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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A voz do nosso paroco - atualizações

3º. Domingo do Advento – Ano A – 12 de dezembro de 2010
Textos: Is 35, 1-6-a.10; Salmo 145; Tg 5,7-10; Mt 11, 2-11


Irmãos: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


A Palavra de Deus nos apresentou, domingo passado Cristo Jesus como aquele que faz a unidade de todos os homens. O Espírito Santo, que repousa sobre Ele, nos torna pessoas mais acolhedoras uns para com os outros; em Cristo Jesus somos participantes da única mesa da Palavra, que é seu Evangelho, mas também da Mesa do Pão que nos torna um só Corpo unido pelo amor.

De fato, celebrar o Natal, reunidos em família, é uma atitude profética; é, na prática, fazer a vontade de Deus anunciada pelos profetas. Vontade essa melhor clareada nas palavras e nas ações de Jesus, o Filho Bendito, o Bem-Amado de Deus, o Pai.

Continuamos firmes na escuta da Palavra, iluminados inicialmente pelo profeta Isaías, na primeira leitura, que é um «pequeno apocalipse».

Depois de nos falar do verdadeiro Messias e falar também da sua missão como aquela que resgata o Projeto de Deus, que um projeto de vida em abundância para todo ser humano, o mesmo profeta Isaías hoje nos convida a, mesmo vivendo num mundo tão difícil, a sentir alegria e a perseverar em nossas ações como Igreja – Povo de Deus – em movimento. «Alegre-se a terra que era deserta; germine a alegria; fortalecei as mãos enfraquecidas e os joelhos» (v. 1.2.3).

O profeta Isaías nos relembrava o grande desejo de Deus de, em seu Filho Jesus, retornar ao aconchego de seus braços num mundo verdadeiramente reconciliado; hoje, ele vai além e nos diz com maior clareza o imenso amor que Deus tem por nós. Deus nos quer pessoas animadas, pessoas corajosas. «Criai ânimo, não tenhais medo!» (v. 4). Isaías conclui com o seu «apocalipse» para nos apresentar os sinais da chegada de Deus em nossa humanidade. E para o profeta Isaías, o mundo enxergará a presença de Deus quando nós, seu Povo, atuarmos numa perseverança firme e decidida, superando nossas deficiências e fraquezas. Já sabemos que a Bíblia quando nos fala das deficiências do corpo e dos sentidos humanos quer também nos falar de novas atitudes da comunidade e do seu povo. Assim, a figura do aleijado não é só uma representação física, mas a revelação de uma comunidade que, mesmo tendo fé, não é uma comunidade missionária, discípula e servidora de Jesus Cristo. Por isso, Isaías vai dizer: «O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos» (v. 6-a). E essa palavra profética serve para nós nos dias de hoje. Como celebrar o Natal sendo uma comunidade que ainda precisa de certas muletas para caminhar; como celebrar o Natal sendo uma comunidade que ainda, com tantos recursos, não se coloca em missão, à caminho anunciando a Boa-Nova da Palavra para tantos irmãos nossos que não frequentam a comunidade!

A paróquia tem que se tornar a «casa» das pessoas; a paróquia tem que se tornar a «escola de Jesus», uma casa e uma escola que gera e produz comunhão, no amor reconciliador de Deus. Essa foi «en passant» uma das conclusões da Assembléia Geral de Pastoral que realizamos no dia 28 de novembro próximo passado.

A segunda leitura do livro do apóstolo Tiago, ilustra bem o que concluímos em Assembléia Geral de Pastoral no dia 28 de novembro. «Ficai firmes» (v. 7-a). Trabalhemos com esperança e sem desanimo. Tiago ilustra mostrando a imagem do agricultor. O agricultor trabalha. «Vede o agricultor: ele espera o precioso fruto da terra e fica firme até cair a chuva do outono ou da primavera» (v. 7-b).

Tiago nos fala também de atitudes, pois a fé se mostra na prática; sem prática, a fé é morta (Cf. Tg 2, 14-26). Podemos dizer no contexto da Assembléia de Pastoral que realizamos que não adianta ter plano pastoral, nem projetos pastorais, quando os membros da comunidade e suas lideranças não mudam as suas atitudes. Tiago é o apóstolo que nos apresenta as grandes dificuldades para que a paróquia não seja a «casa» e nem a «escola» de comunhão. Dificuldades que são consequência. A primeira é quando não escutamos, não falamos e não fazemos o que Jesus nos ensina. Quando chegou a Jerusalém, no contexto da grande cidade, portanto, num ambiente urbano, Jesus chamou os discípulos e apóstolos e instituiu a maior lei: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo (cf. Mc 12, 28-34). Essa é a lei maior da Igreja para todas as realidades; a segunda é a «discriminação», aquilo que Jesus condena: a acepção de pessoas (cf. Tg 2, 1-13); a terceira é quando usamos nossa língua com discussões para fazer o mal com maledicências para atingir as pessoas (cf. Tg 3, 1-12) revelando certa falta de sabedoria. Finalmente, a quarta dificuldade é a discórdia que fruto de um pré-julgamento que fazemos das pessoas. «Quem fala mal de seu irmão ou o julga, fala mal da Lei e julga-a. Se julgas a Lei, não és cumpridor da Lei» (v. 12, cap. 4).

O profeta João Batista manda fazer uma pergunta a Jesus, no Evangelho de Mateus. «João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras de Cristo, enviou-lhe alguns discípulos, para lhe perguntarem: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar um outro?”» (v. 2-3). O Evangelho de Mateus primeiro descreve o anúncio dos sinais e depois apresenta o questionamento de João Batista. Mateus em seu Evangelho nos apresenta uma comunidade de judeus convertidos ao cristianismo, mas ainda apegados à Lei de Moisés. Parece nós nos dias de hoje. Jesus Cristo vem para libertar essa comunidade, pois sua Lei é o amor e, nem sempre as leis que fazemos são expressão desse amor. É o amor de Cristo Jesus que nos dá um «olhar novo», nos tira de toda e qualquer paralisia e imobilismo e também faz com que possamos «escutar» o Evangelho de maneira sempre nova. «Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!”» (v. 4-6).

A segunda parte do Evangelho nos mostra os discípulos missionários de Jesus; vai «ao deserto» na alegria revelar o ensinamento de Jesus. «O que fostes ver no deserto?» (v. 7-b). Assim como João Batista preparou o caminho para o Cristo chegar, os discípulos também, em atitudes e palavras proféticas devem agir missionariamente, junto aos mais pobres, como João agiu. «É dele que está escrito: ‘Eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti’. Em verdade vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”» (v. 10-11).


Caríssimos:


A Igreja no Brasil realiza hoje a Campanha para a Evangelização. Quando ajudamos a Igreja em suas obras estamos fazendo o que Jesus Cristo nos pediu. Todos nós somos responsáveis pela ação evangelizadora da comunidade. Por isso, o lema mais do acertado e inspirador: «Em Cristo somos novas criaturas» como ensina Paulo apóstolo na carta aos Tessalonicenses.

Assim, com alegria aclamemos o Senhor que é paciente e misericordioso para conosco; Cristo nos acolhe em nossa paróquia e nos convida à mesa da comunhão apesar das nossas misérias, desvios e imensas fraquezas. Ele nos chama para continuamente a caminhar, não sozinhos, mas com Ele.
(Texto: Pe Devair Carlos Poletto - 12/12/2010)

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