar o Reino eterno e universal. Nasce num estábulo e, permanecendo entre nós, acende no mundo o fogo do amor de Deus (cf. Lc 12,49). Este fogo nunca mais se apagará.
Possa este fogo arder nos corações como chama de caridade ativa, que dê acolhimento e apoio a tantos irmãos provados pela necessidade e pelo sofrimento! Senhor Jesus, que contemplamos na pobreza de Belém, fazei-nos testemunhas do vosso amor, daquele amor que Vos levou a despojar-Vos da glória divina, a fim de nascer entre os homens e morrer por nós.
Senhor Jesus, infundi em nós o Vosso Espírito, para que a graça da Encarnação suscite em toda pessoa de fé o empenho por uma correspondência mais generosa à vida nova recebida no Batismo.
Fazei que a luz desta noite, mais brilhante que o dia, se difunda no futuro e oriente os passos da humanidade no caminho da paz.
Vós, o Príncipe da paz, Vós, o Salvador nascido hoje por nós, caminhai com a vossa Igreja pelas estradas da vida.
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Oração de Natal 2010
por Dom Pedro Casaldáliga
É difícil detectar O Anúncio
em meio a tantos anúncios que nos invadem.
Ainda existe Natal?
Natal é a Boa Nova?
Natal é também Páscoa?
Sabemos que «não há lugar para eles».
Sabemos que há lugar para todos,
até para Deus...
O boi e a mula,
fugindo do latifúndio,
se refugiaram nos olhos desta Criança.
A fome não é só um problema social,
é um crime mundial.
Contra o Agro-Negócio capitalista,
a Agro-Vida, o Bem Viver.
Tudo pode ser mentira,
menos a verdade de que Deus é Amor
e de que toda a Humanidade
é uma só família.
Deus continua entrando por debaixo,
pequeno, pobre, impotente,
mas trazendo-nos a sua Paz.
A dona Maria e o seu José
continuam na comunidade.
A Veva continua sendo tapirapé.
O sangue dos mártires
continua fecundando a primavera alternativa.
Os cajados dos pastores
(e do Parkinson também),
as bandeiras militantes,
as mãos solidárias
e os cantos da juventude
continuam alentando a Caminhada.
As estrelas só se enxergam de noite.
E de noite surge o Ressuscitado.
«Não tenhais medo».
Em coerência, com teimosia e na Esperança,
sejamos cada dia Natal,
cada dia sejamos Páscoa.
Amém, Aleluia.
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«Da mesma fonte»
(Adélia Prado in «A duração do dia». Editora Record. SP. 2010)
De onde vens, graça que me perdoa
Desta tristeza,
Desta nódoa na roupa,
Da seiva má no sangue,
Da pele rachada em bolhas.
De onde vens, certeza
De que um pouco mais de açúcar
Não fará mal a ninguém.
O orgulho fede como um bom cadáver,
Minha cerviz é dura,
Mais duro é vosso amor, Deus escondido
Donde jorram tormentas,
Minha nuca dobrada a este repouso
E esta alegria.
Oração de Natal 2010
por Dom Pedro Casaldáliga
É difícil detectar O Anúncio
em meio a tantos anúncios que nos invadem.
Ainda existe Natal?
Natal é a Boa Nova?
Natal é também Páscoa?
Sabemos que «não há lugar para eles».
Sabemos que há lugar para todos,
até para Deus...
O boi e a mula,
fugindo do latifúndio,
se refugiaram nos olhos desta Criança.
A fome não é só um problema social,
é um crime mundial.
Contra o Agro-Negócio capitalista,
a Agro-Vida, o Bem Viver.
Tudo pode ser mentira,
menos a verdade de que Deus é Amor
e de que toda a Humanidade
é uma só família.
Deus continua entrando por debaixo,
pequeno, pobre, impotente,
mas trazendo-nos a sua Paz.
A dona Maria e o seu José
continuam na comunidade.
A Veva continua sendo tapirapé.
O sangue dos mártires
continua fecundando a primavera alternativa.
Os cajados dos pastores
(e do Parkinson também),
as bandeiras militantes,
as mãos solidárias
e os cantos da juventude
continuam alentando a Caminhada.
As estrelas só se enxergam de noite.
E de noite surge o Ressuscitado.
«Não tenhais medo».
Em coerência, com teimosia e na Esperança,
sejamos cada dia Natal,
cada dia sejamos Páscoa.
Amém, Aleluia.
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«Da mesma fonte»
(Adélia Prado in «A duração do dia». Editora Record. SP. 2010)
De onde vens, graça que me perdoa
Desta tristeza,
Desta nódoa na roupa,
Da seiva má no sangue,
Da pele rachada em bolhas.
De onde vens, certeza
De que um pouco mais de açúcar
Não fará mal a ninguém.
O orgulho fede como um bom cadáver,
Minha cerviz é dura,
Mais duro é vosso amor, Deus escondido
Donde jorram tormentas,
Minha nuca dobrada a este repouso
E esta alegria.
(por Devair Carlos Poletto - 24/12/2010)
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